Perfil
PERFIL DA SEMANA
Mano Chagas fala sobre o Grupo Cultural Adimó e sua ação em Picos
O militante fala sobre a luta em manter vivo um projeto social sem recursos financeiros em Picos e a gratificação na colheita de bons frutos com o Grupo Cultural Adimó (GCA).
Da Redação - 24/10/2011

<div align="justify"><strong>Portal O Povo: Como voc&ecirc; se sente em ver a consolida&ccedil;&atilde;o do Grupo Cultural Adim&oacute;, atualmente com quatro anos de contribui&ccedil;&atilde;o social em Picos?</strong></div> <div align="justify"> <p><strong>Mano Chagas</strong>: Isso &eacute; fruto de um trabalho de persist&ecirc;ncia ao longo desses quatro anos. Um fator que vale lembrar &eacute; que se o grupo hoje conseguiu al&ccedil;ar um pequeno v&ocirc;o, &eacute; gra&ccedil;as &agrave; contribui&ccedil;&atilde;o que a gente tem dado e, ao mesmo tempo a aceita&ccedil;&atilde;o da pr&oacute;pria sociedade picoense, apesar de que ainda estamos engatinhando para alcan&ccedil;ar o maior objetivo do grupo.</p> </div> <div align="justify"><strong>Portal O Povo</strong>: <strong>Qual &eacute; esse objetivo principal?</strong></div> <div align="justify"> <p><strong>Mano Chagas</strong>: A princ&iacute;pio &eacute; combater mesmo o racismo, esse &eacute; o norte das a&ccedil;&otilde;es do Grupo Cultural Adim&oacute; e, num segundo plano a constru&ccedil;&atilde;o de um espa&ccedil;o social, com sua sede, para que possa de fato estar funcionando as suas oficinas, as reuni&otilde;es ordin&aacute;rias, oferecendo um espa&ccedil;o de entretenimento, lazer e fomento a cultura em Picos.</p> </div> <div align="justify"><strong>Portal O Povo</strong>: <strong>Para atingir esses objetivos, o que o Grupo Cultural Adim&oacute; tem feito?</strong></div> <div align="justify"> <p><strong>Mano Chagas</strong>: A gente est&aacute; fazendo uma campanha <em>Eco A&ccedil;&atilde;o, </em>em parceria com o Instituto Monsenhor Hip&oacute;lito para ajudar a construir uma grande quadra no pr&eacute;dio dos Vicentinos, no antigo projeto &ldquo;S&atilde;o Jo&atilde;o Batista&rdquo;, onde fizemos um comodato de 5 anos e j&aacute; estamos ocupando algumas salas. Para isso estamos pedindo aos volunt&aacute;rios que queiram doar materiais de constru&ccedil;&atilde;o, que entre em contato conosco, na nossa sede atual. Para combater o racismo, o grupo na sua luta tem utilizado como uma de suas metodologias fortes, divulgar a cultura, pois na nossa concep&ccedil;&atilde;o a popula&ccedil;&atilde;o brasileira ela discrimina muito aquilo que n&atilde;o conhece e, uma de nossas a&ccedil;&otilde;es &eacute; estar levando a cultura negra, as dan&ccedil;as, as manifesta&ccedil;&otilde;es culturais e esportivas. A partir desse princ&iacute;pio, as pessoas podem ter uma posi&ccedil;&atilde;o a respeito da cultura negra. Relembrando que h&aacute; quatro anos a gente falava de dan&ccedil;a afro, o pessoal tinha pavor, hoje a sociedade j&aacute; percebe que dan&ccedil;a afro n&atilde;o &eacute; uma coisa feia, eles percebem que os orix&aacute;s s&atilde;o divindades dentro da cultura religiosa.</p> </div> <div align="justify"><strong>Portal O Povo: O GCA trabalha com crian&ccedil;as e adolescentes na promo&ccedil;&atilde;o da igualdade racial, valores de cidadania, al&eacute;m de oficinas. O grupo tem recebido algum tipo apoio financeiro para custear as despesas?</strong></div> <div align="justify"> <p><strong>Mano Chagas</strong>: N&oacute;s nunca tivemos apoio financeiro, o que o grupo tem &eacute; apoio em a&ccedil;&otilde;es espor&aacute;dicas, quando uma loja resolve fazer uma colabora&ccedil;&atilde;o e doar uma caixa de som, um figurino, algumas parcerias com os grupos organizados, com a igreja, mas nada fixo, onde a gente leva as propostas e eles acabam ajudando. Por exemplo, estamos fazendo uma campanha paralela que a constru&ccedil;&atilde;o de nossa biblioteca, onde estamos recebendo livros de quem quiser estar doando.</p> </div> <div align="justify"><strong>Portal O Povo</strong>: <strong>A falta de um conv&ecirc;nio atualmente &eacute; uma das dificuldades que o grupo tem?</strong></div> <div align="justify"> <p><strong>Mano Chagas</strong>: Quando tra&ccedil;amos pol&iacute;ticas p&uacute;blicas a princ&iacute;pio, seria beneficiar por meio de a&ccedil;&otilde;es esse p&uacute;blico. As a&ccedil;&otilde;es que beneficiam as crian&ccedil;as, por exemplo, hoje em Picos, s&atilde;o poucas. &nbsp;O grupo consegue promover al&eacute;m dessas a&ccedil;&otilde;es, a automestima, quem pratica as oficinas do GCA faz por que se sente bem em fazer. E todas as oficinas que fazemos resgatam a autoestima, al&eacute;m de combater a ociosidade. Se tiv&eacute;ssemos um conv&ecirc;nio, muitos dos problemas que a gente tem seriam solucionados e esse resultado positivo seria percebido ainda mais.</p> <p><strong>Portal O Povo: Como voc&ecirc; v&ecirc; a atitude de autoridades em n&atilde;o promover pol&iacute;ticas p&uacute;blicas em Picos?</strong></p> </div> <div align="justify"><strong>Mano Chagas</strong>: N&atilde;o tem pessoas adequadas nos devidos lugares para trabalhar pol&iacute;ticas p&uacute;blicas em Picos, seja na educa&ccedil;&atilde;o, sa&uacute;de, lazer. Quando se fala de pol&iacute;ticas de entretenimento se limita a pol&iacute;ticas europ&eacute;ias e n&atilde;o nacional. Precisa de uma pol&iacute;tica continuada, um recurso financeiro para esse destino e boa vontade dos gestores.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;</div>
Facebook
Publicidade