A dura realidade comum nos grandes centros atinge também cidades interioranas como Picos, aonde vários moradores de bairros periféricos vivem em condições precárias.
<div align="justify">Mesa farta, presentes e muita alegria, esse seria o natal ideal para milhares de famílias carentes que existem no Brasil. Essa dura realidade, comum nos grandes centros atinge também cidades interioranas como Picos, onde centenas de moradores vivem em condições precárias de habitação, saúde, higiene e muitas vezes alimentação. Esse cenário compõe o Morada do Sol, um dos bairros periféricos do município, aonde a pobreza é constante.</div>
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<div align="justify">A situação de calamidade pode ser vista de todos os ângulos, com casas de taipa em meio ao mato e a lama, geralmente localizada nas encostas dos morros, esgotos a céu aberto, crianças descalças e demais problemas, que causam comoção aos olhos de quem vê uma realidade diferente, daquela vivida por uma minoria consumista. </div>
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<div align="justify">Dona Maria de Lourdes (40), moradora do bairro garante que falta tudo. “A única coisa que a gente tem é saúde e nem isso a gente sabe se tem, aqui falta tudo: transporte, banheiro, aqui nós não temos direito a nada”.</div>
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<div align="justify">A carência de recursos atinge até mesmo as crianças, que sem brinquedos utilizam pneus, latas de óleo e caixas de papelão como forma de lazer.</div>
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<div align="justify">Mãe de quatro filhos, Teresinha Maria de Sousa (34), a Teresinha de Escurim, conhece bem essa realidade. Morando com os filhos e o esposo, em dois cômodos apertados numa casa de taipa alugada, estava a procura de lenha para aquecer o fogo e preparar o almoço. Vivendo apenas da reciclagem realizada pelo marido, a moradora afirma não ter condições de presentear os filhos durante este natal. “Se comprar para um, tem que comprar para todos e eu não tenho condição”.</div>
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<div align="justify">Mais uma das reclamações dos moradores do bairro é com relação ao descaso de autoridades políticas. “Nós sabemos que tem políticos, porque nós votamos para eles, mas eles não nos favorecem em nada”, diz Dona Maria de Lourdes.</div>
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<div align="justify">Com um natal muito longe do esperado, as famílias necessitadas contam apenas com a solidariedade da população e a fé em dias melhores.</div>
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