Nacionais
EDUCAÇÃO
Nove estados ainda não pagam valor do piso nacional dos professores para 2012
Entre 2011 e 2012, o índice foi 22% e o valor passou de R$ 1.187 para R$ 1.451.
Agência Brasil - 08/03/2012

<div align="justify"> <p>O Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o (MEC) anunciou na &uacute;ltima semana o valor do piso nacional do magist&eacute;rio para 2012: R$ 1.451. Mas apenas em 18 unidades da Federa&ccedil;&atilde;o os professores da rede estadual receber&atilde;o na folha de pagamento de mar&ccedil;o valor igual ou superior ao definido pela lei (veja quadro abaixo). Levantamento feito pela Ag&ecirc;ncia Brasil, com informa&ccedil;&otilde;es repassadas pelas secretarias estaduais de Educa&ccedil;&atilde;o, mostra que 12 estados j&aacute; praticavam valores superiores ao estipulado para este ano e seis reajustaram a remunera&ccedil;&atilde;o do seu quadro logo depois que o MEC anunciou o aumento.</p> <p>A Lei do Piso foi sancionada em 2008 e determina um valor m&iacute;nimo que deve ser pago aos professores da rede p&uacute;blica com forma&ccedil;&atilde;o de n&iacute;vel m&eacute;dio e carga hor&aacute;ria de 40 horas semanais. Pelas regras, o piso deve ser reajustado anualmente a partir de janeiro, tendo como crit&eacute;rio o crescimento do Fundo de Manuten&ccedil;&atilde;o e Desenvolvimento da Educa&ccedil;&atilde;o B&aacute;sica (Fundeb). Entre 2011 e 2012, o &iacute;ndice foi 22% e o valor passou de R$ 1.187 para R$ 1.451.</p> </div> <div align="justify"> <p>Governos estaduais e prefeituras alegam dificuldade para pagar o novo piso e 11 ainda n&atilde;o garantem a remunera&ccedil;&atilde;o m&iacute;nima. No Cear&aacute;, o estado pagava o valor do piso at&eacute; 2011 mas, com o reajuste, aguarda a aprova&ccedil;&atilde;o de um projeto de lei pela Assembleia Legislativa para aumentar a remunera&ccedil;&atilde;o dos profissionais. Em Alagoas, o piso tamb&eacute;m era cumprido at&eacute; o ano passado e segundo nota divulgada pela Secretaria de Educa&ccedil;&atilde;o, &ldquo;o desejo do governo &eacute; continuar pagando&rdquo;, mas antes ser&aacute; feito &ldquo;um estudo do impacto financeiro da implanta&ccedil;&atilde;o&rdquo;. A mesma situa&ccedil;&atilde;o se repete em Santa Catarina.</p> <p>O Piau&iacute; tamb&eacute;m pagava o piso at&eacute; 2011 e, segundo a secretaria, dever&aacute; come&ccedil;ar a cumprir o novo valor a partir de maio. O governo do Amap&aacute; informou que est&aacute; em negocia&ccedil;&atilde;o com o sindicato da categoria para definir como se dar&aacute; o reajuste para atingir o piso.</p> </div> <div align="justify"> <p>O Rio Grande do Sul, a Bahia e o Tocantins n&atilde;o t&ecirc;m previs&atilde;o de quando ir&atilde;o cumprir os R$ 1.451 determinados para 2012. A Secretaria de Educa&ccedil;&atilde;o do Paran&aacute; se negou a informar quanto recebem os profissionais de n&iacute;vel m&eacute;dio, alegando que a maioria do quadro tem n&iacute;vel superior. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educa&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica do Paran&aacute; (APP), os professores com n&iacute;vel m&eacute;dio e jornada de 40 horas &ndash; par&acirc;metro estipulado pela Lei do Piso &ndash; t&ecirc;m vencimento inicial de R$ 1.233, portanto, abaixo do valor definido para 2012.</p> <p>&ldquo;O fato de nove estados ainda n&atilde;o pagarem o piso mostra que os gestores p&uacute;blicos ainda n&atilde;o entenderam a import&acirc;ncia dessa lei para termos uma educa&ccedil;&atilde;o de qualidade no pa&iacute;s. &Eacute; a prova de que as leis no Brasil costumam ser esquecidas. Quatro anos depois da lei aprovada, o gestor dizer que agora vai fazer um estudo or&ccedil;ament&aacute;rio para ver como pagar &eacute; um desrespeito aos trabalhadores e ao Estado brasileiro&rdquo;, criticou o presidente da Confedera&ccedil;&atilde;o Nacional dos Trabalhadores em Educa&ccedil;&atilde;o (CNTE), Roberto Le&atilde;o. A entidade planeja uma paralisa&ccedil;&atilde;o da categoria na pr&oacute;xima semana para cobrar o cumprimento da lei.