Eleita presidente da ALERP, a escritora fala sobre projetos, expectativas e ações culturais.
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<div><strong>Portal O Povo</strong>: <strong>Demonstra um consenso na escolha de uma única chapa para concorrer as eleições para a Academia de Letras da Região de Picos –ALERP?</strong></div>
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<p><strong>Francelina Macêdo</strong>: De certa forma sim, somos trinta membros, embora muitos residam fora da cidade de Picos. Justifica o nome de consenso de fato que a academia precisa de seu suporte presencial, abrindo sua sede, fazendo funcionar, torná-la referência no cenário local e regional. Eu venho trabalhando nisso há bastante tempo, cheguei em 2004 e já encontrei um grupo trabalhando dentro dessas perspectivas e meu nome já vinha sendo preparado e, não se trata de uma realização pessoal, mas de atender a um chamado da academia.</p>
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<div align="justify"><strong>Portal O Povo: O que os acadêmicos, bem como a população de Picos e região pode esperar da gestão Francelina Macêdo?</strong></div>
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<p><strong>Francelina Macêdo</strong>: Pode esperar aquilo que a academia já faz, que é integrar a cultura no sentido de nos fortalecer como proposta política lutando pela sociedade, propiciando espaços de reflexão daquilo que acontece em nosso meio social.</p>
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<div><strong>Portal O Povo: Tendo em vista que o seu nome já vinha sendo trabalhando na academia, já existe algum projeto que a senhora pretende estar implantando na ALERP?</strong></div>
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<p><strong>Francelina Macêdo: </strong>Temos sim. Um deles é melhorar a cada ano o nosso seminário e procurar manter uma relação mais estreita com as entidades que fazem cultura e, principalmente, com o meio acadêmico; também fortalecer parcerias junto a União Picoense de Escritores- UPE, junto ao projeto Bar Cultura, no sentido de onde tiver uma obra para lançar, onde tiver alguém que a gente saiba que tem uma produção literária, artística, vamos estar oferecendo nosso espaço, apoio, pois a Alerp está aqui, disponha dentro daquilo que conseguimos ajudar.</p>
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<p><strong>Portal O Povo: Ainda é bastante difícil preservar a cultura na sociedade atual, principalmente no município de Picos, aonde as opções de lazer são limitadas a shows e estabelecimentos comerciais, pouco valorizando os artistas da terra. Como a ALERP pretende quebrar essa resistência da população picoense e região?</strong></p>
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<div align="justify"><strong>Francelina Macêdo: </strong>Uma das razões de colocarmos na chapa a ALERP hoje é justamente um convite para pensar no que foi a academia, o contexto em que ela nasceu, quem fez parte, quais eram as demandas sociais de cultura naquela época. Nós temos que compreender a cultura dentro de uma sociedade que é mutável, o que nos faz ter um olhar mais crítico diante da superficialidade de hoje, que não traz uma mensagem sadia e nós temos que pensar em tudo isso e, uma das formas são as promoções de reuniões e espaços culturais, que primem pela criação e possam estar a reunindo cada dia mais expressões.</div>
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