Esporte
FUTEBOL PIAUIENSE
Fórum termina e apresenta propostas para soerguimento do futebol piauiense
A partir dos debates será formulado um relatório e entregue ao governador e prefeitos para servir de subsídio para um plano de trabalho do futebol piauiense.
Karol Bezerra - 31/05/2010

<div align="justify">O segundo dia do I F&oacute;rum do Futebol Profissional do Piau&iacute;, na sexta-feira (28), levantou quest&otilde;es pol&ecirc;micas e cruciais para se pensar o futuro do esporte a n&iacute;vel estadual. Dirigentes, ex-atletas, advogados, cronistas esportivos e especialistas debateram sobre a import&acirc;ncia do marketing, da imprensa e a valoriza&ccedil;&atilde;o do jogador como trabalhador formal entre outros assuntos.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">No debate inicial, Alexandre Mazzo, especialista em marketing esportivo, fez uma explana&ccedil;&atilde;o sobre o &quot;Marketing Esportivo no Futebol Piauiense&quot;. Em sua fala, ele destacou a import&acirc;ncia de uma equipe especializada de comunica&ccedil;&atilde;o dentro dos clubes. Para Mazzo, a equipe de publicidade e assessoria de imprensa pode tanto dinamizar a forma de como a popula&ccedil;&atilde;o v&ecirc; um time como tamb&eacute;m facilitar na hora da negocia&ccedil;&atilde;o com patrocinadores.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Em seguida, foi a vez de Erlich Cord&atilde;o, idealizador e coordenador do Rali Piocer&aacute;/Cerapi&oacute;, falar sobre o seu evento no painel &quot;Experi&ecirc;ncia de Sucesso no Esporte&quot;. &quot;Falta planejamento estrat&eacute;gico no futebol piauiense&quot;, analisou, sustentando seu argumento dando como exemplo a sua competi&ccedil;&atilde;o que &eacute; organizada com bastante anteced&ecirc;ncia e sempre traz algum atleta de renome em n&iacute;vel nacional; ele falou que seu evento que chega aos 24 anos possui um plano de m&iacute;dia bastante completo com dados sobre quanto tempo o Piocer&aacute; conseguiu ficar exposto nos meios de comunica&ccedil;&atilde;o, o que acaba servindo de embasamento para convencer os patrocinadores a apostarem no esporte. &quot;O que n&atilde;o falta para o futebol do Piau&iacute; &eacute; divulga&ccedil;&atilde;o; falta apenas grandes nomes que atraiam o torcedor aos est&aacute;dios. A imprensa daqui &eacute; maravilhosa com voc&ecirc;s. Eu cheguei at&eacute; aqui, trabalhando desde o come&ccedil;o porque tratei com respeito os patrocinadores, a imprensa e os atletas&quot;, explicou.</div> <div align="justify"> <p><br /> Jo&atilde;o Eudes, o Bolinha, editor de Esportes da TV Clube, exp&ocirc;s, em seguida, considera&ccedil;&otilde;es sobre &quot;O papel da Cr&ocirc;nica esportiva no Futebol Piauiense&quot;. Ele acredita que, muitas vezes, os jornalistas esportivos do Estado fazem &quot;vista grossa&quot; para os problemas do futebol, justamente para n&atilde;o maximizar ainda mais a dif&iacute;cil situa&ccedil;&atilde;o pela qual o esporte passa. &quot;A &eacute;poca do romantismo, onde se descrevia poeticamente um lance, acabou. A linguagem hoje &eacute; outra. N&atilde;o podemos fazer mais isso, assim como temos que ter coragem para discutir, levantar os problemas&quot;, declarou.</p> </div> <div align="justify"><br /> Como debatedor do tema, participou o presidente do Esporte Clube Flamengo, Everaldo Cunha, que falou do caso do atacante Jardel. &quot;No dia do jogo com o Palmeiras, a imprensa estava toda voltada para a partida. Enquanto isso, eu estava resolvendo problemas e ningu&eacute;m se deu conta&quot;, informou. Ele destacou ainda que a contrata&ccedil;&atilde;o do ex-craque do Gr&ecirc;mio conseguiu levar 33 mil pessoas ao Albert&atilde;o; quantidade semelhante s&oacute; aconteceu h&aacute; 25 anos atr&aacute;s. &quot;Tivemos um bom retorno financeiro com o Jardel, mas o retorno publicit&aacute;rio n&atilde;o se realizou porque muita gente come&ccedil;ou a bater nele. Nossa inten&ccedil;&atilde;o era utiliz&aacute;-lo pra fazer campanhas com empresas daqui, mas a tend&ecirc;ncia do futebol daqui tem que ser essa (trazer jogadores que atraiam p&uacute;blico)&quot;, pontua.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><strong>Futuro</strong></div> <div align="justify"><strong>&nbsp;</strong></div> <div align="justify">O ex-presidente da CBF, Alfredo Nunes, abriu as discuss&otilde;es sobre &quot;Perspectivas do Futebol Piauiense&quot;. Ele afirma que os dirigentes dos clubes do Piau&iacute; devem mudar sua postura e trabalhar mais profissionalmente. &quot;Eles n&atilde;o podem resolver tudo na pernada; t&ecirc;m que fazer projetos t&eacute;cnicos. H&aacute; uma estrutura para o futebol na m&iacute;dia, mas &eacute; preciso sensibilizar os empres&aacute;rios atrav&eacute;s de um marketing moderno que garanta que o investimento no time dar&aacute; certo&quot;, analisou. Nunes destacou ainda que &eacute; preciso livrar as equipes da depend&ecirc;ncias de verbas p&uacute;blicas. &quot;A CBF n&atilde;o recebe um tost&atilde;o do governo. O governo tem que dar os est&aacute;dios em condi&ccedil;&otilde;es apenas. N&atilde;o &eacute; fun&ccedil;&atilde;o do governo dar dinheiro. Eles t&ecirc;m que gerenciar num outro rumo. Se os outros Estados conseguiram, por que n&oacute;s n&atilde;o conseguimos?