Nacionais
EM BUSCA DA CURA
Dois anticorpos trazem nova esperança para vacina contra a Aids
Antígenos VRCO1 e VRCO2 parecem muito promissores. Eles impedem a infecção de células em mais de 90% das variedades do HIV.
Portal O Povo - 12/07/2010

<div align="justify">Cientistas descobriram dois poderosos anticorpos capazes de bloquear, em laborat&oacute;rio, a maioria das cepas conhecidas do v&iacute;rus da inumodefici&ecirc;ncia humana adquirida (HIV), abrindo potencialmente o caminho para uma vacina eficaz contra a Aids, segundo trabalhos publicados esta quinta-feira.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Mais de 25 anos depois da identifica&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus HIV, respons&aacute;vel por quase 30 milh&otilde;es de mortes no mundo, a busca por uma vacina contra a infec&ccedil;&atilde;o continua infrut&iacute;fera, apesar dos grandes esfor&ccedil;os da comunidade internacional e dos recursos empregados.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Mas estes dois ant&iacute;genos, batizados de VRCO1 e VRCO2, parecem muito promissores, pois impedem a infec&ccedil;&atilde;o de c&eacute;lulas humanas em mais de 90% das variedades do HIV em circula&ccedil;&atilde;o, e com uma efic&aacute;cia sem precedentes.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Os autores destes trabalhos, publicados na edi&ccedil;&atilde;o de 9 de julho da revista cient&iacute;fica americana &quot;Science&quot;, desmontaram tamb&eacute;m o mecanismo biol&oacute;gico atrav&eacute;s do qual estes anticorpos bloqueiam o v&iacute;rus.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&quot;A descoberta desses ant&iacute;genos de poderes excepcionalmente amplos de neutraliza&ccedil;&atilde;o do HIV e a an&aacute;lise que explica como operam representam avan&ccedil;os animadores para se descobrir uma vacina capaz de proteger de forma ampla contra o v&iacute;rus da Aids&quot;, comemorou o doutor Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional Americano de Alergias e Doen&ccedil;as Infecciosas (NIAID).</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&quot;Al&eacute;m disso, a t&eacute;cnica a que as equipes de pesquisa recorreram representa uma nova abordagem que poderia ser aplicada &agrave; concep&ccedil;&atilde;o e ao desenvolvimento de vacinas contra muitas outras doen&ccedil;as infecciosas&quot;, acrescentou, em um comunicado.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Estes virologistas descobriram dois anticorpos, produzidos naturalmente pelo organismo, no sangue soropositivo.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Eles conseguiram fazer seu isolamento usando uma nova ferramenta molecular, uma das prote&iacute;nas que formam o HIV, que os cientistas modificaram para que se fixasse em c&eacute;lulas espec&iacute;ficas que produzem os anticorpos que neutralizam o HIV.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Esta prote&iacute;na foi programada para reagir exclusivamente nos anticorpos espec&iacute;ficos onde o v&iacute;rus se une &agrave;s c&eacute;lulas no organismo humano que infecta.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Depois destas descobertas, os cientistas come&ccedil;aram a desenvolver componentes de uma vacina que pode ensinar ao sistema imunol&oacute;gico humano a produzir grandes quantidades de anticorpos similares aos ant&iacute;genos VRC01 e VRC02.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&quot;Aproveitamos nossa compreens&atilde;o da estrutura do HIV, neste caso de sua superf&iacute;cie, para afinar nossas ferramentas moleculares que permitem ir diretamente no ponto fraco do v&iacute;rus e nos guiar na escolha de anticorpos que se unem especificamente a este ponto e o impedem de infectar as c&eacute;lulas humanas&quot;, explicou o doutor Gary Nabel, do NIAID, que codirigiu as duas equipes de cientistas em v&aacute;rias universidades, como a faculdade de Medicina de Harvard (Massachusetts, leste dos EUA).</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Encontrar anticorpos capazes de neutralizar cepas de HIV em todo o mundo foi, at&eacute; agora, muito &aacute;rduo, j&aacute; que o v&iacute;rus muda constantemente as prote&iacute;nas que recobrem sua superf&iacute;cie para escapar da detec&ccedil;&atilde;o do sistema imunol&oacute;gico, destacam os autores destes trabalhos.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Esta capacidade de muta&ccedil;&atilde;o r&aacute;pida resultou em um grande n&uacute;mero de varia&ccedil;&otilde;es do HIV, mas os virologistas puderam detectar alguns pontos na superf&iacute;cie do v&iacute;rus que permanecem constantes nas cepas, como as que unem os anticorpos VRCO1 e VRCO2.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Da France Presse</div> <div align="justify">&nbsp;</div>
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