Segundo Haddad, a reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio para os prejudicados com erros de impressão na prova amarela não terá conflito com outros vestibulares.
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<div align="justify">O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira que a reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para os prejudicados com erros de impressão na prova amarela não terá conflito com outros vestibulares. No entanto, Haddad não anunciou a data da prova. Segundo o ministro, nenhum estudante será prejudicado.</div>
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<div align="justify">Haddad deu entrevista na sede do Tribunal Federal Regional da 5ª Região (TRF-5), no Recife (PE), na qual o presidente do órgão, desembargador Luiz Alberto Gurgel de Faria, suspendeu a decisão da juíza da 7ª Vara Federal do Ceará, que havia suspendido o exame em caráter liminar.</div>
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<div align="justify">O ministro afirmou que a preocupação agora será identificar de forma minuciosa os estudantes prejudicados que se submeterão à nova prova. "Vamos ter de fazer leitura eletrônica de todas as atas de 113 mil locais, um trabalho difícil, minucioso, que já se iniciou, para podermos identificá-los e reaplicar (a prova)." Segundo Haddad, somente depois deste levantamento se terá o número exato de estudantes nesta situação. Ele disse que os alunos serão avisados.</div>
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<div align="justify">Haddad também afirmou que a única falha da atual edição do Enem foi "falha gráfica", tanto, segundo ele, que o consórcio responsável (Cespe/Cesgranrio) assumiu a responsabilidade e fará a nova prova sem nenhum custo aos cofres públicos.</div>
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<div align="justify">Ele observou que em relação ao ano passado "houve melhora em quase tudo". Citou melhoria na segurança, no cronograma, nas inscrições - "Não tivemos problema de inscrições, o site suportou milhões de acessos por minuto" - e destacou que só existiram três problemas de alocação de aluno em sala de aula. "A evolução foi muito grande", avaliou, ao lembrar que, em educação, não há sucesso completo. "Sempre tem espaço para melhorar."</div>
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<div align="justify">Recurso</div>
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<div align="justify">Nesta sexta-feira, o procurador da República no Ceará Oscar Costa Filho recorreu da decisão do presidente do TRF-5, que cassou a suspensão do Enem. Para o procurador, o exame tem de ser anulado, pois "está eivado em erros". Oscar espera ainda uma manifestação da juíza quanto ao seu pedido de anulação.</div>
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<div align="justify">O procurador disse que chegou a enviar ofício ao presidente do TRF-5 para ser ouvido, a exemplo do que o magistrado fez com o ministro da Educação. "O presidente do Tribunal Regional Federal tem de fazer valer a igualdade de direito. Por isso, quero ser ouvido por ele para explicar as razões da necessidade de anulação do concurso." O procurador já entrou com um agravo de instrumento para que o TRF faça valer primeiro a suspensão do Enem para, depois, a sua anulação.</div>
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<div align="justify">Segundo ele, os erros cometidos na aplicação das provas nos últimos dias 6 e 7 provocaram "um tumulto nacional, com os estudantes prejudicados procurando o Ministério Público Federal (MPF) para fazer valer o direito de um concurso lícito".</div>
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<div align="justify">* Com informações da Agência Estado</div>