Enquanto professores e alunos colhem assinaturas para tentarem embargar a obra, o caso está sendo analisado pelo Ministério Público.
<div align="justify">Alunos e professores da Escola Técnica Estadual Petrônio Portela (PREMEM) em Picos (316 quilômetros de Teresina) estão revoltados com a autorização do Governo do Estado para a continuidade das obras de uma delegacia que está sendo construída dentro da unidade de ensino. Eles reivindicam a transferência da delegacia para outra área, mais afastada do ambiente escolar.</div>
<p align="justify">Uma das líderes da manifestação, a professora de história, Jacineide Lima Santos afirma que enquanto o governo não suspender a construção do presídio, os protestos irão continuar. Segunda ela, para sua implantação, o empreendimento não passou por estudos preliminares, seja no âmbito social o que em seu entendimento poderá causar insegurança aos alunos, além de afirmar que o espaço escolar é para a construção de laboratórios, quadras de esportes e não para acomodação de bandidos.</p>
<p align="justify">“A nossa indignação é porque não fomos comunicados, não houve nenhuma comunicação por parte da direção, por parte do secretário de educação e de ninguém. Acredito que foi um ato arbitrário e no nosso entendimento não vai ser agradável trabalhar um ambiente escolar com uma delegacia dentro do estabelecimento escolar e também sabemos que compromete o espaço físico da escola que poderia ser aproveitado para fazer uma pista de atletismo, uma quadra coberta, construir laboratórios, haja vista que aqui é uma escola técnica”, argumentou a professora.</p>
<p align="justify">De acordo com a docente, além da preocupação da comunidade estudantil com a segurança, há ainda a falta de estrutura pela qual passa a unidade escolar, pois segundo ela desde que foi inaugurada em 1983 o PREMEM nunca passou por uma reforma e hoje é visível o estado deplorável em que se encontra.</p>
<p align="justify">“Nestes vinte e cinco anos nunca foi feito uma reforma dentro dessa escola, pois havia a alegação que a documentação de posse do terreno não está legalizada e se existe esse argumento porque que é que de repente acontece essa construção dessa delegacia?”, indagou aos órgãos responsáveis pela obra.</p>
<p align="justify">“O que eu soube até agora é que o Estado está encontrando dificuldade para encontrar terrenos para construções publicas, mas isso não é verdade, pois Picos é uma cidade enorme e que tem um potencial e existem outros locais para se construir essa delegacia”, disse.</p>
<p align="justify">Para o aluno do 1º ano do curso de contabilidade Gleydiston Araujo Silva (16), os manifestantes acreditam que a construção da delegacia vai afugentar a atenção em sala de aula, atrapalhando o desempenho ensino-aprendizagem. Outro agravante apontado é o medo de rebeliões e fugas.“Os alunos só em saberem que será uma delegacia já estão com medo, pois temos medo de fugas e estamos assustados. Poderiam era construir quadras de esportes, um auditório, um teatro, laboratórios ou algo que traga é benefícios para todo o alunado”, destacou.</p>
<p align="justify">A aluna Carla Denise de Moura Sousa (19) protestou ainda contra a falta de estrutura da escola técnica. Reivindicando que a unidade não tem laboratórios, auditório, as quadras não são cobertas e não existe alambrado e que a estrutura física é precária. “O nosso sentimento é de revolta, porque nós alunos não fomos comunicados dessa obra e aqui no colégio tem outras prioridades, precisamos é de mais investimentos na infra-estrutura e a partir do momento q<span> ue se constrói uma delegacia dentro de uma escola sabemos que irá prejudicar os alunos, pois teremos medo de fugas”, ressaltou.</span></p>
<div align="justify">Enquanto professores e alunos colhem assinaturas para tentarem embargar a obra, o caso está sendo analisado pelo Ministério Público.</div>
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