Geral
Justiça do trabalho
TCU suspeita de pagamentos milionários autorizados pela Justiça do Trabalho
O órgão informou que o erro gerou diferença de até 2% no pagamento de algumas parcelas, sendo que a legislação em vigor determinava atualização máxima de 0,5% até 2009 ou pela caderneta de poupança a partir de então.
Agência Brasil - 10/03/2012

<div align="justify"> <p>Uma decis&atilde;o do Tribunal de Contas da Uni&atilde;o (TCU) suspendeu, nesta semana, o pagamento de d&iacute;vidas com pessoal do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG), sob a alega&ccedil;&atilde;o de que elas foram corrigidas com base em &iacute;ndices irregulares. O TCU acredita que o c&aacute;lculo equivocado da porcentagem de juros e corre&ccedil;&atilde;o monet&aacute;ria tenha acarretado um preju&iacute;zo de R$ 270 milh&otilde;es e suspeita que o mesmo problema pode ter ocorrido em outros tribunais trabalhistas.</p> <p>Segundo o TCU, o TRT-MG reconheceu que servidores e magistrados tinham o direito a corre&ccedil;&atilde;o de sal&aacute;rios e benef&iacute;cios, como adicional por tempo de servi&ccedil;o (ATS), e atualiza&ccedil;&atilde;o da Unidade Real de Valor (URV), indexador que deu origem ao real. Mas a corre&ccedil;&atilde;o pode ter sido feita em bases bem superiores &agrave;s previstas pela legisla&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Situa&ccedil;&otilde;es danosas ao er&aacute;rio v&atilde;o sendo paulatinamente consolidadas, tornando cada vez mais onerosa a revers&atilde;o de eventuais preju&iacute;zos aos cofres p&uacute;blicos&rdquo;, destacou o ministro do TCU Weder de Oliveira.</p> </div> <div align="justify"> <p>O despacho tamb&eacute;m aponta que uma resolu&ccedil;&atilde;o do Conselho Superior da Justi&ccedil;a do Trabalho (CSJT) pode ter incentivado o pagamento indevido em outros tribunais do pa&iacute;s. Por meio de nota, o CSJT reconhece que a resolu&ccedil;&atilde;o foi interpretada de forma equivocada por alguns tribunais trabalhistas, problema que foi detectado em uma auditoria do pr&oacute;prio conselho. O &oacute;rg&atilde;o informou que o erro gerou diferen&ccedil;a de at&eacute; 2% no pagamento de algumas parcelas, sendo que a legisla&ccedil;&atilde;o em vigor determinava atualiza&ccedil;&atilde;o m&aacute;xima de 0,5% at&eacute; 2009 ou pela caderneta de poupan&ccedil;a a partir de ent&atilde;o.</p> <p>O CSJT garantiu que &ldquo;as diferen&ccedil;as identificadas ser&atilde;o compensadas nas pr&oacute;ximas parcelas, n&atilde;o havendo preju&iacute;zo ao er&aacute;rio p&uacute;blico&rdquo;. Por enquanto, o TCU realizar&aacute; inspe&ccedil;&atilde;o nos tribunais trabalhistas de S&atilde;o Paulo, Alagoas, Sergipe, da Bahia, do Paran&aacute;, Cear&aacute; e Amazonas. O TCU tamb&eacute;m pediu ao CSJT que identifique a situa&ccedil;&atilde;o dos passivos nas demais cortes regionais.</p> </div> <div align="justify">No in&iacute;cio do m&ecirc;s, o mesmo tipo de problema foi identificado no Tribunal de Justi&ccedil;a de S&atilde;o Paulo (TJSP). Segundo apurado pela Comiss&atilde;o de Or&ccedil;amento do tribunal, desembargadores receberam durante dez anos verbas salariais atrasadas com juros de 1% ao m&ecirc;s, em vez de 0,5% como determinado pela legisla&ccedil;&atilde;o em vigor.</div>
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