O deputado federal Nazareno Fonteles (PT-PI) renunciou à vaga que ocupa no Conselho de Ética da Câmara.
<div align="justify">O deputado federal Nazareno Fonteles (PT-PI) renunciou à vaga que ocupa no Conselho de Ética da Câmara. A decisão é uma reação à decisão do conselho, que absolveu hoje o deputado Edmar Moreira (sem partido-MG) da acusação de mau uso da verba indenizatória.</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">Fonteles, que chegou a ser relator do processo, anunciou que estava deixando o Conselho de Ética. "Voto a favor da cassação é estranho. Como se usa tanto a retórica para tapar o sol com peneira. Essa decisão pesa para imagem do conselho desta Casa. Comunico, portanto, que vou renunciar", afirmou.</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">Por 9 a 3, o conselho aprovou hoje o relatório do deputado Sérgio Brito (PDT-BA), que recomendava o arquivamento do processo disciplinar contra Edmar Moreira. Segundo Brito, o uso de verba indenizatória para o pagamento de serviços prestados por empresas de sua própria família só foi proibido a partir de 7 de abril deste ano. O relator considera, então, que, até a publicação da portaria, o procedimento não era considerado infração.</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">Foi a terceira vitória de Edmar no Conselho de Ética da Câmara. Na semana passada, o Conselho de Ética rejeitou o relatório do deputado Hugo Leal (PSC-RJ), que pedia a suspensão por quatro meses das prerrogativas parlamentares do deputado.</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">Anteriormente, o Conselho de Ética rejeitou o parecer do deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), que havia sugerido a cassação do mandato de Moreira.</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">Conhecido por ser dono de um castelo de avaliado em R$ 25 milhões, Moreira foi acusado de uso irregular da verba indenizatória --benefício mensal de R$ 15 mil para deputados cobrirem gastos nos Estados. Ele teria justificado os gastos com notas fiscais de suas próprias empresas de segurança.</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">À época não existia uma regra clara sobre essa prática. A suspeita é de que os serviços não eram prestados. Além disso, o valor que o deputado gastou com os serviços de segurança é o dobro previsto na Lei de Licitações.</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">Fonte: Folha</div>