Irmã Ana Teresa fala dos 68 anos do IMH e da comemoração do Jubileu de Prata de vida religiosa
A religiosa ganhou reconhecimento do povo picoense pelo trabalho desenvolvido em prol de uma educação cada vez mais com qualidade.
<p align="justify"><em>A diretora geral do Instituto Monsenhor Hipólito (IMH) de Picos, irmã Ana Teresa Bezerra da Silva, 50 anos, concedeu entrevista a nossa reportagem na manhã da última quarta-feira, 07 de março, onde destacou o sucesso alcançado durante os 68 anos de instalação da escola no município modelo, e ainda, sua alegria em comemorar o Jubileu de Prata de vida religiosa.</em></p>
<p align="justify"><em>Segundo a diretora, é muito gratificante comemorar quase sete décadas de atuação do IMH em Picos, onde muitas foram às conquistas. Sobre os 25 anos de vida religiosa, Ana Teresa ressaltou sua alegria de festejar a data, assegurando que fez a escolha correta.</em></p>
<p align="justify"><em>Ana Teresa está há 11 anos na direção do IMH em Picos onde conquistou o reconhecimento de toda equipe da instituição e da sociedade picoense pelo compromisso que tem em oferecer um ensino de qualidade aos seus alunos.</em></p>
<p><u><strong>CONFIRA ENTREVISTA NA ÍNTEGRA</strong></u></p>
<p align="justify"><strong>Edson Costa:</strong> O Instituto Monsenhor Hipólito comemorou no dia 05 de março, o 68º aniversário de existência em Picos. Existem motivos para comemorar?</p>
<p align="justify"><strong>Ir. Ana Teresa:</strong> Sim. São 68 anos de uma trajetória na área da educação como missão. Celebramos como um ato de ação de graças, de reconhecimento deste processo educativo, de geração a geração, formando não só o povo de Picos, mas também de toda macrorregião. É baluarte comemorarmos o aniversário desta escola religiosa. Com o passar do tempo, a gente vai somando com um novo olhar, com um novo sentido, com um novo fazer pedagógico, sempre na formação integral do educando, onde há uma relação profunda entre família, escola e comunidade.</p>
<p align="justify"><strong>Edson Costa:</strong> A senhora está há 11 anos como diretora desta instituição. Como é o relacionamento entre escola e comunidade?</p>
<div align="justify"><strong>Ir. Ana Teresa:</strong> É uma relação de profunda amizade, de respeito, de credibilidade, de confiança e, sobretudo, de amor. E este amor está pautado com um só objetivo, que é a formação integral, a formação acadêmica e a formação da vivência de valores. O nosso compromisso é fazer com que o educando cada vez mais busque realizar os seus sonhos, mas um sonho que lhe faça feliz e que tenha o sucesso presente.</div>
<p align="justify"><strong>Edson Costa:</strong> O slogan da escola é “Compromisso com a Fé e o Saber”. Até que ponto é importante motivar a fé na formação educacional?</p>
<p align="justify"><strong>Ir. Ana Teresa:</strong> A fé move montanhas. Então o estado interior é muito importante que tenha como solidez a fé. Porque a fé é que faz a gente sonhar, ter esperança e agir. Na medida que tenho a consciência de que eu preciso ter uma relação profunda entre fé e vida, eu faço um novo acontecer, tendo ousadia. A fé lhe leva a ter mais vida em abundância.</p>
<p align="justify"><strong>Edson Costa:</strong> Qual a expectativa da direção do IMH para este ano de 2012?</p>
<p align="justify"><strong>Ir. Ana Teresa:</strong> Cada momento na vida da gente é marcado por expectativas, por perdas e ganhos, sonhos, alegrias e tristezas. Buscamos aquilo que vem fazer com que a proposta do IMH, que é tornar cada vez mais o educando um agente transformador de si próprio e da sociedade, seja cada vez mais renovada. Com a proposta que faça com que o educando seja um agente crítico, consciente, compromissado com a cidadania e transformação da sociedade. O IMH também tem sonhos. Sonhos de fazer deste espaço cada vez mais acolhedor, ao aluno, a família, aos que aqui trabalham. O IMH já teve seus momentos difíceis e todo dia tem suas dificuldades, mas os desafios vêm para fazer a gente crescer, não para desanimar. Continuar crescendo é o nosso sonho, mas crescendo sem perder a qualidade. Quem sabe, mais cedo ou mais tarde, não haja um grande espaço de ser universidade. Não é impossível, porém é um sonho.</p>
<p align="justify"><strong>Edson Costa:</strong> Todos os anos vários alunos desta instituição tem logrado êxito em vestibulares. Qual a sensação de fazer parte do sucesso na vida destas pessoas?</p>
