Polícia
DESCASO
Presos da Central de Flagrantes de Picos passam fome
“Como podem ver, as instalações hidráulicas das celas e das demais partes do prédio não funcionam. As portas estão caindo e agora até a cobertura do banheiro está desabando”, informou o diretor.
Maria Santana - 05/12/2012

<div align="justify"> <p>Como se n&atilde;o bastassem os problemas de viver em celas abarrotadas, os presos da Central de Flagrantes de Picos enfrentam o agravante da falta de alimenta&ccedil;&atilde;o e &aacute;gua para beber. Segundo informa&ccedil;&otilde;es do diretor regional do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Piau&iacute; (Sinpolpi), Joel Santos, como na Central n&atilde;o h&aacute; o fornecimento de quentinhas por parte do Estado, os detentos de outras comarcas ficam sem comida.</p> <p>De acordo com relatos dos presos Manoel Vicente de Brito, da cidade de Itain&oacute;polis, Valdinar Ara&uacute;jo dos Santos, de Teresina e Edivan da Concei&ccedil;&atilde;o, da cidade de Francisco Santos os mesmos dependem da solidariedade dos outros detentos para se alimentarem. &ldquo;Aqui somos jogados como se n&atilde;o f&ocirc;ssemos gente. N&atilde;o temos fam&iacute;lia em Picos para trazer comida e &aacute;gua para n&oacute;s, ent&atilde;o, temos que nos conformar com o pouco que os colegas de cela dividem. S&oacute; comemos e tomamos &aacute;gua porque eles colaboram&rdquo;, desabafou o apenado Manoel Vicente.</p> </div> <div align="justify"> <p>Al&eacute;m da falta de alimenta&ccedil;&atilde;o, policiais e detentos convivem com a estrutura f&iacute;sica do local deteriorada. &ldquo;Como podem ver, as instala&ccedil;&otilde;es hidr&aacute;ulicas das celas e das demais partes do pr&eacute;dio n&atilde;o funcionam. As portas est&atilde;o caindo e agora at&eacute; a cobertura do banheiro est&aacute; desabando&rdquo;, informou o diretor.</p> <p>Joel Santos ressaltou que o preso deveria ficar, no m&aacute;ximo, 72 horas na Central de Flagrantes para conclus&atilde;o do inqu&eacute;rito, por&eacute;m, alguns ficam at&eacute; tr&ecirc;s meses ocasionando a superlota&ccedil;&atilde;o e, consequentemente, o desvio de fun&ccedil;&atilde;o do policial civil que passa a agir como agente penitenci&aacute;rio prejudicando o servi&ccedil;o de investiga&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Enquanto a pol&iacute;cia deveria est&aacute; investigando crimes, est&aacute; custodiando presos. Levando e trazendo para os hospitais, isso em caso extremamente necess&aacute;rio, e entregando as quentinhas que as fam&iacute;lias levam para os detentos&rdquo;.</p> </div> <div align="justify"> <p>O diretor do Sinpolpi lembrou que o Sindicato, juntamente com o Minist&eacute;rio P&uacute;blico e Delegacia Regional, exige das autoridades uma solu&ccedil;&atilde;o para problemas, mas nenhuma medida foi tomada at&eacute; agora. &ldquo;O que percebemos &eacute; uma grande falta de vontade por parte de quem pode fazer alguma coisa para mudar essa realidade. Diariamente vivemos com situa&ccedil;&otilde;es absurdas. Qual situa&ccedil;&atilde;o pior que a de n&atilde;o ter o que comer? Mesmo pagando por um crime o ser humano tem o direito de se alimentar&rdquo;, colocou o diretor.</p> <p>Joel Santos disse que uma das sugest&otilde;es dada ao estado seria ficar com o preso na comarca de origem, pois, o espa&ccedil;o &eacute; maior e tamb&eacute;m a fam&iacute;lia pode levar alimenta&ccedil;&atilde;o ao detento.</p> </div>
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