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<div align="justify">Um cálculo feito pela economista Fabiana de Felicio, com base nos dados da última edição da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revela que o salário médio de um professor da educação básica no Piauí é de R$ 1.342, 40% menor que a remuneração média de um trabalhador com o mesmo nível de escolaridade, que é de R$ 2.225. Os dados estão numa reportagem publicada no portal UOL, na qual foi citada a pesquisa da economista.</div>
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<div align="justify">O trabalho de Fabiana de Felicio aborda que a discrepância salarial entre os professores e demais profissões ocorre em todos os estados do Brasil. A média nacional recebida por um docente é de R$ 1.745 por mês, inferior ao valor de R$ 2.799 pago às demais profissões. O Piauí tem o terceiro pior salário nessa categoria, mas superior o de dois estados mais ricos, como Pernambuco (R$ 1.219) e Ceará (1.262). A maior remuneração é a do Distrito Federal: R$ 3.472.</div>
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<div align="justify">A economista Fabiana, no entanto, frisa que são valores médios, o que significa que tem uma parcela da amostra que ganha menos que isso. Segundo ela, a ponderação é importante para não se tirar conclusões precipitadas. Outro ponto para o qual ela pede atenção é sobre a jornada padronizada para a comparação - nem todos os professores trabalham 40 horas por semana. Em geral, a carga horária é menor.</div>
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<div align="justify">Apesar disso, a classe reclama muito dos baixos salários. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Piauí (Sinte-PI) afirma que a desvalorização da categoria é histórica no Brasil e no Piauí. Situação, segundo a entidade, que permanece. “É um retrato do descaso dos Governos com a educação. Aqui no Piauí, por exemplo, os professores de nível médio (sem formação superior) deveriam estar recebendo o piso nacional de R$ 1.500, mas estão recebendo apenas R$ 1.024 como vencimento básico, por 40 horas de trabalho na semana”, diz a presidente do Sinte-PI, Odeni de Jesus.</div>
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<div align="justify">A baixa remuneração recebida obriga os professores a ter que trabalhar 60 horas semanais (nos três turnos diários), em escolas da rede estadual, municipal e particular, para poder melhorar a renda. Um professor que não quis identificar-se, com medo de represálias, diz que, além do próprio professor, quem perde com os baixos salários são os alunos e, por conseqüência, a sociedade. “O professor não tempo para se qualificar, para fazer pesquisas, porque tem que trabalhar o tempo todo. Como vai dar uma boa aula?”, questiona.</div>
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<div align="justify">A qualificação, aliás, é outro problema para o docente. Dos 23 mil professores da rede estadual, menos de 20% possuem especialização. Isso acontecer porque o Governo do Estado financia apenas 100 vagas por ano para os docentes, quantidade insuficiente para atender a demanda. “Após essas vagas, o professor que quiser fazer especialização tem que pagar do próprio bolso, ou nas demais vagas destinadas ao público em geral ou fazem em faculdade particular”, conta Odeni de Jesus.</div>
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<div align="justify"><em>Com informações Jornal O Dia</em></div>
Carlos21/12/2010 -12:47:
E no município de Picos a situação é bem pior, pois um professor 20h ganha bem menos que um professor da cidades de Bocaina, Sussuapara, São José, São Luiz, Itainópolis, etc. Resta saber o porquê de se pagar um salário mínimo a um professor 20h, numa cidade que recebe muito mais recursos do FUNDEB do que destas cidades listadas...