Perfil
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Padre Bezerra fala de seu amor por Picos e como vive atualmente
O sacerdote está há mais de dois anos residindo na Itália e visita Picos onde exerceu sua missão sacerdotal durante 22 anos.
Por Edson Costa - 06/08/2011

<div align="justify"><!--[if gte mso 9]><xml> Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-style-parent:""; line-height:115%; font-size:11.0pt;"Calibri","sans-serif"; mso-fareast-"Times New Roman";} </style> <![endif]--></div> <p align="justify"><span>O padre Francisco Bezerra Neto, conhecido popularmente por padre Bezerra, concedeu entrevista a nossa reportagem e falou do amor que sente pelo povo picoense e como est&aacute; sendo sua vida no pa&iacute;s que hoje mora.</span></p> <p align="justify"><span>H&aacute; mais de dois anos vivendo na cidade de Piacenza-It&aacute;lia, onde passa a maior parte do tempo estudando, o sacerdote estar em visita ao munic&iacute;pio de Picos, onde retornar&aacute; para It&aacute;lia no pr&oacute;ximo dia 09 de agosto.</span></p> <p align="justify"><span>Padre Bezerra completou no dia 04 deste m&ecirc;s, 26 anos de vida sacerdotal. Neste per&iacute;odo foi p&aacute;roco da par&oacute;quia de Nossa Senhora dos Rem&eacute;dios, em Picos, durante 22 anos, onde conquistou muitos amigos e admiradores.</span></p> <p><u>CONFIRA ENTREVISTA</u></p> <p align="justify"><strong><span>Edson Costa:</span></strong><span> No dia 04 de agosto de 1985, o senhor foi ordenado padre. Passado 26 anos de vida sacerdotal, qual o sentimento?</span></p> <p align="justify"><strong><span>Padre Bezerra:</span></strong><span> Depois de 26 anos exercendo o minist&eacute;rio sacerdotal, me sinto muito feliz por ser padre. Eu creio que se nascesse outra vez ou cem vezes mais, seria novamente padre e faria tudo que fiz at&eacute; hoje, porque realmente foi aquilo que desejei em minha vida. Eu nasci no dia 27 de dezembro de 1958, fui batizado no mesmo dia e segundo meus familiares, o padre David &Acirc;ngelo Leal, que celebrou o batismo, tinha dito: &ldquo;Deus te fa&ccedil;a um padre&rdquo;. Ent&atilde;o, a gra&ccedil;a que recebi no batismo e estas palavras do padre David me acompanharam ao longo do processo de minha forma&ccedil;&atilde;o e hoje me sinto firme e muito feliz.</span></p> <p align="justify">&nbsp;</p> <p align="justify"><strong><span>Edson Costa:</span></strong><span> Poucos meses depois de sua ordena&ccedil;&atilde;o, o senhor foi escolhido por Dom Augusto Alves da Rocha, ent&atilde;o bispo da Diocese, para assumir a par&oacute;quia de Nossa Senhora dos Rem&eacute;dios, ficando assim com a miss&atilde;o de substituir o padre Alfredo Schaffler, que era muito querido pela comunidade picoense. Como foi este trabalho de conquistar a confian&ccedil;a e o carinho dos cat&oacute;licos?</span>&nbsp;</p> <p align="justify"><strong><span>Padre Bezerra:</span></strong><span> &Eacute; verdade. Quando padre Alfredo, hoje bispo de Parna&iacute;ba, deixou a par&oacute;quia, assumiu o padre Valdo, um jovem sacerdote, idealista e competente, mas infelizmente antes de um ano ele desistiu e abandonou o minist&eacute;rio sacerdotal. Na &eacute;poca, n&oacute;s &eacute;ramos poucos padres. Recordo-me muito bem de uma reuni&atilde;o no Centro de Treinamento Diocesano (CTD), quando Dom Augusto reuniu o clero, pedindo sugest&otilde;es para indicar o novo p&aacute;roco e, o &uacute;nico padre naquela &eacute;poca ordenado e que n&atilde;o tinha par&oacute;quia era eu. Ent&atilde;o o bispo me confiou esta miss&atilde;o de assumir esta par&oacute;quia. Inicialmente de uma forma provis&oacute;ria, pois somente no m&ecirc;s de maio do ano seguinte foi que recebi a posse oficial. De fato, substituir padre Alfredo foi um pouco dif&iacute;cil. Por uma lado, tinha a saudade do trabalho do padre Alfredo, por outro lado, tinha o sacerdote idealista que havia abandonado o sacerd&oacute;cio e eu que era um padre rec&eacute;m-ordenado. O povo poderia at&eacute; pensar que se um padre novo tinha entrado e sa&iacute;do (como aconteceu com o padre Valdo), poderia se repetir comigo. Mesmo assim, assumi e gra&ccedil;as a Deus fui conquistando a confian&ccedil;a do povo. Eu me recordo o apoio que recebi de tantas pessoas, como por exemplo, de seu Lauriano (funer&aacute;ria) que uma vez ap&oacute;s terminar a missa, bateu em meu ombro e disse: &ldquo;Olha, v&aacute; em frente, confia em Deus, n&oacute;s estamos com voc&ecirc;&rdquo;. Ent&atilde;o aquilo me dava for&ccedil;a e &acirc;nimo e fui tomando gosto e o que era para ser por pouco tempo, passaram-se 22 anos. Foi aqui em Picos onde aprendi e passei os melhores anos de minha vida sacerdotal e, hoje passado 26 anos como padre, me sinto muito feliz de retornar e sentir o calor humano das pessoas, dos catequistas, dos dirigentes com quem trabalhei e das crian&ccedil;as que vi pequeninas e que hoje est&atilde;o a&iacute; ajudando a igreja.