Aconteceu em Picos
MANIFESTO
Professores e estudantes universitários realizam protesto em Picos
Com trajes pretos, nariz de palhaço, faixas, cartazes e palavras de ordem os manifestantes percorreram as principais ruas da cidade.
Maria Santana - 16/08/2012

<div align="justify"> <p>Estudantes e professores das tr&ecirc;s Institui&ccedil;&otilde;es P&uacute;blicas de Ensino Superior, instaladas em Picos, Universidade Federal do Piau&iacute; (UFPI); Universidade Estadual do Piau&iacute; (UESPI) e Instituto Federal de Educa&ccedil;&atilde;o do Piau&iacute; (IFPI) realizaram na manh&atilde; desta quinta-feira (16) uma manifesta&ccedil;&atilde;o de protesto pelas principais ruas e avenidas da cidade.</p> <p>Com trajes pretos, nariz de palha&ccedil;o, faixas, cartazes e palavras de ordem os manifestantes se concentraram, por volta das 7:00h, no primeiro bal&atilde;o, que d&aacute; acesso ao centro de Picos e em seguida percorreram as principais ruas da cidade. Durante o percurso os participantes explicavam &agrave; sociedade os motivos da greve e gritavam &ldquo;frases de efeitos&rdquo; como: &ldquo;N&atilde;o, a privatiza&ccedil;&atilde;o! N&atilde;o, a prostitui&ccedil;&atilde;o da educa&ccedil;&atilde;o! Construamos, juntos, um outro projeto de NA&Ccedil;&Atilde;O!&rdquo;.</p> </div> <div align="justify">Depois de percorrerem o centro de Picos, os participantes da manifesta&ccedil;&atilde;o realizaram o enterro simb&oacute;lico da educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica brasileira.</div> <div align="justify"> <p>De acordo com a professora de sociologia, Iael de Souza, o manifesto busca especificamente esclarecer a popula&ccedil;&atilde;o porque a greve continua e desmentir as informa&ccedil;&otilde;es propagadas pelo governo. &ldquo;O governo diz que encerrou as negocia&ccedil;&otilde;es e que assinou uma proposta de carreira com um sindicato, que n&atilde;o tem representatividade legal da categoria, quem tem essa representatividade &eacute; o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Institui&ccedil;&otilde;es de Ensino Superior). Ent&atilde;o, estamos mostrando que esse acordo &eacute; uma tentativa de tentar desmobilizar o movimento.&rdquo;</p> <p>Segundo a professora a luta n&atilde;o &eacute; s&oacute; por aumento salarial, mas por melhores condi&ccedil;&otilde;es de trabalho. De acordo com ela a maioria dos professores, 97%, ter&aacute; uma reposi&ccedil;&atilde;o de 20% em tr&ecirc;s anos, o que significa uma perda de 17% no sal&aacute;rio e que a informa&ccedil;&atilde;o do governo que professor vai ganhar R$17 mil reais n&atilde;o procede.</p> </div> <div align="justify">Para a professora Iael de Souza a amea&ccedil;a do governo de cortar o sal&aacute;rio dos grevistas &eacute; uma medida terrorista. &ldquo;O governo quer nos amea&ccedil;ar, isso &eacute; terrorismo. Por&eacute;m, se a amea&ccedil;a se concretizar o Andes vai entrar com recurso porque a greve &eacute; um direito garantido na Constitui&ccedil;&atilde;o Federal&rdquo;.</div> <div align="justify"> <p>Em greve h&aacute; tr&ecirc;s meses, os professores reivindicam um plano de carreira bem estruturado, que incentive os docentes a dedicarem sua vida profissional &agrave; institui&ccedil;&atilde;o &ndash; condi&ccedil;&atilde;o necess&aacute;ria para a constru&ccedil;&atilde;o cont&iacute;nua de conhecimento e desenvolvimento da pesquisa.</p> </div> <div align="justify"> <p>Iael de Souza disse que das 59 Universidades Federais do pa&iacute;s, 57 est&atilde;o em greve. Essa &eacute; a maior paralisa&ccedil;&atilde;o da categoria desde 2001.</p> <p>Durante a manifesta&ccedil;&atilde;o pelas ruas de Picos, o tr&acirc;nsito ficou interditado e ocasionou congestionamento em alguns pontos da cidade.</p> </div>
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