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ECONOMIA
Resíduos da cana poderiam gerar mais energia do que a Usina de Itaipu, revela estudo
Além do potencial energético, a queima do bagaço também soluciona o problema de destinação desse resíduo, que é muito volumoso e de difícil transporte.
Agência Brasil - 25/04/2012

<div align="justify"> <p>Os res&iacute;duos secos do cultivo de cana-de-a&ccedil;&uacute;car no Brasil poderiam gerar mais energia do que a pot&ecirc;ncia instalada da Usina de Itaipu. De acordo com o Plano Nacional de Res&iacute;duos S&oacute;lidos: Diagn&oacute;stico dos Res&iacute;duos Urbanos, Agrosilvopastoris e a Quest&atilde;o dos Catadores, divulgado hoje (25) pelo Instituto de Pesquisa Econ&ocirc;mica Aplicada (Ipea), o uso desses res&iacute;duos poderiam gerar 16.464 megawatts por ano.</p> <p>O levantamento mostra que, entre 13 culturas agr&iacute;colas pesquisadas, a cana-de-a&ccedil;&uacute;car foi a que gerou maior volume de res&iacute;duos, 201 milh&otilde;es de toneladas por ano, incluindo subprodutos como o baga&ccedil;o que tem alto potencial energ&eacute;tico e vinha&ccedil;a com melhor aproveitamento como adubo na pr&oacute;pria planta&ccedil;&atilde;o.</p> </div> <div align="justify"> <p>O setor j&aacute; &eacute; considerado autossuficiente em termos energ&eacute;ticos, atendendo a mais de 98% da sua pr&oacute;pria demanda de energia. Segundo o Ipea, ainda existe grande potencial para gera&ccedil;&atilde;o de excedentes energ&eacute;ticos que ainda &eacute; muito pouco utilizado.</p> <p>&ldquo;Para viabilizar uma maior disponibiliza&ccedil;&atilde;o dessa energia para a rede el&eacute;trica, entretanto, ser&aacute; necess&aacute;rio vencer v&aacute;rias barreiras de ordem t&eacute;cnica, econ&ocirc;mica e regulat&oacute;ria, sendo necess&aacute;rios mais incentivos econ&ocirc;micos para motivar os investimentos do setor privado nessa &aacute;rea&rdquo;, destacou o documento.</p> </div> <div align="justify"> <p>Al&eacute;m do potencial energ&eacute;tico, a queima do baga&ccedil;o tamb&eacute;m soluciona o problema de destina&ccedil;&atilde;o desse res&iacute;duo, que &eacute; muito volumoso e de dif&iacute;cil transporte.</p> <p>No total das 13 culturas pesquisadas pelo instituto, o volume de res&iacute;duos produzidos chegou a 291 milh&otilde;es de toneladas por ano. O Ipea analisou o potencial energ&eacute;tico apenas dos cultivos secos, como o de cana-de-a&ccedil;&uacute;car, milho e soja, desconsiderando as culturas de banana, laranja e uva.</p> </div> <div align="justify"> <p>&ldquo;O aproveitamento desses res&iacute;duos, al&eacute;m de evitar potenciais impactos negativos causados pelo descarte inadequado no ambiente, pode gerar muitos benef&iacute;cios econ&ocirc;micos para o pa&iacute;s&rdquo;, destacou o estudo.</p> <p>Os res&iacute;duos da agricultura, pecu&aacute;ria e florestas tamb&eacute;m poderiam atender &agrave;s necessidades de energia el&eacute;trica do setor e ainda ser comercializada no mercado. De acordo com o levantamento, na pecu&aacute;ria, as cria&ccedil;&otilde;es de bovinos, su&iacute;nos e aves geram cerca de 1,7 bilh&atilde;o de toneladas de dejetos por ano. Desse total, 365 milh&otilde;es de toneladas de dejetos s&atilde;o produzidas a partir de cria&ccedil;&otilde;es confinadas, que poderiam virar energia reduzindo os impactos sobre o meio ambiente. A cria&ccedil;&atilde;o de bovinos responde por quase 90% deste volume.</p> </div>
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