Um relatório informando toda situação precária de estrutura e de trabalho na Penitenciária José de Deus Barros foi entregue em abril de 2010 a Secretaria de Justiça, mas até o momento nada foi resolvido.
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<p>Comparada com os grandes centros urbanos do país, a situação carcerária de Picos também se encontra em situação de abandono. Sem a mínima condição de trabalho, agentes penitenciários têm enfrentados sérios problemas no exercício de suas funções, o que deixa um sentimento de revolta com os governantes, que até o momento tem feito “vistas grossas” para o problema.</p>
<p>Inconformados com tamanho desrespeito, os agentes elaboraram e entregaram na Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos e no Ministério Público, ainda em 2010, um relatório informando toda situação precária de estrutura e de trabalho na Penitenciária José de Deus Barros. O documento, assinado por 33 agentes, foi recebido no dia 22 de abril de 2010, pelo assessor técnico da referida secretaria, Vinícius A. S. Oliveira, e até o momento nada foi resolvido.</p>
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<div align="justify">No relatório, foram apresentadas diversas situações como, apenas cinco ou quatro agentes por plantão, fazerem a segurança de mais de duzentos detentos que existem na penitenciária; redução dos quadros da polícia militar para o trabalho na passarela e nas guaritas; problemas de ordem estrutural como: muros baixos e inacabados, poucas armas de fogo, cadeados frágeis e insuficientes, a falta de um gerador de energia, a fragilidade da estrutura dos locais de visita familiar e íntima; etc.</div>
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<div align="justify">Conversamos com o agente, Hemerson Barbosa de Carvalho, que faz parte da atual diretoria do SINPOLJUSPI e que é lotado em Picos, onde nos informou que nada foi mudado. “Mesmo com este relatório em que levamos a situação ao conhecimento das autoridades competentes, nada foi feito, pelo contrário, só piorou, pois hoje temos mais detentos e menos estrutura”, destacou.</div>
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<div align="justify">Outra calamidade no setor carcerário no município modelo é na Casa de Albergado (local que os presos cumprem as penas de regime semi-aberto), onde há quase trinta dias está fechada pela razão da Secretaria Estadual de Justiça não ter pago o aluguel do imóvel e está atrasado com os fornecedores de energia e de água.</div>
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<div align="justify">Com isto, os presos condenados a passarem a noite e finais de semanas detidos, estão gozando de plena liberdade, podendo até vir cometerem outros delitos.</div>
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