Saúde
SAÚDE
Geriatras alertam para os perigos da medicina antienvelhecimento
A reposição de nutrientes e o uso de remédios, como hormônio do crescimento (GH), para ganhar músculos e queimar gordura com facilidade, podem aumentar a incidência de cânceres.
Agência Brasil - 21/05/2012

<div align="justify"> <p>Al&eacute;m da falta de comprova&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica quanto &agrave; sua efic&aacute;cia, as novas terapias de combate aos efeitos do envelhecimento podem comprometer o bom funcionamento do organismo e aumentar os riscos de c&acirc;ncer, segundo a presidenta da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Silvia Pereira. A reposi&ccedil;&atilde;o de nutrientes e o uso de rem&eacute;dios, como horm&ocirc;nio do crescimento (GH), para ganhar m&uacute;sculos e queimar gordura com facilidade, podem aumentar a incid&ecirc;ncia de c&acirc;nceres.</p> <p>&ldquo;Est&atilde;o vendendo ilus&atilde;o de antienvelhecimento para a popula&ccedil;&atilde;o sem nenhuma comprova&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica e que pode fazer mal a sa&uacute;de. Com a idade, o metabolismo mais lento e a ingest&atilde;o de algumas subst&acirc;ncias podem aumentar o risco de v&aacute;rias doen&ccedil;as&rdquo;, alertou a m&eacute;dica.</p> </div> <div align="justify"> <p>Segundo ela, estudos sobre vitaminas E, C e betacaroteno, por exemplo, apontam que, se consumidas em excesso, essas subst&acirc;ncias aumentam o risco de c&acirc;ncer e n&atilde;o reduzem doen&ccedil;as cr&ocirc;nico-degenerativas. O tema ser&aacute; discutido durante o 18&ordm; Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, que reunir&aacute; mais de 4 mil pessoas. O encontro come&ccedil;a amanh&atilde; (22) e termina na sexta-feira (25). Entre os convidados est&aacute; o especialista em longevidade Tomas Perls, da Boston University School of Medicine, nos Estados Unidos.</p> <p>O diretor da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rubens de Fraga, ressaltou que velhice n&atilde;o &eacute; doen&ccedil;a e, portanto, n&atilde;o deve ser prevenida. &ldquo;Hoje os consumidores est&atilde;o obcecados com o envelhecimento. Esse mercado gera US$ 100 bilh&otilde;es por ano no mundo. Tem seu lado positivo, que &eacute; a busca da alimenta&ccedil;&atilde;o balanceada e do exerc&iacute;cio f&iacute;sico. Mas tem o lado negativo, que &eacute; o medo das rugas e a idolatria dos ideais de juventude eterna. Os velhos s&atilde;o bibliotecas vivas e em muitos casos sustentam fam&iacute;lias inteiras. N&atilde;o existe uma p&iacute;lula m&aacute;gica. O importante &eacute; buscar envelhecer com autonomia e independ&ecirc;ncia.&rdquo;</p> </div> <div align="justify"> <p>Ele criticou a venda dos chamados horm&ocirc;nios bioid&ecirc;nticos para retardar a velocidade do envelhecimento, que s&atilde;o produzidos em laborat&oacute;rio, e passam por um processo industrial de s&iacute;ntese, transforma&ccedil;&atilde;o ou de modifica&ccedil;&atilde;o na sua estrutura qu&iacute;mica. &ldquo;N&atilde;o existe estudo cient&iacute;fico s&eacute;rio que ateste qualquer benef&iacute;cio dos horm&ocirc;nios chamados bioid&ecirc;nticos manipulados. A fabrica&ccedil;&atilde;o individualizada de um horm&ocirc;nio &eacute; praticamente imposs&iacute;vel.&rdquo;</p> <p>Na sexta-feira, geriatras, geront&oacute;logos e representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associa&ccedil;&atilde;o M&eacute;dica Brasileira (AMB), entre outros, v&atilde;o discutir a cria&ccedil;&atilde;o de mecanismos para coibir a pr&aacute;tica do antienvelhecimento no Brasil. O encontro ser&aacute; aberto ao p&uacute;blico. Mais informa&ccedil;&otilde;es podem ser obtidas no site http://www.cbgg2012.com.br/ .</p> </div>
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