Nacionais
JUSTIÇA
MPF cobra na Justiça cumprimento de acordo por parte da Agespisa
O termo final para o cumprimento da cláusula 2ª foi prorrogado até julho de 2012 e da cláusula 4ª para novembro de 2011.
ASCOM/MPF - 05/01/2013

<div align="justify">Aumentar tamanho do texto O Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal no Piau&iacute; (MPFPI), por meio do procurador da Rep&uacute;blica, Kelston Pinheiro Lages (foto), reiterou o pedido de prioridade &agrave; Justi&ccedil;a Federal para a realiza&ccedil;&atilde;o de audi&ecirc;ncia com representantes da &Aacute;guas e Esgotos do Piau&iacute; S.A (Agespisa) com o objetivo de dar efetividade ao cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com a empresa, o Munic&iacute;pio de Teresina e o Ibama como forma de combater as graves agress&otilde;es ao Rio Poti.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A manifesta&ccedil;&atilde;o do procurador ocorreu em novembro de 2012, na A&ccedil;&atilde;o Civil P&uacute;blica (2003.40.00.001796-1) que tramita na Justi&ccedil;a Federal - na qual o MPF &eacute; parte em conjunto com o Minist&eacute;rio P&uacute;blico Estadual -- contra a Agespisa e o Munic&iacute;pio de Teresina objetivando a ado&ccedil;&atilde;o de medidas consistentes na cessa&ccedil;&atilde;o das atividades poluentes dos Rios Poti e Parna&iacute;ba e o pr&eacute;vio tratamento dos efluentes urbanos antes do lan&ccedil;amento nos rios.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O procurador alerta que a degrada&ccedil;&atilde;o do rio mostra-se evidente com a volta dos aguap&eacute;s, o que, segundo ele, requer uma a&ccedil;&atilde;o imediata da Justi&ccedil;a para obrigar as autoridades p&uacute;blicas respons&aacute;veis a tomar provid&ecirc;ncias j&aacute; assumidas no TAC</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">De acordo com a cl&aacute;usula 2&ordf; do TAC, a Agespisa comprometeu-se, a construir, ampliar e monitorar as esta&ccedil;&otilde;es de tratamento de esgotos, de 17% para 52% e respectivas redes de coleta para atendimento da demanda da cidade de Teresina, al&eacute;m da apresenta&ccedil;&atilde;o de projeto de esgotamento sanit&aacute;rio do Bairro Itarar&eacute; at&eacute; 2010.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Pela cl&aacute;usula 4&ordf; obrigou-se a disponibilizar, no prazo de 12 meses, fonte de energia alternativa para as bombas de recalques nas esta&ccedil;&otilde;es elevat&oacute;rias da rede de esgotamento sanit&aacute;rio de Teresina, visando ao seu regular funcionamento em caso de falta de energia el&eacute;trica da rede convencional, de maneira a n&atilde;o ocorrer extravasamento de esgoto in natura no leito do rio Poti.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Entretanto, conforme o inqu&eacute;rito civil p&uacute;blico n&ordm; 1.27.000.0012232006-99 instaurado na Procuradoria da Rep&uacute;blica no Piau&iacute; com o objetivo de apurar o processo de degrada&ccedil;&atilde;o dos rios, a Agespisa vem reiteradamente descumprindo com os prazos estabelecidos no documento.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A empresa inicialmente requereu a dila&ccedil;&atilde;o de prazo para cumprimento das cl&aacute;usulas 2&ordf; e 4&ordf;, por mais 18 meses e 10 meses, respectivamente, a partir de 1&ordm; janeiro de 2012. O termo final para o cumprimento da cl&aacute;usula 2&ordf; foi prorrogado at&eacute; julho de 2012 e da cl&aacute;usula 4&ordf; para novembro de 2011.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; cl&aacute;usula 4&ordf;, comprovou seu cumprimento parcial, restando informar apenas se as pend&ecirc;ncias encontradas na esta&ccedil;&atilde;o elevat&oacute;ria do Teresina Shopping e da ETE Leste foram sanadas. Sobre a cl&aacute;usula 2&ordf;, requereu nova dila&ccedil;&atilde;o de prazo para outubro de 2012 e at&eacute; o momento n&atilde;o forneceu as informa&ccedil;&otilde;es sobre o est&aacute;gio das obras.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Em raz&atilde;o do injustificado descumprimento dos prazos e do not&oacute;rio n&iacute;vel de degrada&ccedil;&atilde;o dos rios, em especial do Poti que sofre com a desenfreada prolifera&ccedil;&atilde;o de aguap&eacute;s, em novembro de 2012, o procurador Kelston Lages requisitou &agrave; Pol&iacute;cia Federal a abertura de dois inqu&eacute;ritos para apurar a exist&ecirc;ncia de crimes ambientais envolvendo a qualidade da &aacute;gua distribu&iacute;da &agrave; popula&ccedil;&atilde;o piauiense e a degrada&ccedil;&atilde;o dos rios Poti e Parna&iacute;ba. Nos dois inqu&eacute;ritos, o procurador requereu a identifica&ccedil;&atilde;o dos respons&aacute;veis pelos delitos criminais.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Na mais recente manifesta&ccedil;&atilde;o, o procurador Kelston Lages argumenta que todos os prazos poss&iacute;veis para dar cumprimento ao TAC j&aacute; foram concedidos &agrave; empresa e mesmo assim a r&eacute; continua sem prestar os devidos esclarecimentos sobre o percentual de amplia&ccedil;&atilde;o da rede de tratamento de esgoto.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Ap&oacute;s provoca&ccedil;&atilde;o do MPF, o Ibama &ndash; respons&aacute;vel por fiscalizar as obriga&ccedil;&otilde;es contidas no TAC &ndash; entregar&aacute; relat&oacute;rio no pr&oacute;ximo dia 31. O procurador da Rep&uacute;blica aguarda decis&atilde;o do juiz federal M&aacute;rcio Braga da 2&ordf; Vara onde encontra-se tramitando o processo.</div> <div align="justify">&nbsp;</div>
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