&nbsp;</p> </div> <div align="justify"> <p>A situa&ccedil;&atilde;o mais cr&iacute;tica &eacute; a dos professores da rede estadual ga&uacute;cha que recebem piso de R$ 791 &ndash; o menor do pa&iacute;s. De acordo com o governo do estado, o problema ocorre porque o vencimento b&aacute;sico dos professores ficou &ldquo;achatado&rdquo; ao longo dos anos. Para &ldquo;inflar&rdquo; o sal&aacute;rio, a remunera&ccedil;&atilde;o total &eacute; composta por extras, como gratifica&ccedil;&otilde;es a abonos. Mas a Lei do Piso determina que o valor m&iacute;nimo se refere ao vencimento inicial e n&atilde;o pode incluir na conta esses adicionais. A Justi&ccedil;a do estado determinou que o governo pague conforme determina a regra.</p> <p>A Lei do Piso prev&ecirc; complementa&ccedil;&atilde;o da Uni&atilde;o caso o munic&iacute;pio ou estado comprove que n&atilde;o tem capacidade financeira para pagar o piso a seus professores. Para isso, precisa atender a crit&eacute;rios como, por exemplo, ter um plano de carreira para os docentes da rede e investir 25% da arrecada&ccedil;&atilde;o de tributos em educa&ccedil;&atilde;o, como determina a Constitui&ccedil;&atilde;o. De acordo com o MEC, nenhum estado entrou com pedido de complementa&ccedil;&atilde;o ap&oacute;s o reajuste do piso.</p> </div> <div align="justify"><strong>Confira o valor do piso pago em cada unidade da Federa&ccedil;&atilde;o</strong></div> <div align="justify"> <p><strong>Norte</strong></p> </div> <div align="justify">Acre - R$ 1.451*</div> <div align="justify">Amap&aacute; &ndash; R$ 1.085</div> <div align="justify">Amazonas &ndash; R$ 1.905</div> <div align="justify">Par&aacute; &ndash; R$ 1.451*</div> <div align="justify">Rond&ocirc;nia &ndash; R$ 2.011</div> <div align="justify">Roraima &ndash; R$ 2.142</div> <div align="justify">Tocantins &ndash; R$ 1.329</div> <div align="justify"><strong>Nordeste</strong></div> <div align="justify">Alagoas &ndash; R$ 1.187</div> <div align="justify">Bahia &ndash; R$ 1.187</div> <div align="justify">Cear&aacute; &ndash; R$ 1.270</div> <div align="justify">Maranh&atilde;o &ndash; R$ 1.451*</div> <div align="justify">Para&iacute;ba &ndash; R$ 1.737</div> <div align="justify">Pernambuco &ndash; R$ 1.451*</div> <div align="justify">Piau&iacute; &ndash; R$ 1.187</div> <div align="justify">Rio Grande do Norte &ndash; R$ 1.451*</div> <div align="justify">Sergipe &ndash; R$ 1.451*</div> <div align="justify"><strong>Centro-Oeste</strong></div> <div align="justify">Distrito Federal &ndash; R$ 2.314</div> <div align="justify">Goi&aacute;s &ndash; R$ 1.460</div> <div align="justify">Mato Grosso &ndash; R$ 1.760</div> <div align="justify">Mato Grosso do Sul &ndash; R$ 1.489</div> <div align="justify"><strong>Sudeste</strong></div> <div align="justify">Esp&iacute;rito Santo &ndash; R$ 1.540</div> <div align="justify">Minas Gerais &ndash; R$ 2.200</div> <div align="justify">Rio de Janeiro &ndash; R$ 1.732</div> <div align="justify">S&atilde;o Paulo &ndash; R$ 1.894</div> <div align="justify"><strong>Sul</strong></div> <div align="justify">Paran&aacute; &ndash; R$ 1.233**</div> <div align="justify">Santa Catarina &ndash; R$ 1.281</div> <div align="justify">Rio Grande do Sul &ndash; R$ 791</div>
Sérgio Curió
08/03/2012 -13:55:

Tem que haver uma punição severa e exemplar para os estados que não cumprirem o que foi aprovado e determinado pelo Governo Federal. Os pobres dos professores recebem um salário tão baixo, e ainda há estados que não querem pagar...

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