A revelação do fato partiu do padre Gregório Leal durante celebração no último domingo, 13, na Catedral de Picos.
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<p>Depois da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios ser vítima da criminalidade que assola Picos, por seis vezes, o pároco da paróquia, padre Gregório Lustosa, desabafou durante a missa do último domingo (13), sobre os atos de violência registrados frequentemente nos órgãos da paróquia. O religioso informou que as infrações graves vêm acontecendo há algum tempo e cometidos pela mesma pessoa.</p>
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<p>“Há um jovem que ele é dependente químico, já o enviamos para a Fazenda da Esperança por duas vezes e, ele insiste em querer nos extorquir; quando ele está drogado não tem limites, já carregou um cofre que estava aqui e que depois foi encontrado no rio; já quebraram a porta da igreja, tentaram arrombar os cofres e atribuo a ele, porque quando ele está ausente é uma tranquilidade”, frisou, acrescentando que o acusado é o mesmo responsável pela depredação de seu veículo, ocorrido meses atrás.</p>
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<p>Os episódios mais recentes, segundo o padre, foram registrados semana passada, onde um funcionário da paróquia foi agredido fisicamente, assim como um membro da associação dos vicentinos, além de uma invasão na secretaria paroquial. “Não se trata mais do patrimônio físico, mas da segurança de pessoas, de vidas; o pessoal que trabalha aqui não tem mais paz,”, enfatizou, destacando também que teme por sua integridade.</p>
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<p>Indignado, o padre explicou que os atos foram comunicados a polícia, mas que até o momento nada foi resolvido. “Peço ajuda as duas polícias (civil e militar) e não tem nenhuma manifestação, porque não acredito que a polícia não tem condições de prender um elemento desse. Deus queira que eu esteja errado, mas os furtos que ele [acusado] faz por menor que seja, ou ele partilha com a polícia para ela poder ficar omissa, ou a polícia é ineficiente, não está a altura da necessidade de Picos, aí nós temos que tomar providência", desabafou.</p>
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<p>O padre ressaltou ainda que o fato de solicitar a prisão imediata do infrator, não significa que há um descrédito na recuperação dos dependentes químicos. “Isso não significa que não acreditamos na recuperação dos dependentes, mas há situações que o presídio é necessário e acredito que a polícia poderia ser nossa parceira para trazê-los a sobriedade”.</p>
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<p>Caso não seja tomada nenhuma atitude em relação à segurança da igreja, bem como dos funcionários da paróquia, padre Gregório afirmou que já conta com o apoio da comunidade para uma possível manifestação. “Se a polícia continuar omissa, em pouco tempo vamos sair às ruas e pegar abaixo-assinados daqueles que não poderão nos acompanhar e vamos gritar”.</p>
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<div align="justify">Nossa equipe de reportagem esteve na manhã de segunda-feira (14/11) na sede do 4° BPM em busca de ouvirmos a versão do comandante da Polícia Militar sobre o caso, mas fomos informados que o mesmo não se encontrava.</div>
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