Geral
FALTA DE CHUVAS
Seca prolongada dificulta vida no campo
Segundo dados do Sindicato dos Trabalhadores Rurais a perda agrícola no município foi de 96%, sem falar nas culturas do caju, mel e cera de carnaúba que as perdas chegam a 80%.
Maria Santana - 05/10/2012

<div align="justify"> <p>H&aacute; mais de sete meses n&atilde;o chove na regi&atilde;o de Picos e, consequentemente, a situa&ccedil;&atilde;o para quem sobrevive da agricultura est&aacute; complicada. Segundo dados do Sindicato dos Trabalhadores Rurais a perda agr&iacute;cola no munic&iacute;pio foi de 96%, sem falar nas culturas do caju, mel e cera de carna&uacute;ba que as perdas chegam a 80%.&nbsp;&nbsp;&nbsp;</p> <p>O secret&aacute;rio de Pol&iacute;ticas Agr&aacute;rias do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Picos, Francisco Pereira de Sousa (Tito) informou que mais de 1000 fam&iacute;lias foram cadastradas pelo sindicato por terem sido atingidas diretamente pela seca. Segundo ele, essas fam&iacute;lias buscaram junto ao Sindicato e Banco do Nordeste o benef&iacute;cio &ldquo;Bolsa Estiagem&rdquo;.</p> </div> <div align="justify"> <p>De acordo com o secret&aacute;rio a ajuda para as v&iacute;timas da seca acontece de maneira muito t&iacute;mida. &ldquo;O homem do campo conta apenas com os financiamentos ofertados por parte do governo federal, principalmente as linhas de cr&eacute;ditos feitas atrav&eacute;s do Banco do Nordeste. O estado e o munic&iacute;pio at&eacute; agora n&atilde;o implementaram pol&iacute;ticas que atendam efetivamente &agrave;s necessidades desse povo, contribu&iacute;ram apenas com carros-pipa e o percentual do garantia safra&rdquo;.</p> <p>O agricultor Lu&iacute;s Paulo Ferreira, da localidade Angico Branco dos Cassianos, munic&iacute;pio de Picos, disse que a situa&ccedil;&atilde;o que ele e os demais lavradores da comunidade vivem &eacute; desesperadora. &ldquo;Nossas condi&ccedil;&otilde;es de sobreviv&ecirc;ncias est&atilde;o amea&ccedil;adas, para comer temos que comprar de tudo. Sem falar na fome que os animais est&atilde;o passando. Sem pastos e sem condi&ccedil;&otilde;es financeiras para comprar ra&ccedil;&atilde;o as poucas cabe&ccedil;as de gado que eu criava vendi por um pre&ccedil;o baixo para n&atilde;o v&ecirc;-las morrer de fome. Agora estou tentando escapar alguns porcos e galinhas. Na nossa comunidade o &uacute;nico benef&iacute;cio que chegou foi o do seguro safra, que ajuda, mas infelizmente n&atilde;o &eacute; suficiente para comprarmos nem o que comer. S&oacute; nos resta pedir a Deus que nos aben&ccedil;oe mandando chuvas.&rdquo;&nbsp;&nbsp;</p> </div> <div align="justify"> <p>Francisco Pereira de Sousa disse que as pessoas continuam procurando o Sindicato dos Trabalhadores Rurais em busca da documenta&ccedil;&atilde;o exigida para requerem o &ldquo;Bolsa estiagem&rdquo;. &nbsp;&nbsp;&ldquo;Os trabalhadores vem at&eacute; aqui para pegarem a Declara&ccedil;&atilde;o de Aptid&atilde;o ao Pronaf (DAP), seja a DAP B, que correspondem aos que possuem renda familiar de no m&iacute;nimo 70% proveniente da agricultura, ou DAP V que a renda proveniente da agricultura &eacute; acima de 6 mil reais&rdquo;.</p> <p>Para cada categoria de agricultores &eacute; destinado um valor, no caso dos portadores da DAP B t&ecirc;m direito a um empr&eacute;stimo de R$2.500, para os da DAP V &eacute; destinado R$12.000. Para come&ccedil;ar a pagar a d&iacute;vida o trabalhador rural tem tr&ecirc;s anos de car&ecirc;ncia e mais sete anos para quit&aacute;-la e um b&ocirc;nus de 40%.</p> </div>
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