Saúde
ALERTA
Câncer de colo de útero é o que mata mais mulheres no país
Quando o câncer cervical quando ainda é uma lesão precursora ele não tem sintomas.
Jesika Mayara - 21/03/2014

Dentre as enfermidades que mais atingem as mulheres no Brasil, o câncer de colo de útero é uma das doenças que mais atinge as brasileiras, levando-as a óbito.

O câncer de colo de útero, também conhecido por câncer cervical, é uma doença de evolução lenta que acomete, sobretudo, mulheres acima dos 25 anos. O principal agente da enfermidade é papilomavírus humano (HPV), que pode infectar também os homens e está associado ao surgimento do câncer de pênis.

Segundo a ginecologista e obstetra, Odete Vila Verde, a enfermidade é um tumor que atinge a porção do colo que fica bem profunda, na parte intravaginal, a causa do tumor geralmente é decorrente de uma infecção provocada pelo vírus HPV.

“Infelizmente em meu consultório eu diagnostico aproximadamente dois casos de câncer de colo de útero por mês e na maioria dos casos a doença já está em um estágio bastante avançado, na fase de infiltração, pelve congelada, sangramento e perca de peso.” Informou a especialista em Patologia de Trato Genital Inferior.

Quando o câncer cervical quando ainda é uma lesão precursora não tem apresenta sintomas, porém, quando já está na fase final aparecem sintomas como sangramento vaginal, especialmente depois das relações sexuais, no intervalo entre as menstruações, ou após a menopausa, corrimento vaginal de cor escura e com mau cheiro, edema nos membros inferior; perda de apetite e peso; dor; entre outros sintomas.

As formas de contagio são em 90% dos casos por via sexual e raramente a transmissão é decorrente de instrumentos de uso pessoal, uso de tolha molhada ou roupa íntima.

A avaliação ginecológica, colposcopia e o exame citopatológico de Papanicolaou realizados regular e periodicamente são recursos essenciais para o diagnóstico e prevenção do câncer de colo de útero, além do uso de preservativos durante a relação sexual. O tratamento irá depender do estágio da doença.

VACINA

“É muito importante os pais autorizarem suas filhas a receberem a vacina para aumentar o título de anticorpos das mesmas para que elas aumentem suas defesas e não adquiram o vírus HPV.” Informa a especialista.

Em 2014 o Ministério da Saúde está disponibilizando vacinas para meninas de 11 a 13 anos recebam a vacina contra o HPV. Em Picos aproximadamente 2016 meninas serão imunizadas e no Piauí a meta é atingir 80% de todo o público-alvo.

Ao todo, 57 países já aderiram ao programa de vacinação, no Brasil a vacina foi implantada ainda em 2007, apenas na rede privada de saúde, e chegou a custar R$ 550, atualmente ela custa R$ 400 e é realizada em um esquema clássico em que a paciente fica imunizada em um ano. O Sistema Único de Saúde está realizado um sistema estendido de  seis meses e cinco anos que também possui eficácia comprovada.

A paciente que já tiver tomado primeira dose na rede privada poderá tomar a dose seguinte por meio do SUS e vice-versa.

“Estou muito contente com essa imunização em massa, pois a partir dela teremos uma geração de mulheres sem o câncer de colo de útero” finaliza Odete Vila Verde.

 

 

 

 

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