</span></p> <p align="justify">&nbsp;</p> <p align="justify"><strong><span>Edson Costa:</span></strong><span> Nos 22 anos trabalhando em Picos, o senhor conquistou muitos amigos, criando assim uma grande afinidade com o povo picoense. No m&ecirc;s de abril de 2008, o bispo dom Pl&iacute;nio Jos&eacute; lhe transferiu para a par&oacute;quia de Paulistana. Naquele momento, houve algum sentimento de magoa? </span></p> <p align="justify"><strong><span>Padre Bezerra:</span></strong><span> N&atilde;o. Houve sim um sentimento de d&uacute;vidas e incertezas. De fato, quando voc&ecirc; est&aacute; num lugar trabalhando e se dando bem e tem que mudar, voc&ecirc; se enche de novas expectativas, renova aquele temor de recome&ccedil;ar um novo trabalho. Mas fui para Paulistana, passei sete meses l&aacute; e, conseguiu tamb&eacute;m conquistar o carinho do povo daquele munic&iacute;pio, digo isso porque passado dois anos, ainda recebo muitos telefonemas, mensagens e sinto uma alegria muito grande quando falam comigo. Tamb&eacute;m me sinto feliz em ter passado por aquela Par&oacute;quia. No momento da transfer&ecirc;ncia veio aquele sentimento de como seria e como recome&ccedil;ar, mas deu tudo certo. Este carinho que o povo tem por mim eu transfiro para Jesus Cristo que &eacute; o sumo e eterno sacerdote. Eu n&atilde;o sou nada mais que um instrumento na m&atilde;o de Deus.</span></p> <p align="justify">&nbsp;</p> <p align="justify"><strong><span>Edson Costa:</span></strong><span> No m&ecirc;s de janeiro de 2009 o senhor foi morar na It&aacute;lia. Qual foi o objetivo desta viagem e o que faz o padre Bezerra nos dias atuais?</span></p> <p align="justify"><strong><span>Padre Bezerra:</span></strong><span> O padre tem direito, a cada dez anos, de um benef&iacute;cio para se refazer espiritualmente. Passado quase 23 anos, perguntei a dom Pl&iacute;nio se era poss&iacute;vel me conceder dois anos para viver o ano sab&aacute;tico e ele aceitou. Escolhi a It&aacute;lia, especificamente na cidade de Piacenza, onde j&aacute; tinha passado outros padres brasileiros e onde tenho um bom relacionamento com alguns. E fui para a It&aacute;lia nesta dimens&atilde;o mission&aacute;ria, at&eacute; como gesto de gratid&atilde;o a Diocese de Piacenza que tanto serviu e ajudou nossa Diocese. Chegando L&aacute;, fui acolhido na Par&oacute;quia de San Savino e logo comecei um curso de liturgia, na vizinha cidade de Padova. Depois, por motivos financeiros, tive que cancelar o curso, uma vez, que era distante de onde eu morava. E agora em comum acordo com dom Pl&iacute;nio, renovei o meu contrato por mais dois anos, onde irei come&ccedil;ar um curso de espiritualidade na cidade de Mil&atilde;o, que&nbsp;fica somente a sessenta quil&ocirc;metros de Piacesa, diminuindo o custo financeiro em 80% comparando com o curso anterior. J&aacute; me entrosei com a comunidade, divido as preocupa&ccedil;&otilde;es da Par&oacute;quia com o p&aacute;roco e posso dizer que tamb&eacute;m sou feliz l&aacute; na It&aacute;lia.</span></p> <p align="justify">&nbsp;</p> <p align="justify"><strong><span>Edson Costa: </span></strong><span>Agrade&ccedil;o pela disponibilidade de conceder esta entrevista e lhe deixo agora a vontade para suas considera&ccedil;&otilde;es finais. </span></p> <p align="justify"><strong><span>Padre Bezerra:</span></strong><span> Quero agradecer a Deus pela nova experi&ecirc;ncia fora do Brasil, pois est&aacute; me ajudando a crescer na dimens&atilde;o da F&eacute;. Quero tamb&eacute;m agradecer com muito carinho o povo picoense, a acolhida das fam&iacute;lias e dos amigos e aproveito para renovar minha gratid&atilde;o. Desejo a todos uma grande ben&ccedil;&atilde;o e que Deus conceda muita gra&ccedil;a, sa&uacute;de, felicidades e que juntos possamos continuar a nossa caminhada aqui neste mundo. Finalizo dizendo que amo muito o povo de Picos e de toda Diocese.</span></p> <div align="justify">&nbsp;</div>
Raimundo Rodrigues
12/08/2011 -18:03:

Valeu Padre Bezerra, vc é 1000 sentimos muito a sua falta. Muito suscesso na Italia. Te amamos muito.

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