A professora e o marido foram indiciados por violação de sigilo funcional, de forma qualificada.
<div align="justify">Duas pessoas foram indiciadas por envolvimento no vazamento de informações da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em Juazeiro (BA). As investigações foram encerradas na terça-feira (23). O inquérito já foi encaminhado à Justiça Federal.</div>
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<div align="justify">O Enem 2010 ocorreu em 6 e 7 de novembro. Segundo nota divulgada pela PF, no segundo dia de exame, uma professora de Remanso (BA), que estava aplicando a prova, teve acesso a um texo de apoio da redação, depois que abriu um caderno de provas destinado a deficientes visuais. De acordo com a polícia, em depoimento, ela contou que, cerca de duas horas antes do início do exame, ligou para a casa de sua sogra, falou com o marido e passou o tema – "O trabalho e a escravidão" – que havia lido.</div>
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<div align="justify">O marido, então, teria feito uma pesquisa na internet e avisado o filho, que estava em Petrolina (PE). O candidato consultou professores que estavam no local de prova, perguntando como escrever sobre o assunto.</div>
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<div align="justify">A PF destaca, entretanto, que o tema passado pela professora fazia parte apenas de um dos textos que poderiam servir de base para os estudantes. O tema efetivo da redação era "O trabalho na construção da dignidade humana".</div>
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<div align="justify">A professora e o marido foram indiciados por violação de sigilo funcional, de forma qualificada. Se confirmada a culpa, eles podem ser condenados a até seis anos de prisão.</div>
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<div align="justify">O Ministério da Educação (MEC) informa que o filho do casal deve ser eliminado. Para o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia ligada ao MEC que organiza a prova, o sigilo da redação foi mantido, porque o candidato teve acesso a apenas um dos textos de apoio e não houve vazamento do tema principal.</div>
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<div align="justify"><strong>Outros problemas</strong></div>
<div align="justify">Esse não foi o único problema referente à aplicação da prova do Enem neste ano. Logo após as provas do primeiro dia, no sábado, dia 6, os alunos reclamaram de um erro de impressão na folha de respostas e também de confusão no caderno de provas amarelo.</div>
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<div align="justify">Na folha de respostas, os cabeçalhos indicando as áreas de estudo foram trocados e alguns estudantes se confundiram ao preencher o gabarito. O Ministério da Educação abriu um espaço, na internet, para que eles pedissem a correção invertida.</div>
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<div align="justify">Em relação à prova amarela, o ministério admitiu que parte dos cadernos tinha questões repetidas, faltantes e até páginas da prova branca. Os alunos que não trocaram os cadernos com problemas devem fazer uma nova prova, em 15 de dezembro. De acordo com nota oficial divulgada na terça-feira, foram identificados pelo menos 2.817 inscritos nessa situação.</div>
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<div align="justify">Fonte: G1</div>