Geral
EM Picos
Algodão em Picos: produtividade aumentou 218,8%
O Piauí aumentou sua produção de algodão herbáceo em 99,6% e este ano colheu 49,5 mil toneladas do produto, segundo números divulgados pelo Setor de Apoio a Logística e Gestão de Oferta
Francisco Leal - 25/10/2008

<div align="justify">O Piau&iacute; aumentou sua produ&ccedil;&atilde;o de algod&atilde;o herb&aacute;ceo em 99,6% e este ano colheu 49,5 mil toneladas do produto, segundo n&uacute;meros divulgados pelo Setor de Apoio a Log&iacute;stica e Gest&atilde;o de Oferta (Segel), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Na safra anterior, a produ&ccedil;&atilde;o foi de 24,8 mil toneladas.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Segundo a Conab, o Estado tanto conseguiu aumentar sua &aacute;rea plantada como conseguiu melhorar sua produtividade. A &aacute;rea plantada, de 13,3 mil hectares na safra 2006/2007, passou para 14,6 mil hectares na 2007/2008. J&aacute; a produtividade, o que corresponde um aumento de 9,8%. J&aacute; a produtividade teve um salto de 81,8%, passando de 1.868 para 3.396 quilos por hectare.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Os Cerrados piauienses aparecem como a regi&atilde;o de maior produ&ccedil;&atilde;o de algod&atilde;o, superando em muito a regi&atilde;o de Picos, que no passado j&aacute; foi o principal centro de cultivo.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Ali, a &aacute;rea plantada na safra 2007/2008 aumentou 28,6%, passando de 10,4 mil para 13,3 mil hectares, e a produtividade cresceu 56,5%, chegando a 3.647 quilos por hectare, em m&eacute;dia. Em algumas fazendas, no entanto, a produtividade chegou a 4,5 mil quilos por hectare. A produ&ccedil;&atilde;o passou de 24,2 mil toneladas, na safra 2006/2007, para 48,7 mil toneladas na safra atual.</div> <div align="justify">&nbsp;&nbsp;</div> <div align="justify">Na regi&atilde;o de Picos, a &aacute;rea plantada com algod&atilde;o herb&aacute;ceo encolheu 58,4%, caindo de 2,9 mil, na safra 2006/2007, para 1,2 mil hectares na safra 2007/2008, mas a produtividade aumentou 218,8%, chegando a 656 quilos por hectare. A produ&ccedil;&atilde;o foi de 791 quilos.&nbsp; A produ&ccedil;&atilde;o de algod&atilde;o em pluma em todo o Estado chegou a 17,8 mil toneladas, contra 9 mil toneladas da safra anterior, um aumento de 98%. A &aacute;rea plantada e a produtividade tamb&eacute;m aumentaram. A &aacute;rea plantada passou de 13,3 mil para 14,6 mil e a produtividade de 674 quilos para 1,2 mil quilos por hectare.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">J&aacute; a produ&ccedil;&atilde;o de caro&ccedil;o de algod&atilde;o cresceu 99,6% - de 15,9 mil para 31,7%. A produtividade tamb&eacute;m avan&ccedil;ou, passando de 1.195 quilos para 2.174 quilos por hectare.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><strong>Algod&atilde;o no Piau&iacute; -</strong> O principal p&oacute;lo algodoeiro do Piau&iacute; ficava na regi&atilde;o Sudeste do Estado, tendo o munic&iacute;pio de Picos como centro. A grande produ&ccedil;&atilde;o garantiu a instala&ccedil;&atilde;o de uma usina do Grupo Coelho, um dos mais poderosos da &eacute;poca. Mas, a cultura do algod&atilde;o enfrentou grandes dificuldades nos anos 80, entre elas a praga do bicudo, respons&aacute;vel por s&eacute;rios preju&iacute;zos aos agricultores. Al&eacute;m disso, houve incentivo para a compra de algod&atilde;o importado, provocando o decl&iacute;nio da ind&uacute;stria t&ecirc;xtil nacional.