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Professor Paulo Mafra fala sobre etnia cigana
O professor universitário e pesquisador na área de Serviço Social falou sobre os trabalhos desenvolvidos sobre etnia cigana.
Da redação - 14/06/2011

<div align="justify"><!--[if gte mso 9]><xml> Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE MicrosoftInternetExplorer4 </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-style-parent:""; line-height:115%; font-size:11.0pt;"Calibri","sans-serif"; mso-fareast-"Times New Roman"; mso-bidi-"Times New Roman";} </style> <![endif]--></div> <p><strong>&nbsp;</strong><strong>Paulo Mafra</strong><span> &eacute; professor universit&aacute;rio e pesquisador na &aacute;rea de Servi&ccedil;o Social e antropologia. Formado em hist&oacute;ria, especialista em hist&oacute;ria das artes e religi&otilde;es e em hist&oacute;ria do Brasil com &ecirc;nfase em hist&oacute;ria do Piau&iacute;; mestrando em Servi&ccedil;o Social na UFPE. <br /> </span></p> <p align="justify"><strong><span>Portal O Povo: O Prefeito Gil Paraibano instituiu o dia municipal do cigano. O que isso significa, no &acirc;mbito social para essa comunidade?</span></strong></p> <p align="justify"><strong>Paulo Mafra</strong><span> &ndash; isso significa um grande avan&ccedil;o para a comunidade cigana no que se trata do seu reconhecimento perante os outros mun&iacute;cipes. Porque o preconceito existe, &eacute; fato. Por&eacute;m, n&atilde;o existia nada que comprovasse, que tivesse valor oficial de que os ciganos existem como qualquer outro mun&iacute;cipe e que tem direitos civis e sociais. &Eacute; um reconhecimento da prefeitura dizendo que os ciganos existem e tem um dia garantido por lei. Nesse dia eles v&atilde;o comemorar e mostrar sua cultura, porque eles t&ecirc;m uma cultura assim como o &iacute;ndio, o negro e outras etnias.</span></p> <p align="justify"><strong><span>Portal O Povo: Qual &eacute; o maior problema enfrentado pelos ciganos que moram e pelos que chegam pra morar em Picos?</span></strong></p> <p align="justify"><strong>Paulo Mafra</strong><span> &ndash; a pr&oacute;pria no&ccedil;&atilde;o de nomadismo que os ciganos possuem &eacute; algo que modificou na hist&oacute;ria, na d&eacute;cada de 70 e 80 os ciganos circulavam pelas cidades do Brasil, mas isso tem mudado; os ciganos n&atilde;o tem mais isso de ficar andando e morando em tendas como eles moravam antigamente porque existe assalto e roubo ai eles j&aacute; procuram morar em casas. S&oacute; que a pr&oacute;pria quest&atilde;o do nomadismo mudou &ndash; eles n&atilde;o andam mais o Brasil inteiro, o nomadismo acontece na mesma cidade, mudando apenas de rua devido &agrave; cultura do cigano de n&atilde;o ser apegado as suas refer&ecirc;ncias locais nem a bens materiais. Ent&atilde;o isso faz com que eles tenham essa mobilidade, porque eles n&atilde;o est&atilde;o presos a valores, tudo &eacute; resolvido em comunidade, ent&atilde;o como &eacute; tudo feito em comunidade isso d&aacute; uma mobilidade pra eles mudarem quando quiserem.</span></p> <p><strong>Portal O Povo: Esse nomadismo gera desconfian&ccedil;a?</strong></p> <p align="justify"><strong>Paulo Mafra</strong><span> &ndash; Eles recebem nomes de pessoas que n&atilde;o s&atilde;o descentes porque circulam. &Eacute; o preconceito das pessoas sedent&aacute;rias que n&atilde;o entendem os n&ocirc;mades. O sedent&aacute;rio &eacute; sedent&aacute;rio por uma quest&atilde;o cultural. O n&ocirc;made &eacute; n&ocirc;made por uma quest&atilde;o cultural.</span></p> <p align="justify"><strong><span>Portal O Povo: Os ciganos est&atilde;o conscientes dos seus direitos?</span></strong></p> <p align="justify"><strong>Paulo Mafra</strong><span> &ndash; &Eacute; algo que eu tenho encontrado dificuldade. Primeiro porque o preconceito que eles v&ecirc;m sofrendo com o tempo, que colocaram na cabe&ccedil;a deles; exclu&iacute;ram eles de uma forma que por mais que eles vejam que tem direito, eles n&atilde;o se sentem no direito. Agora &eacute; momento de resgatar, conscientizar. O direito n&atilde;o foi perdido, o direito sempre existiu s&oacute; que agora eles precisam tomar consci&ecirc;ncia do que eles perderam nesse tempo. Ent&atilde;o, a minha comunica&ccedil;&atilde;o com eles a cada dia se amplia mais. Eu estou tentando mostrar pra eles que o direito deles existe e eles precisam estar articulados pra ter acesso a esse direito. &Eacute; um trabalho lento porque a pr&oacute;pria informa&ccedil;&atilde;o sobre esses direitos eles est&atilde;o come&ccedil;ando a procurar agora, a mentalidade vai sendo alterada a partir do momento que eles tomam consci&ecirc;ncia dos direitos e param de se colocar como pessoas que t&atilde;o ali pedindo, como se fossem inferiores.</span></p> <div align="justify">&nbsp;</div> <p>&nbsp;</p> <div align="justify">&nbsp;</div> <p>&nbsp;</p>
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