Nacionais
FRAUDE
Farmácias fraudam programa federal de venda de remédio mais barato
Comerciantes oferecem benefícios a clientes que não têm direito.
G1 - 06/03/2009

<div align="justify">O programa Farm&aacute;cia Popular, criado pelo Governo Federal para deixar alguns rem&eacute;dios mais baratos, est&aacute; sendo usado de forma irregular por drogarias conveniadas. Para atrair mais clientes e ter mais lucro, alguns comerciantes est&atilde;o dando preju&iacute;zo aos cofres p&uacute;blicos.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Quem chega com receita m&eacute;dica e CPF na m&atilde;o, pode comprar anticoncepcionais, rem&eacute;dios para hipertens&atilde;o e diabetes com at&eacute; 90% de desconto. A parceria com farm&aacute;cias e drogarias da rede privada foi criada em 2006. O percentual de desconto vira um reembolso que a farm&aacute;cia recebe do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O rem&eacute;dio s&oacute; pode ser vendido com desconto se o paciente assinar a nota fiscal no balc&atilde;o, mas essa exig&ecirc;ncia tem sido descumprida porque muitas empresas viram no programa uma chance de ganhar mercado e mais dinheiro. A entrega em casa, sem qualquer assist&ecirc;ncia farmac&ecirc;utica, abriu um caminho t&atilde;o f&aacute;cil para o lucro que fez surgir uma nova t&aacute;tica na pra&ccedil;a: a busca por clientes de porta em porta.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Moradora de um bairro pobre de Betim (MG), a costureira Arlene Moreira tem recebido tratamento especial de uma farm&aacute;cia da cidade vizinha de Contagem (MG). Para receber a doa&ccedil;&atilde;o, ela diz que s&oacute; precisou preencher um cadastro, durante uma visita em casa.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Com uma c&acirc;mera escondida, a equipe do Jornal Nacional comprovou irregularidades em algumas farm&aacute;cias. Alguns casos sugerem falha na fiscaliza&ccedil;&atilde;o do governo. Uma empresa, por exemplo, fica na cidade vizinha de S&atilde;o Jos&eacute; da Lapa (MG) e n&atilde;o &eacute; sequer credenciada no programa Farm&aacute;cia Popular. O balconista diz que registrava as vendas em nome de outra drogaria. Na farm&aacute;cia que emprestava o registro, no entanto, ningu&eacute;m quis falar sobre o assunto.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Nessa briga para conquistar mercado, as drogarias particulares inscreveram at&eacute; pacientes que j&aacute; recebem a medica&ccedil;&atilde;o de gra&ccedil;a dos postos de sa&uacute;de. Isso tem levado o governo a gastar duas vezes para fazer o mesmo tratamento. O pr&oacute;prio sindicato que representa as farm&aacute;cias j&aacute; denunciou 17 empresas ao Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de.</div> <div align="justify">&nbsp;&nbsp;</div> <div align="justify">O diretor de assist&ecirc;ncia farmac&ecirc;utica do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, Jos&eacute; Miguel do Nascimento, disse que o programa da Farm&aacute;cia Popular nasceu da ideia do cofinanciamento, quando o usu&aacute;rio paga, no m&iacute;nimo, 10% do pre&ccedil;o do rem&eacute;dio. Segundo ele, quando as farm&aacute;cias n&atilde;o cumprem a portaria do programa, &eacute; aberto processo administrativo que pode terminar com o descredenciamento da drogaria.</div> <div align="justify">&nbsp;</div>
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