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TRABALHO
Nova lei garante carteira assinada a empregado eventual e por hora
As mudanças permitirão que as empresas contratem um empregado que só vai receber quando for chamado para alguma atividade. Esse mecanismo deve beneficiar, por exemplo, as empresas que realizam shows, curta-metragens, ou mesmo serviço de buffet.
Estadão - 05/03/2012

<div align="justify"> <p>O governo Dilma Rousseff vai propor ao Congresso mudan&ccedil;as nas leis trabalhistas para criar duas novas formas de contrata&ccedil;&atilde;o: a eventual e por hora trabalhada. A proposta vai beneficiar o setor de servi&ccedil;os, que &eacute; o que mais emprega no Pa&iacute;s, estimulando a formaliza&ccedil;&atilde;o de trabalhadores que hoje n&atilde;o t&ecirc;m carteira assinada. A altera&ccedil;&atilde;o faz parte do Plano Brasil Maior, como &eacute; chamada a nova pol&iacute;tica industrial.</p> <p>&quot;Estamos formatando a proposta&quot;, disse o ministro do Trabalho, Paulo Roberto dos Santos Pinto. &quot;Vamos concluir o mais rapidamente poss&iacute;vel.&quot;</p> </div> <div align="justify">As mudan&ccedil;as na Consolida&ccedil;&atilde;o das Leis do Trabalho (CLT) podem dar mais dinamismo ao mercado e, na pr&aacute;tica, permitir carteira assinada para quem trabalha dois dias por semana ou tr&ecirc;s horas por dia, por exemplo, com direito a pagamento de f&eacute;rias, 13.&ordm; sal&aacute;rio e FGTS.</div> <div align="justify"> <p>Para reduzir as eventuais cr&iacute;ticas, o governo pretende vender as mudan&ccedil;as na CLT como uma &quot;moderniza&ccedil;&atilde;o&quot; do marco regulat&oacute;rio do mercado de trabalho. Tamb&eacute;m ser&aacute; repetido que as mudan&ccedil;as n&atilde;o representar&atilde;o perdas de direitos trabalhistas.</p> <p>Em janeiro, o ministro do Desenvolvimento, Ind&uacute;stria e Com&eacute;rcio Exterior, Fernando Pimentel, defendeu a ideia em Nova York. &quot;Podemos avan&ccedil;ar nesse campo sem comprometer um &uacute;nico direito trabalhista j&aacute; conquistado. As propostas feitas pela classe empresarial &agrave;s quais eu tive acesso preservam os direitos que os trabalhadores brasileiros t&ecirc;m&quot;, afirmou o ministro, petista hist&oacute;rico e pr&oacute;ximo de Dilma h&aacute; quatro d&eacute;cadas.</p> </div> <div align="justify"> <p>Modalidades. As mudan&ccedil;as permitir&atilde;o que as empresas contratem um empregado que s&oacute; vai receber quando for chamado para alguma atividade. Esse mecanismo deve beneficiar, por exemplo, as empresas que realizam shows, curta-metragens, ou mesmo servi&ccedil;o de buffet.</p> <p>No caso do &quot;horista&quot;, o contrato deve ajudar na complementa&ccedil;&atilde;o de pessoal em bares, restaurantes e eventos sazonais, como Natal e feriados. Com isso, o governo acredita que o trabalhador poder&aacute; usar o hor&aacute;rio livre para investir em qualifica&ccedil;&atilde;o.</p> </div> <div align="justify"> <p>&quot;Imagina o que podemos fazer no turismo, arquitetura e imobili&aacute;rio na pr&oacute;xima d&eacute;cada&quot;, disse o secret&aacute;rio de Com&eacute;rcio e Servi&ccedil;os, Humberto Ribeiro. &quot;Estamos num minist&eacute;rio, inclusive, que &eacute; do PT, mas a gente quer, est&aacute; na hora dessa discuss&atilde;o.&quot;</p> <p>Com a mudan&ccedil;a, a empresa que organiza um festival de m&uacute;sica ter&aacute; mais facilidade para dispor de funcion&aacute;rios no caso de chuvas que exijam reparos e limpeza na estrutura, por exemplo. Outra possibilidade ser&aacute; a contrata&ccedil;&atilde;o por bares de refor&ccedil;o para feriados ou dias de feijoada.</p> </div> <div align="justify">&quot;Garantidos os direitos trabalhistas, &eacute; poss&iacute;vel customizar para que cada atividade tenha uma forma diferente de contrata&ccedil;&atilde;o&quot;, disse o secret&aacute;rio executivo do Minist&eacute;rio do Turismo, Valdir Sim&atilde;o.</div>
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