<p align="justify"><strong>Ir. Ana Teresa:</strong> A sensação do dever cumprido e da missão realizada. O cuidar de cada jovem e de cada criança, vem com suas exigências nos tempos de hoje, onde você tem que trabalhar esta capacidade das habilidades e competências. De fazer com que os jovens sonhem e destes sonhos, faça acontecer. É um trabalho muito bonito, dedicado. Gente não se transforma de um momento para outro. O que temos que fazer, fazemos, que é acolher, cuidar, orientar, alertar, oferecer todas as condições necessárias para que se tenha o sucesso. Nós estamos crescendo cada vez mais o número de alunos aprovados, e com isso, celebramos com eles, com as famílias, propagamos, mas tranquilas ficamos, porque ao se lançar no espaço do mundo universitário ele vai com o que recebeu. Nós estamos há quase 7 décadas no mercado e a gente sabe o que é fazer acontecer na educação, dentro de suas exigências, mudanças e sempre procurando dá uma resposta a formação humana que o mundo exige, que é a questão inovadora, criadora, tecnológica, sem perder de vista a proposta pedagógica e o nosso compromisso com a missão de educar.</p>
<p align="justify"><strong>Edson Costa:</strong> No dia 02 de fevereiro a senhora completou 25 anos de vida religiosa. Passado todos estes anos, foi feita a escolha correta?</p>
<div align="justify"><strong>Ir. Ana Teresa:</strong> Com certeza. Vinte e cinco anos de vida religiosa e na família cordimariana. Em nenhum momento veio à sensação do querer deixar, de querer ficar olhando pra trás, do querer passar na mente e nos sentimentos que foi uma decisão errada, pelo contrario, este momento veio fazer com que eu revitalizasse a minha aliança com quem me chamou e que assumi o Sim. A resposta foi dada com muita convicção ao chamado de Jesus Cristo e, sobretudo, no carisma que eu assumi viver, que é o carisma da Congregação das filhas do Coração Imaculada de Maria, tão conhecida como cordimariana, aonde vem à exigência de ser coração de Maria, e ser coração de Maria nada mais é do que ser mãe, mãe que acolhe, mãe que cuida na compaixão e na misericórdia. Foi um momento e continua sendo um grande momento de ação de graças, de gratidão a Deus e a todas as pessoas que contribuíram para minha formação.</div>
<p align="justify"><strong>Edson Costa:</strong> Como foi este momento de comemoração na sua vida religiosa?</p>
<p align="justify"><strong>Ir. Ana Teresa:</strong> Altamente fraterno. A comunidade do Instituto Monsenhor Hipólito preparou com muito carinho uma festa lindíssima, onde tivemos a celebração eucarística, celebrada por dom Plínio, e a presença de várias pessoas amigas. Foram mais de trinta irmãs que marcaram presença neste momento fraterno de convivência de família religiosa. Um momento de irmandade e de sentir-se cada vez mais família. Família no celebrar, no sonhar, no conquistar. É algo que podemos dizer assim: “Deus é o mediador de todos os acontecimentos, principalmente no sentido do amor”. Deus por si só já é amor e faz com que o amor aconteça entre a gente. Foi um momento marcado com muita oração, celebração e reconhecimento a Deus pelo seu amor misericordioso.</p>
<p align="justify"><strong>Edson Costa:</strong> Para finalizar, hoje temos uma nova realidade no mundo, onde presenciamos diariamente crimes, tragédias, famílias se destruindo, etc. Na sua visão, o que está faltando para que tenhamos um mundo mais fraterno?</p>
<div align="justify"><strong>Ir. Ana Teresa:</strong> Eu defino simplesmente a ausência de Deus na vida das pessoas. Outros deuses foram criados. O Deus do poder, do prazer, do ter, o Deus do querer ser mais do que Deus. Então quem quer ser mais do que Deus, se perde. Se perde no falar, no olhar, no agir, na convivência, porque outras coisas se tornam mais importantes. Quando eu não consigo fazer uma reconciliação, é porque não tenho Deus dentro de mim. Quando eu passo a matar alguém por uma palavra ou até mesmo com uma arma, lembrando que há vários tipos de arma, o silencio, a rejeição, etc, é porque Deus não está habitando dentro de mim. Foi dado espaço para muitos outros deuses, menos para o Deus verdadeiro. Quem assim age, é porque Deus não tem lugar dentro desta pessoa. Mas ainda é tempo de retomar, recomeçar. A conversão é um convite constante que é feito para que a gente possa ser um reflexo do amor de Deus e ele está pacientemente aguardando. Então é hora de repensar que não vale a pena continuar agindo sem Deus.</div>
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