A posição de neutralidade do PV foi tida por alguns representantes do partido como o primeiro passo para a candidatura de Marina em 2014.
<div align="justify">O Partido Verde decidiu na tarde deste domingo que ficará neutro no segundo turno da eleição presidencial. A decisão foi tomada em convenção da sigla realizada em São Paulo. Dos cerca de 92 delegados presentes com direito a voto, apenas quatro se manifestaram contra a neutralidade, em favor do apoio a um dos dois candidatos.</div>
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<div align="justify">Terceira colocada no primeiro turno da eleição, a senadora Marina Silva (PV-AC) manifestou-se lendo uma carta aberta direcionada aos candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). Marina disse que optou por esse caminho em “respeito ao povo brasileiro” e fez duras críticas à forma como os dois presidenciáveis tem encaminhado as discussões políticas nesse segundo turno:</div>
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<div align="justify">“É irônico que dois partidos como PT e PSDB, que foram criados como contraponto a dualidade de MDB e Arena, hoje tenham se deixado capturar pela armadilha do passado. Paradoxalmente, PT e PSDB hoje são fiadores do conservadorismo remitente, que atropelam ideais e utopias”, disse a senadora.</div>
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<div align="justify">Marina também criticou o discurso religioso dos dois partidos na campanha e disse que não se pode usar a fé como “perversão da política”. “É a atitude de vocês, mais que o resultado das urnas, que pode melhorar o modo de fazer política no Brasil”, declarou ela, citando os dois candidatos à presidência da República.</div>
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<div align="justify">A carta elogia a biografia de Dilma e Serra, mas também pontua a falta de compromisso do PT e do PSDB com debate de propostas, voltando a criticar com dureza as "alianças incoerentes" dos dois partidos neste segundo turno. "Arma-se o eterno embate e na armadilha das alianãs, prende-se a sociedade brasileira, constrangida a ser apenas torcida, quando deveria ser protagonista, ao optar por pacotes políticos", destacou a senadora.</div>
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<div align="justify">O PV também decidiu que as lideranças nacionais e executivas, como o presidente nacional e seu vice, José Luiz Penna e Alfredo Sirkis, não poderão abrir o voto deles. O entendimento é que a manifestação poderia confundir o eleitor. Assim como eles, os presidentes regionais da sigla no Rio, São Paulo e Minas também no poderão manifestar apoio público para presidência da República.</div>
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<div align="justify"><strong>2014</strong></div>
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<p>A posição de neutralidade do PV foi tida por alguns representantes do partido como o primeiro passo para a candidatura de Marina em 2014. Embora a senadora tenha negado que tenha qualquer intenção nesse momento de se candidatar novamente, nos discursos os aliados da senadora já começaram a trilhar o caminho para a futura candidatura.</p>
<p>Fonte:<em> Último Segundo</em></p>
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