Geral
ELEIÇÕES 2008
Prefeitos e vereadores de 57 municípios podem perder cargo em 2009
Esses municípios, criados a partir de 1996, poderão desaparecer e voltar à condição de distritos, em função de uma emenda constitucional aprovada naquele ano.
Agência Câmara - 04/10/2008

<div align="justify">Neste domingo, mais de 120 milh&otilde;es de eleitores, de 5.563 munic&iacute;pios, v&atilde;o &agrave;s urnas escolher seus prefeitos e vereadores. Mas, em 57 deles, o efeito pr&aacute;tico das elei&ccedil;&otilde;es pode durar pouco tempo.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Esses munic&iacute;pios, criados a partir de 1996, poder&atilde;o desaparecer e voltar &agrave; condi&ccedil;&atilde;o de distritos, em fun&ccedil;&atilde;o de uma emenda constitucional aprovada naquele ano.&nbsp;A EC 15/96 definiu que a cria&ccedil;&atilde;o, a incorpora&ccedil;&atilde;o, a fus&atilde;o e o desmembramento de munic&iacute;pios ser&atilde;o feitas por lei estadual. No entanto, essa mesma emenda definiu que tudo isso acontecer&aacute; &quot;dentro do per&iacute;odo determinado por lei complementar&quot;.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Essa lei ainda n&atilde;o foi aprovada, o que colocou em d&uacute;vida a exist&ecirc;ncia dos munic&iacute;pios criados pelas assembl&eacute;ias legislativas.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O caso foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF), que, em maio do ano passado, reconheceu a demora do Congresso Nacional em editar a lei complementar federal e estipulou o prazo de 18 meses para que o Congresso aprove a norma - ou seja, at&eacute; novembro deste ano.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O presidente do STF definiu tamb&eacute;m um prazo para que as leis estaduais que criaram munic&iacute;pios continuem em vigor. Nesse caso, o prazo &eacute; de 24 meses - at&eacute; maio de 2009. Caso esses prazos n&atilde;o sejam cumpridos, os munic&iacute;pios criados a partir de setembro de 1996 voltar&atilde;o a ser distritos.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><strong>PEC regulamenta munic&iacute;pios</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Diante desse quadro, o presidente da Confedera&ccedil;&atilde;o Nacional dos Munic&iacute;pios, Paulo Ziulkosky, espera que a C&acirc;mara vote uma proposta de emenda &agrave; Constitui&ccedil;&atilde;o j&aacute; aprovada no Senado.&nbsp; &quot;O sentimento &eacute; de muita perplexidade, porque esses munic&iacute;pios est&atilde;o funcionando, com c&acirc;maras instaladas, prefeituras, concursos feitos, e infelizmente at&eacute; agora n&atilde;o tivemos a manifesta&ccedil;&atilde;o do Congresso Nacional. O Senado j&aacute; aprovou a PEC 495/06, que regulariza t&atilde;o-somente os 57 munic&iacute;pios. Est&aacute; na C&acirc;mara tramitando h&aacute; mais de um ano. Se a C&acirc;mara tiver vontade pol&iacute;tica, pode votar em poucos dias. Faz-se a comiss&atilde;o especial e soluciona-se a quest&atilde;o.&quot; A admissibilidade da PEC 495/06 foi aprovada pela CCJ em julho de 2006.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><strong>Rea&ccedil;&atilde;o na C&acirc;mara</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">No entanto, a decis&atilde;o do Supremo Tribunal Federal de notificar o Legislativo sobre o prazo para vota&ccedil;&atilde;o de uma lei sobre o assunto causou mal-estar entre os parlamentares. No in&iacute;cio de setembro, o presidente da C&acirc;mara encaminhou resposta ao presidente do STF.</div> <div align="justify">&nbsp;&nbsp;</div> <div align="justify">No documento, Arlindo Chinaglia afirma que discorda da fixa&ccedil;&atilde;o de um prazo para que o Congresso exer&ccedil;a sua fun&ccedil;&atilde;o de legislar e que o povo, reunido na Assembl&eacute;ia Nacional Constituinte, deu &agrave; C&acirc;mara poder para decidir como participar da elabora&ccedil;&atilde;o de normas jur&iacute;dicas.