Nacionais
EFEITOS DA SECA
Vacinação contra aftosa no Nordeste pode ser prorrogada ou suspensa em função da seca
Onde ocorrer prorrogação ou suspensão da vacinação, os bovinos que precisarem ser transportados para outros estados terão que ser vacinados previamente.
Agência Brasil - 30/10/2012

<div align="justify"> <p>Estados e munic&iacute;pios da Regi&atilde;o Nordeste afetados pela seca deste ano poder&atilde;o decidir se prorrogam ou suspendem a vacina&ccedil;&atilde;o contra a febre aftosa &ndash; a depender das condi&ccedil;&otilde;es do gado. A segunda etapa de interven&ccedil;&atilde;o em bovinos e b&uacute;falos come&ccedil;a no dia 1&ordm; de novembro, com expectativa de imunizar 150 milh&otilde;es de animais em todo o pa&iacute;s. Com a medida anunciada hoje (30) pelo Minist&eacute;rio da Agricultura, Pecu&aacute;ria e Abastecimento (Mapa), esse n&uacute;mero pode ser reduzido em at&eacute; 16 milh&otilde;es de cabe&ccedil;as - gado estimado nos nove estados da regi&atilde;o.</p> <p>De acordo com o coordenador de Febre Aftosa do Mapa, Pl&iacute;nio Lopes, os departamentos veterin&aacute;rios dessas cidades ter&atilde;o que iniciar a vacina&ccedil;&atilde;o normalmente e, ao longo do processo, se considerarem necess&aacute;rio, podem prorrogar a aplica&ccedil;&atilde;o das vacinas por 30 dias ou ainda suspender o procedimento. No caso de suspens&atilde;o, os munic&iacute;pios ter&atilde;o que apresentar uma nova an&aacute;lise da situa&ccedil;&atilde;o at&eacute; o dia 15 de janeiro para que o minist&eacute;rio reavalie as condi&ccedil;&otilde;es locais.</p> </div> <div align="justify"> <p>&ldquo;Onde ocorrer prorroga&ccedil;&atilde;o ou suspens&atilde;o da vacina&ccedil;&atilde;o, os bovinos que precisarem ser transportados para outros estados ter&atilde;o que ser vacinados previamente&rdquo;, explicou Lopes. Segundo ele, a vacina pode ser aplicada inclusive no local de destino do animal.</p> <p>Lopes garante que a medida n&atilde;o vai prejudicar as metas do governo de alcan&ccedil;ar &aacute;reas livres da aftosa. A expectativa mantida pelos &oacute;rg&atilde;os sanit&aacute;rios &eacute; que a Regi&atilde;o Nordeste atinja esse status no ano que vem. A &uacute;ltima ocorr&ecirc;ncia de aftosa na regi&atilde;o foi registrada h&aacute; dez anos.</p> </div> <div align="justify"> <p>&ldquo;Os &iacute;ndices vacinais da regi&atilde;o est&atilde;o dentro do satisfat&oacute;rio e desejado [acima de 85% do gado vacinado] e estamos fazendo inqu&eacute;rito epidemiol&oacute;gico a cada 15 dias&rdquo;, complementou.</p> <p>T&eacute;cnicos do Mapa que est&atilde;o na regi&atilde;o colhendo sangue dos animais em diversas propriedades asseguram que n&atilde;o h&aacute; indicativos de v&iacute;rus em circula&ccedil;&atilde;o.</p> </div> <div align="justify"> <p>O coordenador de aftosa do Mapa explicou ainda que a inten&ccedil;&atilde;o &eacute; amenizar os preju&iacute;zos contabilizados pelos produtores nordestinos. &ldquo;O produtor j&aacute; est&aacute; prejudicado com os efeitos da seca. Queremos amenizar esses impactos e o risco de perder animais pelo manejo&rdquo;, disse, destacando que, durante o transporte ou a captura, o gado, enfraquecido pela falta de alimentos e &aacute;gua, &ldquo;pode cair e n&atilde;o levantar mais&rdquo;.</p> <p>Segundo o diretor de Sa&uacute;de Animal do minist&eacute;rio, Guilherme Marques, o manejo &eacute; o &uacute;nico risco nesses casos. Ele garante que os produtores que decidirem vacinar os animais n&atilde;o precisam se preocupar com os efeitos da imuniza&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Temos testes feitos pelo minist&eacute;rio e por empresas. A vacina n&atilde;o provoca mortalidade ou aborto. O que provoca &eacute; o manejo [inadequado] do rebanho com fome e sede. O stress provocado nos animais.&rdquo;</p> </div> <div align="justify"> <p>De acordo com Marques, a flexibiliza&ccedil;&atilde;o do calend&aacute;rio de vacina&ccedil;&atilde;o contra aftosa em casos extremos de chuva ou seca excessiva est&aacute; prevista na legisla&ccedil;&atilde;o brasileira. &ldquo;Rar&iacute;ssimas vezes prorrogamos a campanha de vacina&ccedil;&atilde;o. Temos que procurar sempre vacinar o maior volume de animais no pa&iacute;s no menor espa&ccedil;o de tempo para combater a dispers&atilde;o da doen&ccedil;a pela transmiss&atilde;o entre animais&rdquo;, explicou.</p> <p>Segundo ele, al&eacute;m de a regi&atilde;o n&atilde;o fazer fronteira com pa&iacute;ses vizinhos, o que minimiza o risco da doen&ccedil;a, &ldquo;avaliamos o servi&ccedil;o veterin&aacute;rio e eles t&ecirc;m tanto condi&ccedil;&otilde;es quanto arcabou&ccedil;o para sustentar uma &aacute;rea livre [da doen&ccedil;a]&rdquo;.</p> </div>
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