A frieza dos números acaba mascarando e tornando “natural” a tragédia provocada pela grande quantidade de mortes registradas em Picos em decorrência da COVID-19.
Conforme os dois últimos Boletins da Secretaria Municipal de Saúde e do Hospital Regional Justino Luz, dois moradores do município picoense morreram por complicações do novo coronavírus nos últimos dois dias, totalizando 42 óbitos.
Nesta última terça-feira (18), a vítima fatal da COVID foi uma mulher de 59 anos enquanto na segunda-feira (17), já havia morrido um idoso de 72 anos que residia no Centro, era hipertenso e tinha doença renal crônica.
Apesar dessa “naturalidade” na contagem, se os óbitos provocados pela pandemia forem comparados com outro indicador que causa repulsa e medo, como por exemplo, a quantidade de homicídios ocorridos em Picos neste ano, vemos o quanto o coronavírus é devastador.
Enquanto a pandemia já provocou 42 óbitos em quatro meses e três dias, em quase oito meses “apenas” oito pessoas foram assassinadas em Picos.
Isso significa que na metade do tempo a COVID-19 matou cinco vezes mais do que os homicídios no município picoense.
O assassinato mais recente registrado em Picos ocorreu na Vila Custódia, na Região do bairro Ipueiras, na noite do último sábado (15).
Boletim dia 18:
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