Polícia
POLÍCIA
Situação dos menores é triste e constrangedora para as autoridades, afirma o Major
Durante entrevista sobre as ocorrências do final de semana, o major Vicente Carlos voltou a tocar no assunto dos menores que cometem infrações
Lana Krisna - 25/06/2009

<div align="justify">Durante entrevista sobre as ocorr&ecirc;ncias do final de semana, o major Vicente Carlos voltou a tocar no assunto dos menores que cometem infra&ccedil;&otilde;es na cidade, segundo ele &ldquo;A situa&ccedil;&atilde;o dos menores est&aacute; triste e constrangedora para as autoridades de Picos&rdquo;. Entre os motivos, pais que n&atilde;o conseguem ter controle sobre seus filhos, menores que cometem a mesma infra&ccedil;&atilde;o repetidas vezes e continuam nas ruas.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Vicente Carlos relatou que &ldquo;menor cometendo crimes est&aacute; virando uma rotina, ontem durante a ronda, encontramos v&aacute;rios infratores esperando as pessoas sa&iacute;rem da igreja, se isso n&atilde;o for combatido agora, ser&aacute; um problema maior no futuro&rdquo;, acrescenta.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O Major considera inadmiss&iacute;vel a presen&ccedil;a desses adolescentes at&eacute; altas horas da madrugada nas ruas da cidade, e afirma que os pais tamb&eacute;m ser&atilde;o penalizados por isso, &ldquo;as fam&iacute;lias n&atilde;o est&atilde;o tendo o devido cuidado, repetidas vezes os adolescentes s&atilde;o detidos por roubo de celular e voltam &agrave;s ruas para cometer novos crimes, &eacute; preciso que sejam encaminhados para a re-socializa&ccedil;&atilde;o e eles precisam ser segurados no complexo&rdquo;, afirma.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">De acordo com Raimundo Nonato, que reponde pelo Complexo de Defesa do Menor na aus&ecirc;ncia da Coordenadora, a falha no sistema vai desde a pris&atilde;o at&eacute; as medidas s&oacute;cio-educativas em meio aberto, &ldquo;na maioria das vezes falta procedimento, ou ele &eacute; feito de forma errada na delegacia, faltando a materialidade do crime para ser apresentada junto ao juiz&rdquo;.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Para esclarecer a falta de materialidade, Raimundo Nonato usou um caso onde o menor &eacute; preso por porte de arma, e durante o julgamento essa arma n&atilde;o aparece, assim, &ldquo;o juiz n&atilde;o ter&aacute; materialidade suficiente para mant&ecirc;-lo em regime fechado&rdquo;, explica.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">J&aacute; a falha com as medidas s&oacute;cio-educativas em meio aberto, Raimundo atribui &agrave; falta de acompanhamento durante a Liberdade Assistida (L.A.) e a Presta&ccedil;&atilde;o de Servi&ccedil;os &agrave; Comunidade (P.S.C.), onde a fam&iacute;lia que &eacute; respons&aacute;vel pelo menor n&atilde;o o acompanha devidamente, o que vem gerar a reincid&ecirc;ncia do crime mais a frente.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">De acordo com Alceb&iacute;ades Ara&uacute;jo que &eacute; Conselheiro Tutelar, em Picos j&aacute; existe um &oacute;rg&atilde;o que responde pelo acompanhamento do menor onde funcionam o P.S.C. e o L.A. no CREAS, &ldquo;realmente existe muita reincid&ecirc;ncia, a falta de materialidade &eacute; uma fato, e a fam&iacute;lia tamb&eacute;m contribui quando n&atilde;o ajuda a cumprir com as exig&ecirc;ncias dos programas sociais&rdquo;,</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&ldquo;Alguns adolescentes que cometem os delitos acabam extraviando as provas, ou a v&iacute;tima se intimida e n&atilde;o volta para prestar o depoimento, como a justi&ccedil;a s&oacute; trabalha com provas materiais, n&atilde;o ser&aacute; poss&iacute;vel exigir a perman&ecirc;ncia do menor no Complexo se n&atilde;o existir provas que ele cometeu aquela infra&ccedil;&atilde;o&rdquo;, acrescenta o conselheiro.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Alceb&iacute;ades acrescenta que falta uma estrutura, &ldquo;eles n&atilde;o podem ficar a merc&ecirc; da sorte nas ruas, falta uma estrutura para acomodar esses adolescentes que saem das medidas s&oacute;cio-educativas e a oportunidade com condi&ccedil;&otilde;es e atividades para que o menor conviva em meio aberto e n&atilde;o volte a reincidir&rdquo;.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Sobre o caso, O Juiz da 3&deg; Vara infanto-juvenil de Picos, Geneci Benevides acrescenta que viver longe da escola e em um meio latente de criminalidade influencia na pr&aacute;tica de crimes, assim como a falta de estrutura familiar, maternidade e paternidade muito jovem, &ldquo;a filosofia presente na legisla&ccedil;&atilde;o do menor &eacute; de que a pessoa est&aacute; em forma&ccedil;&atilde;o ent&atilde;o n&atilde;o deve ser punido e sim re-socializado,no entanto, faltam esses meios de re-socializa&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o cabe ao Poder Judici&aacute;rio e sim ao Poder Executivo&rdquo;, acrescenta.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Dr. Geneci tamb&eacute;m argumentou a falta de um abrigo para menores n&atilde;o infratores, &ldquo;Na ultima quinta-feira recebi um menor que n&atilde;o tem onde ficar, a m&atilde;e o abandonou, o pai n&atilde;o o leva pra casa porque a madrasta n&atilde;o o aceita em casa j&aacute; que o mesmo &eacute; usu&aacute;rio de drogas. Outro caso recente &eacute; o de uma m&atilde;e que deixa o filho aqui e vai para Natal-RN se prostituir, dois casos onde os menores vivem nas ruas 24 horas por dia, Picos n&atilde;o tem um abrigo para esses menores n&atilde;o infratores&rdquo;.</div>
Facebook
Publicidade