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Essas dificuldades resultaram em queda substancial da produ&ccedil;&atilde;o no Nordeste brasileiro e tamb&eacute;m no Piau&iacute;, em fun&ccedil;&atilde;o da baixa ado&ccedil;&atilde;o de tecnologias que impossibilitava a conviv&ecirc;ncia adequada com a praga do bicudo e da baixa competitividade do produto local com o importado, em raz&atilde;o da sua qualidade e da escala de comercializa&ccedil;&atilde;o.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Os problemas na cultura algodoeira tamb&eacute;m foram registrados nas demais &aacute;reas tradicionalmente produtoras de S&atilde;o Paulo e Paran&aacute;. No Paran&aacute;, por exemplo, a &aacute;rea plantada caiu de cerca de 700 mil hectares no in&iacute;cio da d&eacute;cada de 90 para menos de 40 mil hectares em 2001.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O algod&atilde;o aparece hoje como alternativa para rota&ccedil;&atilde;o com a soja na regi&atilde;o dos Cerrados, garantindo no Piau&iacute; o renascimento da cultura com uma produtividade elevada.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O sucesso da cotonicultura no Cerrado tem sido impulsionado pelas condi&ccedil;&otilde;es de clima favor&aacute;vel, terras planas, que permitem mecaniza&ccedil;&atilde;o total da lavoura, programas de incentivo do governo e tamb&eacute;m pelo uso intensivo de tecnologias modernas. Este &uacute;ltimo aspecto tem feito com que o Cerrado brasileiro detenha as mais altas produtividades na cultura do algodoeiro no Brasil e no mundo, em &aacute;reas n&atilde;o irrigadas.</div> <div align="justify"> <p>Segundo dados dispon&iacute;veis, em 1986 existiam no Piau&iacute; 219.876 hectares plantados de algod&atilde;o, dos quais 155.081 hectares de algod&atilde;o arb&oacute;reo e 64.796 hectares de algod&atilde;o herb&aacute;ceo. A regi&atilde;o do Semi-&aacute;rido j&aacute; foi respons&aacute;vel por 79,51% da &aacute;rea plantada de algod&atilde;o no Piau&iacute;, garantindo 55,08% da produ&ccedil;&atilde;o estadual dessa fibra. A cultura do algod&atilde;o no Estado chega a empregar dois homens por hectare ao ano.</p> </div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><strong>Hist&oacute;rico -</strong> O algod&atilde;o &eacute; considerado a mais importante fibra t&ecirc;xtil, natural ou artificial, e &eacute; tamb&eacute;m a planta de aproveitamento mais completo e que oferece os mais variados produtos de utilidade.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A produ&ccedil;&atilde;o de algod&atilde;o teve aumento de 99,6% V&ecirc;m de muitos s&eacute;culos antes de Cristo as refer&ecirc;ncias sobre o algod&atilde;o. Na Am&eacute;rica, foram encontrados vest&iacute;gios no Peru, evidenciando que povos milenares daquela regi&atilde;o j&aacute; manipulavam o algod&atilde;o. Com os incas, o artesanato t&ecirc;xtil atingiu culmin&acirc;ncia, pois amostras de tecidos de algod&atilde;o, por eles deixados enchem os olhos pela beleza, perfei&ccedil;&atilde;o e combina&ccedil;&atilde;o de cores.</div> <div align="justify">No Brasil, pouco se sabe sobre a pr&eacute;-hist&oacute;ria do algod&atilde;o. Alguns pesquisadores sustentam que nas Am&eacute;ricas, na &eacute;poca do descobrimento os ind&iacute;genas j&aacute; cultivavam o algod&atilde;o e convertiam-no em fios e tecidos. No inicio do s&eacute;culo XVI, Jean de Lery j&aacute; descrevia o processo que os &iacute;ndios utilizavam para fiar e tecer o algod&atilde;o. Os primeiros colonos chegados ao Brasil, logo passaram a cultivar e utilizar o algod&atilde;o nativo. Mas foi s&oacute; no s&eacute;culo XVIII, com a revolu&ccedil;&atilde;o industrial, que o algod&atilde;o foi transformado na principal fibra t&ecirc;xtil e no mais importante produto das Am&eacute;ricas.</div> <div align="justify">&nbsp;</div>
Facebook
Publicidade