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FALTA
Moradores de bairros picoenses continuam sofrendo com a falta d`água
Sobre a constante falta de água nos bairros o gerente da Agespisa de Picos, José de Arimatéia, disse que a empresa está trabalhando para solucionar o problema, porém, o mesmo não quis dar mais detalhes a respeito.
Maria Santana - 31/03/2013

 

Não bastasse o forte calor de Picos, a população de alguns bairros da cidade ainda tem que conviver com as constantes faltas de água. Segundo moradores de partes dos bairros Parque de Exposição, Junco, Morada do Sol, São José, Passagem das Pedras e Belo Norte, durante o dia dificilmente a água chega às suas casas, com isso, os mesmos são obrigados a passarem a noite acordados esperando vestígios para armazenar a maior quantidade possível, já a conta de consumo eles garantem que essa nunca atrasa.

O pedreiro João Batista, morador do Parque de Exposição, disse que diariamente vive a rotina de dormir tarde esperando a água pingar nas torneiras. “Como a água só chega aqui depois das 23h a gente fica acordado para encher caixa, baldes, garrafas e, assim, garantir o básico para consumir durante o dia”. Situação semelhante é a da dona de casa Maria Ana de Sousa. “Quando a água chega aqui é de madrugada. Nossa situação é triste, cuido dos meus pais que são idosos e passo a noite praticamente acordada para conseguir um pouco de água, no dia de lavar as roupas nem dá para dormir mendigando pelo produto nas torneiras”.

Uma das moradoras do Junco, a dona de casa Maria da Conceição, informou que é difícil ter água nas torneiras durante o dia. “Nosso dilema é semelhante ao dos habitantes de outros bairros, temos que ficar acordados durante a madrugada para encher os reservatórios. Às vezes ficamos até três dias sem água, aí a situação piora, temos que racionar e contar com a colaboração dos vizinhos, tomar banho se torna uma prática luxuosa”.

O problema ainda é mais grave na rua Jerusalém, Morada do Sol, há mais de 15 dias aquela população está sem água. Um dos habitantes, pastor Alisson Silva, disse que faz três meses que mora na referida rua e nunca viu uma torneira da casa pingar durante o dia. “Agora mesmo não temos água nem para beber ou cozinhar, a água que chega aqui na madrugada não é suficiente para encher um balde de 5 litros. Pego água na casa da minha sogra e na hora de tomarmos banho temos que ir até lá”.    

A autônoma Lúcia Pereira, do bairro São José, também enfrenta a problemática da escassez de água. “Há cinco anos moro nessa rua e convivo com a mesma rotina: passar o dia inteiro sem água nas torneiras e algumas horas da madrugada juntando o máximo possível para consumir no outro dia”.

Sobre a constante falta de água nos bairros o gerente da Agespisa de Picos, José de Arimatéia, disse que a empresa está trabalhando para solucionar o problema, porém, o mesmo não quis dar mais detalhes a respeito.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O problema se arrasta a anos a água só chega de madrugada e pela manhã as torneiras já estão secas novamente

Ela diz que vai todos os dias até uma construção de casas populares, na parte mais baixa do bairro, com baldes e garrafas para pegar um pouco de água. “Mas é longe, e a gente não consegue pegar muito. Pra tomar banho é só na canequinha”, afirmou.
 

 

 

 

 

 

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