Um córrego que corta o local transbordou e atingiu as habitações feitas de taipa. Famílias fazem mudança.
<div align="justify">Dez casas desabaram após as fortes chuvas da noite desta segunda (27), na Vila Madre Teresa de Calcutá, bairro Piçarreira, na zona Leste de Teresina. Um córrego que corta o local transbordou e atingiu as habitações feitas de taipa.</div>
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<div align="justify">A jovem dona-de-casa, Maria de Fátima Gomes Santos, 21 anos, que tem filho de dois anos escapou por pouco. Numa "espécie de pressentimento", ela retirou todos os seus pertences e levou para a casa da sogra, que também é de sapé, mas está localizada um pouco mais distante do riacho e em um terreno mais acima.</div>
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<div align="justify">“Resolvi me mudar, ontem à tarde, porque estava com medo das chuvas anteriores. Foi um milagre eu ter escapado porque a chuva começou por volta das 6 horas (da tarde). Só estou viva por causa disso”, diz a jovem mãe entre lágrimas. Ela agora espera ajuda da prefeitura e da Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH) para reconstruir sua casa.</div>
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<div align="justify">Francisca Gomes, mãe da Fátima, mora próximo ao local. Ela descreve que durante o temporal de ontem ouviu um barulho muito forte, mas não imaginou que fosse a casa da filha dela desabando.</div>
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<div align="justify"><strong>Por pouco</strong></div>
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<div align="justify">Ana Maria dos Santos Sales arriscou a própria vida e de sua filha pequena ao ficar em casa durante a chuva. Metade da sua casa caiu. “Eu tenho que ficar na minha casa. Não posso ir pra casa de ninguém”, desespera-se. Ela afirma que na residência de seus familiares já tem muita gente.</div>
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<div align="justify">Diversas famílias que não tiveram suas moradas atingidas estão tirando tudo o que podem. É o que faz o casal Geovane Élson e Joseane Gomes. Ao chegar do trabalho ontem, Geovane tocou a parede do imóvel e sentiu que ela balançava.</div>
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<div align="justify">“Ficamos com medo, passamos a noite aqui, mas com essa preocupação”, descreve. Os dois alugaram uma casa próximo ao local e estão realizando a mudança agora. “A sorte é que nós ainda não temos filhos, porque a preocupação seria maior”, diz Geovane. Ele diz ainda que a associação do bairro e a prefeitura realizaram um projeto para construir casas no local, mas até agora nada foi apresentado.</div>
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<div align="justify">Redação: Carlos Lustosa Filho/ cidadeverde.com</div>