Nacionais
ENERGIA
Governo reduz taxa de fiscalização da Aneel para garantir redução de 20,2% na conta de luz
Outra emenda vetada obrigaria a Aneel a estabelecer critérios de segurança e de saúde dos trabalhadores do setor elétrico. O governo entendeu que essas obrigações não cabem à agência, que apenas regula o mercado de eletricidade.
Agência Brasil - 15/01/2013

<div align="justify">Bras&iacute;lia &ndash; A nova lei do setor el&eacute;trico, publicada hoje (14) no Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o, encontrou uma maneira de reduzir o montante que o Tesouro Nacional ter&aacute; de desembolsar para assegurar a redu&ccedil;&atilde;o m&eacute;dia de 20,2% nas tarifas de energia para os consumidores. O governo reduziu de 0,5% para 0,4% a taxa de fiscaliza&ccedil;&atilde;o cobrada pela Ag&ecirc;ncia Nacional de Energia El&eacute;trica (Aneel) nas contas de luz.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Como a taxa tem impacto direto sobre a tarifa final, a Aneel dividir&aacute; com o Tesouro os custos para reduzir o pre&ccedil;o da energia no n&iacute;vel estipulado pelo governo. Na pr&aacute;tica, a perda de arrecada&ccedil;&atilde;o da ag&ecirc;ncia reguladora beneficia o Tesouro, que precisar&aacute; pagar menos para garantir o barateamento das contas.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O artigo que reduz a taxa de fiscaliza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o estava no texto original da medida provis&oacute;ria e foi inclu&iacute;do durante as discuss&otilde;es no Congresso Nacional. Tamb&eacute;m foi inserido um artigo que permite aos consumidores livres venderem ao mercado a energia que n&atilde;o usarem. No entanto, esse dispositivo trar&aacute; poucas mudan&ccedil;as pr&aacute;ticas porque os consumidores livres, na pr&aacute;tica, s&atilde;o autoprodutores de energia e j&aacute; podiam comercializar o excedente.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A presidenta Dilma Rousseff vetou seis artigos da medida provis&oacute;ria. O mais importante era uma emenda do Congresso que obrigaria a Aneel a devolver os recursos da taxa de fiscaliza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o usados para financiar o &oacute;rg&atilde;o. Na justificativa, o governo alegou que o ressarcimento &eacute; inconstitucional porque implica a devolu&ccedil;&atilde;o de um tributo e que o reembolso ao consumidor final seria dif&iacute;cil de ser posto em pr&aacute;tica.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Outra emenda vetada obrigaria a Aneel a estabelecer crit&eacute;rios de seguran&ccedil;a e de sa&uacute;de dos trabalhadores do setor el&eacute;trico. O governo entendeu que essas obriga&ccedil;&otilde;es n&atilde;o cabem &agrave; ag&ecirc;ncia, que apenas regula o mercado de eletricidade.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A presidenta vetou ainda desconto em um encargo para usinas hidrel&eacute;tricas leiloadas antes de 2004, quando o crit&eacute;rio para vencer os leil&otilde;es era o maior valor oferecido ao governo, n&atilde;o a menor tarifa ao consumidor. Segundo o governo, atualmente existem de 10 a 15 usinas nessa situa&ccedil;&atilde;o, que poderiam se beneficiar do encargo mais barato. No entanto, o governo alegou que, caso o desconto fosse mantido, o Tesouro Nacional teria de arcar com a diferen&ccedil;a.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A lei tamb&eacute;m prev&ecirc; a possibilidade de que usinas t&eacute;rmicas consideradas estrat&eacute;gicas pelo governo possam ser contratadas diretamente como energia de reserva, em vez de passarem por licita&ccedil;&atilde;o. Esse sistema &eacute; aplicado nas contrata&ccedil;&otilde;es de usinas de biomassa e e&oacute;licas (movidas a vento) e foi estendido &agrave;s termel&eacute;tricas cujas concess&otilde;es ven&ccedil;am daqui para a frente. A mudan&ccedil;a constava do texto original da medida provis&oacute;ria.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">At&eacute; agora, essas t&eacute;rmicas podiam vender a energia n&atilde;o utilizada no mercado livre, que cobra pre&ccedil;os altos quando os reservat&oacute;rios das hidrel&eacute;tricas est&atilde;o baixos. No novo modelo, as termel&eacute;tricas que forem contratadas como energia de reserva receber&atilde;o uma remunera&ccedil;&atilde;o fixa quando a energia n&atilde;o precisar ser usada. Se for necess&aacute;rio despachar a eletricidade, as usinas ser&atilde;o remuneradas pelo valor do combust&iacute;vel utilizado.</div>
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