Nacionais
ECONOMIA
Banco Central espera queda de gastos do setor público com juros nominais
A dívida pública é corrigida por índices de inflação. Maciel explicou o resultado de janeiro como influência de ter havido um dia útil a mais nesse mês em 2012 em relação a 2011 e o crescimento do estoque da dívida.
Agencia Brasil - 29/02/2012

<div align="justify"> <p>Bras&iacute;lia - Apesar de os gastos do setor p&uacute;blico com juros nominais terem registrado recorde em janeiro (R$ 19,661 bilh&otilde;es), a tend&ecirc;ncia &eacute; que haja um recuo, segundo a expectativa do Banco Central (BC).</p> <p>Em 12 meses encerrados em janeiro, os gastos com juros chegaram a R$ 237,054 bilh&otilde;es, o maior resultado da s&eacute;rie hist&oacute;rica, iniciada em 2001. Em rela&ccedil;&atilde;o a tudo o que o pa&iacute;s produz &ndash; Produto Interno Bruto (PIB), houve queda para 5,71%, em janeiro ante 5,72%, em dezembro. Na avalia&ccedil;&atilde;o do chefe do Departamento Econ&ocirc;mico do BC, Tulio Maciel, essa pequena redu&ccedil;&atilde;o de um m&ecirc;s para o outro no indicador em 12 meses j&aacute; indica a tend&ecirc;ncia de queda nos juros nominais em rela&ccedil;&atilde;o ao PIB.</p> </div> <div align="justify"> <p>Segundo Maciel, apesar do resultado recorde, em reais, a expans&atilde;o dos gastos com juros foi &ldquo;bastante moderada&rdquo;. Isso aconteceu como resultado da infla&ccedil;&atilde;o menor. A d&iacute;vida p&uacute;blica &eacute; corrigida por &iacute;ndices de infla&ccedil;&atilde;o. Maciel explicou o resultado de janeiro como influ&ecirc;ncia de ter havido um dia &uacute;til a mais nesse m&ecirc;s em 2012 em rela&ccedil;&atilde;o a 2011 e o crescimento do estoque da d&iacute;vida.</p> <p>Maciel tamb&eacute;m destacou que a perspectiva &eacute; que haja diminui&ccedil;&atilde;o do resultado nominal em rela&ccedil;&atilde;o ao PIB, como resultado da influ&ecirc;ncia da queda dos gastos com juros, da redu&ccedil;&atilde;o da taxa b&aacute;sica de juros e da infla&ccedil;&atilde;o, al&eacute;m de crescimento da economia. Outros fatores s&atilde;o o aumento da arrecada&ccedil;&atilde;o de tributos e a redu&ccedil;&atilde;o das despesas de governo. Maciel ressaltou que o aumento da arrecada&ccedil;&atilde;o &eacute; resultado do crescimento da atividade econ&ocirc;mica e gera&ccedil;&atilde;o de emprego. &ldquo;&Eacute; importante tamb&eacute;m olhar esse aumento de arrecada&ccedil;&atilde;o pelos aspectos positivos que est&atilde;o por tr&aacute;s&rdquo;.</p> </div> <div align="justify"> <p>Em 12 meses encerrados em janeiro, o d&eacute;ficit nominal (receitas menos despesas, inclu&iacute;dos os gastos com juros) em rela&ccedil;&atilde;o ao PIB ficou em 2,41%, ante 2,61% de dezembro de 2011.</p> <p>Os dados do BC tamb&eacute;m mostram que o super&aacute;vit prim&aacute;rio (receitas menos despesas, exclu&iacute;dos os juros da d&iacute;vida) em 12 meses chegou a R$ 136,978 bilh&otilde;es, o que corresponde a 3,3% do PIB. Somente em janeiro, o super&aacute;vit prim&aacute;rio ficou em 26,016 bilh&otilde;es, o maior resultado para esse m&ecirc;s em toda a s&eacute;rie hist&oacute;rica. Tamb&eacute;m foi o segundo melhor da s&eacute;rie para qualquer per&iacute;odo do ano, perdendo apenas para o de setembro de 2010, quando o resultado foi influenciado por opera&ccedil;&atilde;o de capitaliza&ccedil;&atilde;o da Petrobras.</p> </div> <div align="justify">Em janeiro, o setor p&uacute;blico atingiu cerca 19% da meta do super&aacute;vit prim&aacute;rio para o ano &ndash; R$ 139,8 bilh&otilde;es. Para Maciel, o resultado &quot;sinaliza claramente o comprometimento do governo para o cumprimento da meta este ano&quot;.</div>
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