Nacionais
GREVE
Bancários deflagram greve nacional por tempo indeterminado
A categoria recusou a proposta de 8% de reajuste salarial, feita pela Fenaban.
Da Redação - 27/09/2011

<div align="justify">Os banc&aacute;rios decidiram entrar em greve em todo o pa&iacute;s a partir desta ter&ccedil;a-feira (27), por tempo indeterminado. A decis&atilde;o foi tomada ap&oacute;s assembleias dos sindicatos da categoria realizadas em todo o pa&iacute;s na noite desta segunda. A paralisa&ccedil;&atilde;o atingir&aacute; bancos p&uacute;blicos e privados.</div> <div align="justify"><br /> Em nota, a Confedera&ccedil;&atilde;o Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que coordena o Comando Nacional dos Banc&aacute;rios, disse que o objetivo do movimento &eacute; pressionar a Federa&ccedil;&atilde;o Nacional dos Bancos (Fenaban) a retomar as negocia&ccedil;&otilde;es e a melhorar a proposta de aumento real de sal&aacute;rios da categoria, cuja data-base para renova&ccedil;&atilde;o da conven&ccedil;&atilde;o coletiva de trabalho &eacute; 1&ordm; de setembro.<br /> <br /> Seguindo orienta&ccedil;&atilde;o do Comando Nacional, a categoria recusou a proposta de 8% de reajuste, feita pela Fenaban durante a quinta rodada de negocia&ccedil;&otilde;es, na &uacute;ltima sexta-feira (23), em S&atilde;o Paulo. ?Isso significa apenas 0,56% de aumento real, continuando distante da reivindica&ccedil;&atilde;o de 12,8% de reajuste (5% de ganho real mais a infla&ccedil;&atilde;o do per&iacute;odo)?, diz Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.<br /> <br /> Reivindica&ccedil;&otilde;es<br /> <br /> Para os trabalhadores, a proposta dos bancos n&atilde;o cont&eacute;m valoriza&ccedil;&atilde;o do piso salarial, n&atilde;o amplia a participa&ccedil;&atilde;o nos lucros e n&atilde;o traz avan&ccedil;os em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s reivindica&ccedil;&otilde;es de emprego e melhoria das condi&ccedil;&otilde;es de trabalho. ?Os banc&aacute;rios reivindicam fim da rotatividade, mais contrata&ccedil;&otilde;es, fim das metas abusivas, combate ao ass&eacute;dio moral, mais seguran&ccedil;a, igualdade de oportunidades e inclus&atilde;o banc&aacute;ria sem precariza&ccedil;&atilde;o, dentre outras reivindica&ccedil;&otilde;es?, destaca a Contraf-CUT.<br /> <br /> ?Contamos com o apoio e a compreens&atilde;o dos clientes e usu&aacute;rios, que sofrem com as altas taxas de juros, as tarifas exorbitantes, as filas intermin&aacute;veis pela falta de funcion&aacute;rios, a inseguran&ccedil;a e a precariza&ccedil;&atilde;o do atendimento banc&aacute;rio?, diz Cordeiro.<br /> <br /> Na noite desta segunda-feira, houve assembleias nos Sindicatos dos Banc&aacute;rios de S&atilde;o Paulo, Rio de Janeiro, Bras&iacute;lia, Porto Alegre, Curitiba, Campo Grande, Mato Grosso, Para&iacute;ba, Alagoas, Cear&aacute;, Piau&iacute;, Esp&iacute;rito Santo, Campinas, Piracicaba, Juiz de Fora, Dourados e Vit&oacute;ria da Conquista, entre outros, conforme levantamento feito at&eacute; as 20h30 pela Contraf-CUT.<br /> <br /> Para a Fenaban, qualquer atitude que dificulte o atendimento de usu&aacute;rios &eacute; conden&aacute;vel, principalmente quando a negocia&ccedil;&atilde;o pode continuar e evitar qualquer paralisa&ccedil;&atilde;o. Aos clientes banc&aacute;rios, a entidade lembra que, mesmo numa greve, muitas ag&ecirc;ncias funcionam normalmente e v&aacute;rios outros canais de atendimento (internet, telefone, terminais de autoatendimento e correspondentes) permitem a presta&ccedil;&atilde;o de servi&ccedil;os.<br /> <br /> Febraban<br /> <br /> Diante da greve dos banc&aacute;rios em todo o pa&iacute;s, a Federa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Bancos (Febraban) orienta os clientes a recorrerem a canais alternativos como internet, telefone e terminais de autoatendimento.<br /> <br /> A entidade orienta os bancos a buscarem todos os meios legais para garantir o atendimento da popula&ccedil;&atilde;o. ?Precisamos tentar garantir que a popula&ccedil;&atilde;o n&atilde;o seja prejudicada? diz a federa&ccedil;&atilde;o, em nota. A entidade diz considerar o ato do sindicato da categoria precipitado.<br /> <br /> <strong>Impasse</strong><br /> <br /> A Fenaban afirma que apresentou, na sexta-feira (23), proposta que prev&ecirc; reajuste a todos os sal&aacute;rios, pisos salariais, benef&iacute;cios e Participa&ccedil;&atilde;o nos Lucros e Resultados (PLR) em 8% a partir de 1&ordm; de setembro de 2011. ?Considerando o acordo de 2010 e a proposta de 2011, os pisos est&atilde;o acrescidos de mais de 25% e os sal&aacute;rios, em geral, em mais de 16% em apenas dois anos?, diz a entidade.<br /> <br /> A Fenaban diz estar preparada para dar continuidade &agrave; negocia&ccedil;&atilde;o at&eacute; que um acordo seja alcan&ccedil;ado.<br /> <br /> De acordo com o diretor de rela&ccedil;&otilde;es do trabalho da Febraban, Magnus Apost&oacute;lico, os sindicatos marcaram a greve precipitadamente em meio &agrave;s negocia&ccedil;&otilde;es. &quot;Na &uacute;ltima sexta-feira pedimos a eles que marcassem outra reuni&atilde;o e eles resolveram ir para a greve. A negocia&ccedil;&atilde;o est&aacute; completamente aberta&quot;, afirmou. Apost&oacute;lico acredita que a paralisa&ccedil;&atilde;o foi premeditada. &quot;Parece que o objetivo &eacute; greve e n&atilde;o negocia&ccedil;&atilde;o. Nem contraproposta foi apresentada. Se eu me sento &agrave; mesa para negociar e do outro lado tem um pared&atilde;o de t&ecirc;nis que tudo que eu mando ele diz n&atilde;o e tamb&eacute;m n&atilde;o prop&otilde;e nada, n&atilde;o h&aacute; como negociar&quot;, explicou.<br /> <br /> De acordo com o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, o aumento real de 0,56% &eacute; insuficiente. Ele disse que o lucro dos seis maiores bancos do Pa&iacute;s subiu, em m&eacute;dia, nos &uacute;ltimos dois anos, cerca de 20%. &quot;E os b&ocirc;nus dos executivos de bancos na maioria deles &eacute; 400 vezes maior do que a participa&ccedil;&atilde;o nos lucros e resultados (PLR) b&aacute;sica de um banc&aacute;rio&quot;, protestou. Segundo Cordeiro, no ano passado, a categoria conseguiu 3,08% de aumento real, valor bem superior ao oferecido at&eacute; agora para 2011. &quot;Foram cinco rodadas de negocia&ccedil;&atilde;o e os bancos n&atilde;o avan&ccedil;aram em nada sua proposta&quot;, disse.<br /> <br /> Fonte: G1</div>
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