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Regras e limitação de tempo reduzem eficácia de testes com urnas eletrônicas, diz "hacker"
O sistema das urnas eletrônicas foi testado pela primeira vez por "hackers" em 2009
Uol - 06/03/2012

<div align="justify"> <p>Um dos processos que verificam a vulnerabilidade das urnas eletr&ocirc;nicas que ser&atilde;o usadas em outubro ter&aacute; in&iacute;cio nesta ter&ccedil;a-feira (6), em Bras&iacute;lia. Especialistas em computa&ccedil;&atilde;o de todo o pa&iacute;s conhecer&atilde;o as regras para a realiza&ccedil;&atilde;o dos testes, far&atilde;o a configura&ccedil;&atilde;o dos sistemas que ser&atilde;o utilizados e v&atilde;o elaborar as propostas de ataque aos equipamentos. Eles atuar&atilde;o como &quot;hackers&quot; nos testes que ser&atilde;o realizados entre os dias 20 e 22 deste m&ecirc;s.</p> <p>S&atilde;o essas regras e o prazo limitado para os testes que comprometem a efic&aacute;cia do processo, na opini&atilde;o de um dos especialistas que atuar&aacute; como&nbsp;&ldquo;hacker&rdquo; para testar as urnas. Para Diego de Freitas Aranha, doutor em ci&ecirc;ncia da computa&ccedil;&atilde;o pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e professor do CIC (Departamento de Computa&ccedil;&atilde;o) da UnB (Universidade de Bras&iacute;lia), s&oacute; seria poss&iacute;vel garantir que o sistema &eacute; inviol&aacute;vel se &ldquo;n&atilde;o existissem regras nem tempo determinado para que todos os testes pudessem ser feitos&rdquo;.</p> </div> <div align="justify"> <p>&nbsp;&ldquo;N&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel afirmar que o sistema de urna eletr&ocirc;nica &eacute; totalmente seguro&rdquo;, afirma. &ldquo;Nossa inten&ccedil;&atilde;o &eacute; encontrar vulnerabilidade e contribuir para uma melhor seguran&ccedil;a do sistema&rdquo;, completa Aranha.</p> <p>Segundo o tribunal, neste ano, o TSE vai tornar dispon&iacute;vel aos especialistas o c&oacute;digo de fonte e o acesso &agrave; internet, o que n&atilde;o ocorreu h&aacute; tr&ecirc;s anos. A medida seria uma forma de dar ainda mais subs&iacute;dios aos avaliadores do sistema.</p> </div> <div align="justify"> <p>Ao todo, 24 especialistas em computa&ccedil;&atilde;o de todo o pa&iacute;s tentar&atilde;o invadir virtualmente os equipamentos e fraudar dados. Segundo o TSE, o objetivo dos testes &eacute; explorar eventuais falhas do sistema relacionadas &agrave; viola&ccedil;&atilde;o da integridade e ao sigilo do voto.&nbsp;As conclus&otilde;es dos testes ser&atilde;o apresentadas no dia 29 pelo tribunal, que destaca a &quot;transpar&ecirc;ncia&quot; do processo. As sugest&otilde;es de melhorias dos hackers poder&atilde;o ser implementadas futuramente no sistema eletr&ocirc;nico de vota&ccedil;&atilde;o. Os testes foram realizados pela primeira vez em 2009.</p> <p>De acordo com o professor da UnB, o sistema de apura&ccedil;&atilde;o do TSE n&atilde;o ser&aacute; investigado. &ldquo;Focaremos o trabalho nas urnas. O sistema que totaliza os votos, pode at&eacute; ser invadido, mas o m&aacute;ximo que pode acontecer &eacute; um atraso na apura&ccedil;&atilde;o&rdquo;.</p> </div> <div align="justify">Em 2009, o ministro Carlos Ayres Britto, ent&atilde;o presidente do TSE, disse que a urna eletr&ocirc;nica viabilizava &ldquo;uma Justi&ccedil;a Eleitoral r&aacute;pida, transparente, segura&rdquo;. &ldquo;N&atilde;o h&aacute; por que temer novos testes&rdquo;, afirmou, na ocasi&atilde;o.</div>
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