Cumprindo uma Notificação Recomendatória da Promotora de Justiça da 1º Promotoria de Justiça de Picos, Romana Leite Vieira, a Prefeitura embargou pelo menos três trailers que funcionam em vagas de estacionamento ao redor da Praça Felix Pacheco, no Centro da cidade.
O alvo do embargo, ocorrido na tarde desta última quarta-feira (14), foram os trailers: “A.D.R Lanches”, que comercializa cachorros-quentes, “Lanche Bem do Negão”, que é destinado a venda de lanches (sanduiches, salgados, refrigerantes e sucos) e o “Fair Play Sport”, onde são realizadas apostas de um tipo de loteria relacionada a jogos de futebol.
Um veículo modelo Fiat Fiorino Furgão, que funciona como um chaveiro móvel, também foi embargado.
Os trailers e o chaveiro móvel foram embargados por funcionários da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e lacrados com fita zebrada de isolamento.
(Fotos/ Whatsapp)
O fechamento dos trailers repercutiu bastante, tanto pelas ruas de Picos como nas redes sociais, devido principalmente ao fato de um dos comerciantes já trabalhar no local desde a década de 90.
Francisco José dos Santos, o popular “Negão do Cachorro-quente”, sobrevive da venda de lanches no local e atualmente sofre com um grave problema de visão.
Em entrevista ao site Piauí24hs “Negão” comentou o embargo e bastante emocionado foi as lágrimas diante da possibilidade de deixar o local de onde tira o sustento da família.
“Estou doente e não tenho como sobreviver sem meu trailer. O prefeito Walmir não poderia ter feito isso, são 30 anos de trabalho e luta e Picos”, disse o comerciante.
Nas redes sociais o “Negão do Cachorro-quente” ganhou o apoio de diversos internautas que criticaram a medida.
“Muita injustiça o que estão fazendo. Esse trailer do ‘Negão’ nunca atrapalhou a vida de ninguém aqui em Picos. Deviam rever isso. É minha opinião”, comentou, Rogério Medeiros, no Facebook.
Alguns internautas já começaram inclusive uma campanha, denominada “Prefeito Deixa o ‘Negão’ Trabalhar #somostodosnegao”, para tentar reverter a decisão.
(Imagem/ Reprodução WhatsApp)
Em entrevista a rádio Grande FM, o secretário municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Filomeno Portela, disse que é com pesar que teve que cumprir essa determinação.
“Mas nós temos que obedecer, é uma norma, é um pedido do Ministério Público e ele cobra com ênfase, nos dando prazos e multas para o município e nós estamos cumprindo porque determinação se cumpre, é pesado para nós, mas nós estamos cumprindo”, pontuou o secretário.
Ele orientou que o comerciante que estiver se sentido prejudicado que procure o Ministério Público.
(Fotos/ Portal O Povo)