Política
DESCASO
Água da chuva acumula e dejetos transbordam na Central de Flagrantes
Para entregar água e alimentação aos presos, os policiais são obrigados a pisarem na água contaminada
Maria Santana - 21/03/2013

Desde a inauguração do prédio da Central de Flagrantes de Picos, policiais civis e presos sofrem com a falta de estrutura do local. Segundo o diretor do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (SINPOLPI), em Picos, Joel Joaquim dos Santos, a chuva que caiu na manhã dessa quarta-feira (20) piorou ainda mais a situação.

De acordo com o agente de polícia a Central foi construída fora do padrão. “O nível do solo aqui é mais baixo que o da rua, então, facilita a acumulação de água. Além disso, faltam esgotos para escoamento da água, assim, as fossam enchem com facilidade e os dejetos humanos transbordam na área de sol e nas celas”.

Joel Joaquim disse que a superlotação contribui para o desgaste da estrutura. “Esse local deveria ser para realizar os flagrantes, porém, funciona como unidade prisional. Hoje, há 10 pessoas presas aqui, mas esse número já chegou a 30”.

O diretor do SINPOLPI destacou que as condições sanitárias e higiênicas são desumanas e que as fezes voltam pelos ralos da Central de Flagrantes. “Os presos estão numa situação inconstitucional, eles devem cumprir a pena na forma da Lei e não nessa tortura. Isso é uma prática delituosa”.

Para entregar água e alimentação aos presos, levadas pelas famílias, os policiais são obrigados a pisarem na água contaminada e ficam sujeitos a contraírem doenças.  

O delegado regional, Gilberto Franklin, afirmou que conhece o problema e que solicitou laudos técnicos do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Sanitária. Ainda de acordo com o delegado, os laudos serão entregues ao delegado geral para que as autoridades competentes possam tomar as providências cabíveis.

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