Geral
EDUCAÇÃO
Pesquisa aponta que Professor piauiense ganha 40% menos que outros trabalhadores
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Portal O Povo - 21/12/2010

<div align="justify">Um c&aacute;lculo feito pela economista Fabiana de Felicio, com base nos dados da &uacute;ltima edi&ccedil;&atilde;o da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domic&iacute;lios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica), revela que o sal&aacute;rio m&eacute;dio de um professor da educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica no Piau&iacute; &eacute; de R$ 1.342, 40% menor que a remunera&ccedil;&atilde;o m&eacute;dia de um trabalhador com o mesmo n&iacute;vel de escolaridade, que &eacute; de R$ 2.225. Os dados est&atilde;o numa reportagem publicada no portal UOL, na qual foi citada a pesquisa da economista.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">O trabalho de Fabiana de Felicio aborda que a discrep&acirc;ncia salarial entre os professores e demais profiss&otilde;es ocorre em todos os estados do Brasil. A m&eacute;dia nacional recebida por um docente &eacute; de R$ 1.745 por m&ecirc;s, inferior ao valor de R$ 2.799 pago &agrave;s demais profiss&otilde;es. O Piau&iacute; tem o terceiro pior sal&aacute;rio nessa categoria, mas superior o de dois estados mais ricos, como Pernambuco (R$ 1.219) e Cear&aacute; (1.262). A maior remunera&ccedil;&atilde;o &eacute; a do Distrito Federal: R$ 3.472.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A economista Fabiana, no entanto, frisa que s&atilde;o valores m&eacute;dios, o que significa que tem uma parcela da amostra que ganha menos que isso. Segundo ela, a pondera&ccedil;&atilde;o &eacute; importante para n&atilde;o se tirar conclus&otilde;es precipitadas. Outro ponto para o qual ela pede aten&ccedil;&atilde;o &eacute; sobre a jornada padronizada para a compara&ccedil;&atilde;o - nem todos os professores trabalham 40 horas por semana. Em geral, a carga hor&aacute;ria &eacute; menor.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">Apesar disso, a classe reclama muito dos baixos sal&aacute;rios. O Sindicato dos Trabalhadores em Educa&ccedil;&atilde;o no Piau&iacute; (Sinte-PI) afirma que a desvaloriza&ccedil;&atilde;o da categoria &eacute; hist&oacute;rica no Brasil e no Piau&iacute;. Situa&ccedil;&atilde;o, segundo a entidade, que permanece. &ldquo;&Eacute; um retrato do descaso dos Governos com a educa&ccedil;&atilde;o. Aqui no Piau&iacute;, por exemplo, os professores de n&iacute;vel m&eacute;dio (sem forma&ccedil;&atilde;o superior) deveriam estar recebendo o piso nacional de R$ 1.500, mas est&atilde;o recebendo apenas R$ 1.024 como vencimento b&aacute;sico, por 40 horas de trabalho na semana&rdquo;, diz a presidente do Sinte-PI, Odeni de Jesus.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A baixa remunera&ccedil;&atilde;o recebida obriga os professores a ter que trabalhar 60 horas semanais (nos tr&ecirc;s turnos di&aacute;rios), em escolas da rede estadual, municipal e particular, para poder melhorar a renda. Um professor que n&atilde;o quis identificar-se, com medo de repres&aacute;lias, diz que, al&eacute;m do pr&oacute;prio professor, quem perde com os baixos sal&aacute;rios s&atilde;o os alunos e, por conseq&uuml;&ecirc;ncia, a sociedade. &ldquo;O professor n&atilde;o tempo para se qualificar, para fazer pesquisas, porque tem que trabalhar o tempo todo. Como vai dar uma boa aula?&rdquo;, questiona.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify">A qualifica&ccedil;&atilde;o, ali&aacute;s, &eacute; outro problema para o docente. Dos 23 mil professores da rede estadual, menos de 20% possuem especializa&ccedil;&atilde;o. Isso acontecer porque o Governo do Estado financia apenas 100 vagas por ano para os docentes, quantidade insuficiente para atender a demanda. &ldquo;Ap&oacute;s essas vagas, o professor que quiser fazer especializa&ccedil;&atilde;o tem que pagar do pr&oacute;prio bolso, ou nas demais vagas destinadas ao p&uacute;blico em geral ou fazem em faculdade particular&rdquo;, conta Odeni de Jesus.</div> <div align="justify">&nbsp;</div> <div align="justify"><em>Com informa&ccedil;&otilde;es Jornal O Dia</em></div>
Carlos
21/12/2010 -12:47:

E no município de Picos a situação é bem pior, pois um professor 20h ganha bem menos que um professor da cidades de Bocaina, Sussuapara, São José, São Luiz, Itainópolis, etc. Resta saber o porquê de se pagar um salário mínimo a um professor 20h, numa cidade que recebe muito mais recursos do FUNDEB do que destas cidades listadas...

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