O refluxo gastroesofágico acontece quando o conteúdo gástrico retorna ao esôfago, neste caso o líquido pode alcançar outros órgãos dos aparelhos digestivo e respiratório. Essa ação pode irritar o esôfago, causando azia e outros sintomas.

As causas são inúmeras que vão desde a criação da chamada hérnia de hiato que é a projeção do estomago para dentro do esôfago, alterações que retardem o esvaziamento gástrico e o mau funcionamento da cárdia (válvula localizada entre o estomago e o esôfago que impede o refluxo).

Segundo o gastroenterologista e endocrinologista, Luís Evandro Santos, o sintoma principal da doença é a azia, que acontece no sentindo estomago-esôfago e se dá de forma intensa podendo causar a esofagite (inflamação do esôfago em decorrência dos refluxos).

Ainda segundo o especialista 30% dos casos ocasionam alterações extra-intestinais como, por exemplo, disfonias na voz, laringite e em alguns casos até mesmo asmas brônquicas. “Muitas vezes se tem uma rouquidão e fica-se tratando as cordas vocais, quando na verdade a etiologia é o refluxo gastroesofágico.”

O refluxo pode ser detectado através da realização de uma endoscopia ou uma phmetria de 24 horas, onde sensores são colocados próximos a transição esofagogástrica em que se registra o número, a intensidade e o horário dos refluxos.

O médico lembra ainda que prevenção da doença se dá através  chamadas medidas comportamentais como dietas, correção da postura, não deitar e nem tomar líquido após as refeições, dormir com a cabeceira elevada entre outras. “Tomar liquido após as refeições retarda a digestão, ou seja, quanto mais se retarda mais suco gástrico é produzido o que aumenta as chances do mesmo refluir.”

Em casos do mau funcionamento da cárdia ou de uma hérnia de hiato as correções podem ser cirúrgicas, mas o tratamento é quase sempre medicamentoso conjunto com algumas medidas comportamentais.