Depois de traçar o perfil dos moradores de ruas, a Cáritas vai buscar apoio do poder público e da sociedade para desenvolver políticas públicas para a assistência a essas pessoas.
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<p>Com o tema: “Um olhar voltado para a população em situação de rua” a Cáritas Diocesana de Picos realizou na manhã desta terça-feira, no Centro de treinamento Diocesano, um fórum de discussão sobre pessoas que vivem nas ruas. O evento é resultado de um estudo, que traça o perfil do povo que moram nas ruas da cidade, realizado em parceria com a Faculdade R.Sá.</p>
<p>De acordo com uma das coordenadoras do estudo, a assistente social Andrea Alice, o objetivo do fórum é apresentar o trabalho de pesquisa realizado pela faculdade, além de buscar conscientizar a sociedade da urgência em desenvolver ações que mudem e melhorem a qualidade de vida dessa gente tão sofrida.</p>
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<p>Segundo Andrea Alice durante seis meses professores e alunos analisaram o perfil de 27 moradores de ruas e de outras pessoas em situação de moradores de ruas. “Fomos procurados por o bispo diocesano, Dom Plínio, que se mostrou preocupado com a demanda de moradores que ficam em frente à Catedral de Nossa Senhora dos Remédios. Ele sugeriu uma parceria para conhecermos as necessidades dessas pessoas e, em seguida, buscarmos alternativas que amenizem o sofrimento delas”. </p>
<p>Andrea Alice disse que no perfil traçado, constatou que a maioria dos moradores de ruas é homem, de 23 a 35 anos. Eles são semianalfabetos, vindos de estados como Maranhão, Pernambuco e Ceará. “São pessoas que apresentam alguma fratura na situação familiar e saem de casa em busca de uma nova vida. Fora de casa passam a viver como nômades, perambulando de um lado para outro da cidade e a noite se agrupam em alguns pontos da cidade”.</p>
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<p>A coordenadora informou que foi diagnosticado também que é grande o uso de drogas licitas e ilícitas por parte dos moradores de ruas. “Com a presença constante de drogas como álcool, maconha, crack e cocaína vamos buscar parceria com o Caps ad para a reabilitação dos usuários e, assim, contribuir com o retorno deles à família. Nos depoimentos, eles falaram que querem voltar para casa, mas não conseguem”.</p>
<p>A voluntária da Cáritas Diocesana, Josina Ramos, disse que depois de traçar o perfil dos moradores de ruas, a Cáritas vai buscar apoio do poder público e da sociedade para desenvolver políticas públicas voltadas para a assistência dos andarilhos. “A gente se sente tocada com essa triste realidade. Nossa intenção é elaborar um projeto de ações que possam amenizar o sofrimento desses irmãos que vivem em situação sub-humana”.</p>
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