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Ex-presidentes da C&acirc;mara sa&iacute;ram em defesa da posi&ccedil;&atilde;o de Arlindo Chinaglia. Foi o caso do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS).&nbsp;&nbsp;&quot;&Eacute; grave engano supor que a omiss&atilde;o de um dos Poderes da Rep&uacute;blica implica a amplia&ccedil;&atilde;o das compet&ecirc;ncias dos outros Poderes. Como se, por exemplo, a n&oacute;s coubesse julgar o jornalista Pimenta Neves por um crime que j&aacute; est&aacute; h&aacute; oito anos sem julgamento definitivo. Quem deu a algu&eacute;m a atribui&ccedil;&atilde;o de fixar prazos para esta Casa produzir determinada lei?&quot;</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">J&aacute; o deputado Roberto Magalh&atilde;es (DEM-PE) lembra que n&atilde;o foi por culpa do Congresso que at&eacute; hoje n&atilde;o houve regulamenta&ccedil;&atilde;o do tema. &quot;Foram v&aacute;rios nesta Casa os projetos de lei complementar para que se atendesse os requisitos para a cria&ccedil;&atilde;o de munic&iacute;pios.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Desses v&aacute;rios projetos, s&oacute; um foi aprovado, tanto na C&acirc;mara como no Senado. Todavia, o presidente Lula vetou. Ent&atilde;o, n&atilde;o se pode dizer que esta Casa tenha sido omissa.&quot;</div> <div align="justify">&nbsp;&nbsp;</div> <div align="justify">Na realidade, foram dois os projetos vetados pelo Executivo. O PL 2105/99, do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), definia par&acirc;metros m&iacute;nimos para os Estudos de Viabilidade Municipal.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Foi integralmente vetado por inconstitucionalidade. J&aacute; o PLP 41/03, do Senado Federal, foi vetado sob a alega&ccedil;&atilde;o de inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse p&uacute;blico.</div> <p align="justify">A proposta determinava o per&iacute;odo em que poderiam ocorrer os procedimentos para cria&ccedil;&atilde;o, incorpora&ccedil;&atilde;o, fus&atilde;o e desembramento de munic&iacute;pios.</p> <div align="justify">O Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a argumentou que n&atilde;o havia ficado claro no texto que o processo de cria&ccedil;&atilde;o de munic&iacute;pio teria que tramitar at&eacute; 10 meses antes das elei&ccedil;&otilde;es municipais. No entender do governo, isso causaria inseguran&ccedil;a jur&iacute;dica.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><strong>Propostas em andamento</strong></div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">H&aacute; v&aacute;rias propostas em tramita&ccedil;&atilde;o na C&acirc;mara que tratam desse assunto. Desde projetos de lei complementar para regulamentar a Constitui&ccedil;&atilde;o a novas emendas &agrave; Constitui&ccedil;&atilde;o.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">No in&iacute;cio do m&ecirc;s passado, a Comiss&atilde;o de Desenvolvimento Urbano aprovou uma nova proposta para a regulamenta&ccedil;&atilde;o dos Estudos de Viabilidade Municipal necess&aacute;rios &agrave; cria&ccedil;&atilde;o, &agrave; incorpora&ccedil;&atilde;o, &agrave; fus&atilde;o e ao desmembramento de munic&iacute;pios.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Esse projeto regulamenta a emenda. Pelo texto aprovado, os estudos ficam a cargo das assembl&eacute;ias legislativas, por iniciativa de deputado estadual, com apoio de 1% dos eleitores dos munic&iacute;pios envolvidos.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A proposta foi aprovada na forma de substitutivo elaborado pela deputada Angela Amin (PP-SC) ao Projeto de Lei 1121/07, do deputado Marcelo Melo (PMDB-GO).</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Leia estudo da Consultoria Legislativa sobre cria&ccedil;&atilde;o, incorpora&ccedil;&atilde;o, fus&atilde;o e desmembramento de munic&iacute;pios</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;Fonte: Ag&ecirc;ncia C&acirc;mara</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">&nbsp;</div>
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