&quot;, questiona.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Nunes d&aacute; ainda o exemplo do Barcelona, onde, segundo ele, n&atilde;o h&aacute; sede social para os torcedores, mas ainda assim, o time tem 200 mil associados que pagam mensalmente sua cota de torcedor. &quot;Eles possuem um est&aacute;dio, onde fica a parte administrativa e lojas s&oacute; para vender a marca. Isso faz com que voc&ecirc; dificilmente veja algu&eacute;m falar que o Barcelona esteja com problemas financeiros&quot;, destaca.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><strong>Trabalho</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;&quot;Categoria de Base: Um Grande Neg&oacute;cio&quot;, foi o tema apresentado pelo advogado Martin Camelo Junior. O bacharel demonstrou o quanto os clubes piauienses est&atilde;o deixando de ganhar por n&atilde;o investir em futuros craques. &quot;Depois da Lei Pel&eacute;, investir em garotos que ser&atilde;o jogadores &eacute; um retorno garantido. Se o clube, por exemplo, firmar um contrato de aprendiz com um jogador de 14 anos, pagar uma bolsa de, por exemplo, R$ 150, quando ele fechar um contrato com outro time, o clube daqui tem direito a receber 15 vezes tudo o que investiu&quot;, descreve. A falta de organiza&ccedil;&atilde;o das equipes do Piau&iacute; fazem com que todos os anos, jogadores saiam dos clubes onde foram revelados para times de outros Estados sem que fique nem um centavo aqui. &quot;Isso tudo s&oacute; vai mudar quando os times daqui formalizarem uma rela&ccedil;&atilde;o com estes jovens. Eles t&ecirc;m de manter uma divis&atilde;o de base e formalizar um contrato com esses futuros atletas profissionais. Ser&aacute; bom para os dois&quot;, finaliza.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O &uacute;ltimo painel da noite, foi ministrado pelo advogado do Sindicato dos Atletas Profissionais do Piau&iacute; (Sinapfepi), Jos&eacute;lio de Oliveira, e tratava das causas trabalhistas dos jogadores piauienses. Segundo Jos&eacute;lio, a maioria dos clubes do Estado ainda n&atilde;o trata seus atletas como trabalhadores, conforme a legisla&ccedil;&atilde;o. &quot;Entre 45% e 60% dos jogadores v&atilde;o ter problemas trabalhistas quando sa&iacute;rem dos times. Isso porque muitos clubes n&atilde;o pagam o INSS, FGTS aos quais eles t&ecirc;m direito&quot;, exemplifica. O advogado afirma ainda que para se antecipar quanto a este problema, os atletas devem procurar o sindicato o quanto antes para saber dos seus direitos e que a maioria das causas deste tipo tem veredicto favor&aacute;vel ao jogador.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><strong>Arremate</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Para o coordenador do F&oacute;rum, Celso Carvalho, o evento foi bastante proveitoso. &quot;As discuss&otilde;es est&atilde;o boas e est&aacute; tudo dentro do que planejamos. Lamentamos apenas que v&aacute;rios clubes deixaram de comparecer, mas aqui vieram o presidente do Flamengo e representantes do 4 de Julho, Corissab&aacute; e Barras&quot;, diz.&nbsp;No s&aacute;bado (29), aconteceram ainda os pain&eacute;is sobre a &quot;Influ&ecirc;ncia da Comunica&ccedil;&atilde;o na Estrutura do Futebol Profissional do Piau&iacute;&quot;, com o professor Jos&eacute; Gomes; &quot;Comunica&ccedil;&atilde;o x Futebol&quot;, &quot;Fatos Hist&oacute;ricos do Futebol Profissional do Piau&iacute;&quot;, com o jornalista Pedro Alc&acirc;ntara e a &quot;Estrutura do Futebol Profissional do Piau&iacute;&quot;, com o t&eacute;cnico do Flamengo Paulo Moronni.</div> <div align="justify">&nbsp;<br /> A partir do que foi debatido, ser&aacute; formulado um relat&oacute;rio que ser&aacute; entregue ao governador, prefeitos e que servir&aacute; de subs&iacute;dio para um plano de trabalho para o futebol piauiense. Neste domingo 30, &uacute;ltimo dia do F&oacute;rum, foi realizada uma oficina gratuita sobre futebol e arbitragem. A realiza&ccedil;&atilde;o do I F&oacute;rum de Futebol Profissional do Piau&iacute; &eacute; da APCDEP, com promo&ccedil;&atilde;o da Federa&ccedil;&atilde;o de Futebol do Piau&iacute; - FFP. Apoio do Governo do Estado do Piau&iacute; e Fundespi, Prefeitura Municipal de Teresina, Prefeitura Municipal de Piripiri, Prefeitura Municipal de Picos, Uso Cont&iacute;nuo, Laborat&oacute;rio Luiz Pires.</div> <div align="justify"> <p>Ascom FFP.</p> </div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;</div>
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