Polícia
POLÍCIA
Portaria é suspensa e rebelião de 250 presos acaba em Picos
Os presos protestaram por conta da superlotação, falta de assistência médica e uma portaria limitando a quantidade de alimentos que poderiam ser entregues pelas famílias.
Da redação - 03/02/2012

<div align="justify">A rebeli&atilde;o na penitenci&aacute;ria de Picos, Jos&eacute; de Deus Barros, foi controlada por volta das 0h30 desta sexta-feira (3), ap&oacute;s a interven&ccedil;&atilde;o dos promotores Fl&aacute;vio Teixeira e El&oacute;i Pereira. Os presos protestaram por conta da superlota&ccedil;&atilde;o, falta de assist&ecirc;ncia m&eacute;dica e uma portaria baixada pelo diretor do pres&iacute;dio limitando a quantidade de alimentos que poderiam ser entregues pelas fam&iacute;lias.</div> <div align="justify"> <p><taghw></taghw>Segundo o agente penitenci&aacute;rio Jos&eacute; Paulo, a rebeli&atilde;o come&ccedil;ou por volta das 17h40. O levante teve a participa&ccedil;&atilde;o de cerca de 250 presos dos pavilh&otilde;es A, B e C. Ele diz ainda que o &uacute;ltimo pavilh&atilde;o, D, n&atilde;o participou por apresentar presos mais idosos e sentenciados.</p> </div> <div align="justify">&ldquo;Eles quebraram algumas celas, cadeados, usando os pr&oacute;prios ferros das paredes j&aacute; que a estrutura da cadeia &eacute; fr&aacute;gil&rdquo;, explica. Paulo conta que durante toda a quinta-feira os presos fizeram greve de fome em repres&aacute;lia &agrave; portaria 001/2012 baixada pelo diretor do pres&iacute;dio que limitava a quantidade de alimento que as fam&iacute;lias poderiam levar para eles.</div> <div align="justify"> <p>&ldquo;&Agrave; tarde, eles n&atilde;o foram para o banho de sol e quando a gente fechou os pavilh&otilde;es eles quebraram tudo. Os presos do pavilh&atilde;o C, tentaram quebrar as paredes do pavilh&atilde;o A que n&atilde;o estavam querendo entrar na rebeli&atilde;o&rdquo;, descreve Jos&eacute; Paulo. <div align="justify"> <p>Ele conta ainda que no momento da a&ccedil;&atilde;o havia apenas tr&ecirc;s policiais militares e quatro agentes. O pres&iacute;dio tem capacidade para 144 detentos, mas abriga atualmente 328.</p> </div> <div align="justify"> <p>&ldquo;Aqui t&aacute; de um jeito que o preso faz o que quer se a gente tentar impedir, eles come&ccedil;am a se revoltar&rdquo;, pontua.</p> </div> <div align="justify"> <p>Os presos de Picos podem receber visitas de sexta a segunda-feira. A visita dos familiares acontecem &agrave;s sextas e segundas e aos s&aacute;bados e domingos, s&atilde;o os encontros &iacute;ntimos.</p> <p>O agente acredita que um dos pontos principais da revolta foi a regula&ccedil;&atilde;o da quantidade de alimentos que os familiares podem entregar aos presos. A nova portaria reduziu a quantidade para uma quentinha ou quantidade equivalente, 500g de biscoito &aacute;gua e sal, 500g de maisena e at&eacute; 7 unidade de frutas (ma&ccedil;&atilde; e banana), 6 ovos, um pacote de leite e um pacote de caf&eacute;.</p> </div> <div align="justify">&ldquo;Eles n&atilde;o querem comer a comida daqui e em alguns casos, os presos recebem mais que uma cesta b&aacute;sica, cachos de bananas. Muitos deles trocam, vendem, pegam drogas, fazem tudo&rdquo;, descreve o agente.</div> <div align="justify"> <p><taghw></taghw></p> <p>Entretanto, na vis&atilde;o do promotor El&oacute;i Pereira, a situa&ccedil;&atilde;o &eacute; diferente e resultante de um conjunto que envolve a superlota&ccedil;&atilde;o causada pelo atraso no julgamento nos processos. &ldquo;Os presos reclamaram que a alimenta&ccedil;&atilde;o da penitenci&aacute;ria &eacute; pouca porque a quantidade de alimento n&atilde;o aumentou, mas o n&uacute;mero de detentos sim. A portaria do diretor do pres&iacute;dio limitou a alimenta&ccedil;&atilde;o levada pelos familiares&rdquo;, conta.</p> </div> <div align="justify"><taghw></taghw>Entretanto, a alimenta&ccedil;&atilde;o n&atilde;o seria o problema principal, para o promotor. &ldquo;Eles reclamaram da superlota&ccedil;&atilde;o e da falta de planejamento, da assist&ecirc;ncia m&eacute;dica e odontol&oacute;gica, dos processos emperrados e atrasados&rdquo;, declarou.</div> <div align="justify"> <p>Pereira diz que em Picos h&aacute; apenas a 4&ordf; Vara Criminal, que possui aproximadamente quatro mil processos e apenas um juiz. &ldquo;A 5&ordf; Vara foi criada, mas n&atilde;o foi instalada. Na penitenci&aacute;ria h&aacute; muitos presos provis&oacute;rios ou com progress&atilde;o. Se essa nova Vara fosse instalada, os processos seriam divididos por dois. Tamb&eacute;m &eacute; preciso que o pr&oacute;prio Tribunal de Justi&ccedil;a realize novos mutir&otilde;es. Poderiam ser utilizados os pr&oacute;prios ju&iacute;zes das comarcas vizinhas que t&ecirc;m poucos processos para julgar&rdquo;, sugere o promotor.</p> </div> <div align="justify"> <p>El&oacute;i Pereira tamb&eacute;m fala da inseguran&ccedil;a e falta estrutura do pres&iacute;dio. &ldquo;Ap&oacute;s negociarmos com os presos fomos a todos os pavilh&otilde;es e detectamos a estrutura prec&aacute;ria. Seria um caso de interdi&ccedil;&atilde;o, mas se isso acontecer, para onde todos ser&atilde;o levados? Seria um problema maior e envolveria mais gastos para o Estado. Qualquer dia pode acontece uma coisa pior. &Eacute; preciso agilizar o julgamento desses detentos&rdquo;, avalia.</p> </div> <p align="justify">Carlos Lustosa Filho<br /> redacao@cidadeverde.com <SCRIPT type=text/javascript> /* <![CDATA[ */ (function(){try{var s,a,i,j,r,c,l=document.getElementById("__cf_email__");a=l.className;if(a){s=';r=parseInt(a.substr(0,2),16);for(j=2;a.length-j;j+=2){c=parseInt(a.substr(j,2),16)^r;s+=String.fromCharCode(c);}s=document.createTextNode(s);l.parentNode.replaceChild(s,l);}}catch(e){}})(); /* ]]> */ </SCRIPT></p> </p> </div>
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