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O Projeto Piauí Sustentável e Inclusivo (PSI) está em fase de apresentação e divulgação para agricultores familiares, representantes de movimentos sociais e entidades do setor público. Nessa quinta-feira (29), a iniciativa foi apresentada no município de Picos a representantes dos 23 municípios do Território do Vale do Rio Guaribas.

O PSI leva ações para melhorar a qualidade de vida e a produtividade da agricultura familiar nos sete territórios que compreendem o semiárido piauiense. Em todos eles, obras de segurança hídrica e saneamento rural, planos de adaptação produtiva, e ações de capacitação, dentre outros, serão desenvolvidas pelo projeto.

O programa é coordenado pela Secretaria do Planejamento (Seplan) e executado pelas Secretarias da Agricultura Familiar (SAF) e do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e pelo Instituto de Terras do Piauí (Interpi).

Um dos principais componentes do projeto é a adaptação produtiva olhando para os impactos das mudanças climáticas. Para o superintendente de Projetos Territoriais da SAF, Jairo Chagas Júnior, a discussão é importante sobretudo na região do semiárido, onde muitas famílias ainda vivem sem acesso à água.

“É um projeto que tem um enfoque ambiental muito grande tendo em vista todas essas mudanças que vêm ocorrendo no clima nos últimos anos e que impactam a vida das pessoas que estão no semiárido piauiense”, cita o gestor.

Para a diretora estadual do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Francisca Silva, o projeto vai ser importante por conta da priorização de ações que facilitem o acesso à água para agricultores familiares.

“A gente vive um momento bem crítico que é o debate das mudanças climáticas e a gente sente muito isso, principalmente nessa região porque a gente está em uma região semiárida, então a questão da água é fundamental a gente discutir, mas também as mudanças climáticas que a agricultura familiar também já sente”, disse Francisca Silva.

Quem também participou do evento foi o agricultor Antônio Marto, da Comunidade Quilombola Alto da Boa Vista, que fica em São José do Piauí. Ele citou as ações da SAF que já vêm beneficiando a comunidade, e que espera um aprimoramento com o PSI.

“Nós conseguimos equipar um poço que já estava cavado, projeto de reutilização de água e outras coisas que conseguimos por meio do programa Viva o Semiárido, então hoje o Alto da Boa Vista está totalmente diferente. Nós conseguimos equipar o poço, todo dia nós temos água, além disso, colocamos energia solar no poço que traz um benefício muito grande”, comemorou o agricultor.

O projeto é estruturado em três componentes principais, além da gestão de projetos e monitoramento. O primeiro componente foca em segurança hídrica e saneamento rural, visando aumentar a disponibilidade de água e melhorar o saneamento básico rural.

O segundo componente concentra-se em adaptação às mudanças climáticas e recuperação ambiental, promovendo planos de adaptação produtiva, transferência de tecnologias e fortalecimento de cooperativas.

O terceiro componente abrange capacitação, estudos técnicos e ambientais, além de experiências-piloto para inovação tecnológica em áreas rurais, visando fortalecer as capacidades no estado com treinamentos, promoção de intercâmbios, gestão do conhecimento e o monitoramento do projeto.

Atualmente, o projeto está em fase de divulgação nos territórios. Já ocorreram os lançamentos nos Territórios Serra da Capivara, Vale dos Rios Piauí e Itaueira e Vale do Rio Itaim. Os próximos serão no Vale do Canindé, em Oeiras; no Vale do Sambito, em Valença do Piauí; e no Entre Rios, em Amarante.

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