Geral
ECONOMIA
Pesquisa: cresce a intenção de consumo da classe média no Brasil
Em ano, a taxa teve alta de 9% de acordo com estudo feito pela Fecomércio.
Estadão - 10/03/2012

<div align="justify">A inten&ccedil;&atilde;o de compra de consumidores da classe C subiu de 15% em janeiro do ano passado para 24% em janeiro deste ano. Foi o maior avan&ccedil;o entre as faixas de renda pesquisadas pela Fecom&eacute;rcio-RJ/Ipsos, no levantamento H&aacute;bitos de Consumo Brasileiro, divulgado com exclusividade para a Ag&ecirc;ncia Estado. Nas classes A e B, esta fatia subiu de 25% para 29% e, nas fam&iacute;lias D e E, a participa&ccedil;&atilde;o cresceu de 13% para 15%.</div> <div align="justify"> <p>A pesquisa ouviu 1.000 entrevistados em 70 cidades do Pa&iacute;s. Deste total, 23% sinalizaram interesse em gastar mais este ano, contra 17% em 2011, impulsionados pela classe C.</p> <p>O maior interesse da classe m&eacute;dia em compras tamb&eacute;m ajudou a impulsionar o gasto m&eacute;dio do brasileiro com alimenta&ccedil;&atilde;o, higiene e limpeza, que cresceu 14,5% no per&iacute;odo, de R$ 365,54 para R$ 418,56, em valores atualizados. &quot;Este movimento de maior &iacute;mpeto de consumo da classe C n&atilde;o &eacute; novidade. Mas realmente houve um avan&ccedil;o expressivo no in&iacute;cio deste ano&quot;, afirmou o economista da Fecom&eacute;rcio-RJ, Christian Travassos.</p> </div> <div align="justify"> <p>O cont&iacute;nuo crescimento da massa salarial do brasileiro, que norteou a migra&ccedil;&atilde;o de consumidores de faixas de renda baixa para mais elevadas nos &uacute;ltimos anos, tem sustentado o consumo da classe C. &quot;O mercado de trabalho continuou aquecido no come&ccedil;o de 2012, e isso facilitou tamb&eacute;m o acesso ao cr&eacute;dito&quot;, disse, lembrando que estabilidade no emprego &eacute; pr&eacute;-requisito em tomadas de empr&eacute;stimos. Outro fator lembrado pelo economista foi o t&eacute;rmino das medidas macroprudenciais em meados do ano passado, anunciadas em dezembro de 2010, e que restringiam o consumo.</p> <p>Entre as prioridades de consumo, o destaque na pesquisa foi reforma de casa, lembrado por 28% dos consumidores da classe C na pesquisa, contra 17% em janeiro de 2011. Este servi&ccedil;o tamb&eacute;m foi o mais lembrado pelas faixas de renda A e B (24%); e D e E (31%). Al&eacute;m da continuidade de redu&ccedil;&atilde;o de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre material de constru&ccedil;&atilde;o, prorrogada tr&ecirc;s vezes, Travassos lembrou a recente linha liberada pelo governo, via Caixa Econ&ocirc;mica Federal (CEF), para reformas de domic&iacute;lio, com recursos do FGTS.</p> </div> <div align="justify"> <p>Para o economista da Confedera&ccedil;&atilde;o Nacional do Com&eacute;rcio (CNC) Bruno Fernandes, o consumo em alta da classe C deve continuar nos pr&oacute;ximos anos. &quot;As condi&ccedil;&otilde;es s&atilde;o favor&aacute;veis&quot;, afirmou. Em 2012, houve aumento real de 7% no sal&aacute;rio m&iacute;nimo, cujo reajuste &eacute; indexado &agrave; evolu&ccedil;&atilde;o do Produto Interno Bruto (PIB) e &agrave; infla&ccedil;&atilde;o. O especialista n&atilde;o descarta novos reajustes em patamar pr&oacute;ximo ao de 2012. Caso os aumentos do sal&aacute;rio m&iacute;nimo se mantenham, o poder de compra da baixa renda tamb&eacute;m ir&aacute; crescer e impulsionar sua migra&ccedil;&atilde;o para a classe m&eacute;dia. &quot;E n&atilde;o podemos nos esquecer que a infla&ccedil;&atilde;o est&aacute; mais bem comportada este ano. Isso d&aacute; um poder de compra maior para o consumidor&quot;, afirmou Fernandes.</p> <p>Na pr&aacute;tica, a altera&ccedil;&atilde;o na composi&ccedil;&atilde;o das classes sociais no Brasil, beneficiada pela pol&iacute;tica de transfer&ecirc;ncia de renda, tamb&eacute;m transformou o or&ccedil;amento do brasileiro, segundo a Funda&ccedil;&atilde;o Get&uacute;lio Vargas (FGV). &quot;Com o aumento de renda do trabalhador na &uacute;ltima d&eacute;cada, o consumidor mais pobre desloca gastos para outros tipos de consumo e n&atilde;o o concentra mais, principalmente, em alimentos&quot;, explicou o economista da FGV, Andr&eacute; Braz.</p> </div> <div align="justify">&nbsp;</div>
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