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União das Mulheres Piauienses contesta índices sobre violência
De acordo com o estudo publicado o Piauí registrou taxa de 2,06 homicídios por 100 mil, quatro vezes menor que o Espírito Santo, apontado como o mais violento.
Acessepiaui - 27/04/2012

<div align="justify"> <p>Membros da Uni&atilde;o das Mulheres Piauienses (UMP) dizem contestar os &iacute;ndices do Mapa da Viol&ecirc;ncia 2012, do Instituto Sangari, que aponta o Piau&iacute; como o estado com o menor &iacute;ndice de homic&iacute;dios de mulheres. Por conseq&uuml;&ecirc;ncia, menor &iacute;ndice de viol&ecirc;ncia contra a mulher.</p> <p>De acordo com o estudo publicado o Piau&iacute; registrou taxa de 2,06 homic&iacute;dios por 100 mil, quatro vezes menor que o Esp&iacute;rito Santo, apontado como o mais violento.</p> </div> <div align="justify"> <p>De acordo com Maria L&uacute;cia de Oliveira da UMP, os dados de viol&ecirc;ncia s&atilde;o contest&aacute;veis por conta da forma como s&atilde;o registrados. &ldquo;A gente sabe que o Piau&iacute; n&atilde;o tem um dado oficial, os casos de viol&ecirc;ncia n&atilde;o est&atilde;o indo para a delegacia da mulher, eles v&atilde;o para a Central de Flagrantes ou para delegacias de bairro e quando &eacute; para ser julgado ele n&atilde;o vai para a Vara Maria da Penha, mas sim para a S&eacute;tima Vara que &eacute; criminal&rdquo;, explica.</p> <p>&ldquo;N&atilde;o est&aacute; havendo um recorte de g&ecirc;nero. Em nosso estudo, enquanto movimento, a gente tem comprovado que as institui&ccedil;&otilde;es ligadas n&atilde;o t&ecirc;m um dado concreto que se trate da viol&ecirc;ncia da mulher. O estudo que a gente considera &eacute; o feito pelo Sindicato dos Policiais Civis, l&aacute; eles t&ecirc;m um recorte de g&ecirc;nero, e de acordo com o estudo deles a viol&ecirc;ncia contra a mulher aumentou&rdquo;, completa Maria L&uacute;cia.</p> </div> <div align="justify"> <p>A UMP diz temer que a publica&ccedil;&atilde;o dos dados da pesquisa possa acarretar diminui&ccedil;&atilde;o de investimentos para a &aacute;rea no estado. &ldquo;O Piau&iacute; a gente sabe que j&aacute; &eacute; prec&aacute;rio em recursos para o amparo &agrave; mulher e se eles divulgarem essa pesquisa &eacute; que n&atilde;o vem mais dinheiro para investir na prote&ccedil;&atilde;o das mulheres&rdquo;, declara a Uni&atilde;o.</p> <p>&ldquo;S&oacute; este ano no Piau&iacute; j&aacute; mataram 14 mulheres, e em uma conversa com o COPOM (Comando de Opera&ccedil;&otilde;es da Pol&iacute;cia Militar) nos foi informado que 75% dos atendimentos deles &eacute; viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica&rdquo;, diz Maria L&uacute;cia.</p> </div> <div align="justify"> <p>Lourdes Melo diz que depois da cria&ccedil;&atilde;o da Lei Maria da Penha foi oficializada a cria&ccedil;&atilde;o das delegacias da mulher. &ldquo;Hoje por determina&ccedil;&atilde;o da pr&oacute;pria Secretaria de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica elas n&atilde;o atendem mulheres com tentativa de assassinato e nem assassinato, por isso esses &iacute;ndices n&atilde;o contam como viol&ecirc;ncia, s&oacute; os pequenos como cal&uacute;nia, inj&uacute;ria. Da mesma forma que com a lei foi criado o juizado especial, l&aacute; eles encaminham para outros setores esses crimes de morte e tentativa e ficam tratando s&oacute; dessa quest&atilde;o de pequenos crimes&rdquo;, declara Lourdes Melo.</p> <p>&ldquo;Sem falar que esses &iacute;ndices v&atilde;o continuar sendo pequenos porque o Piau&iacute; &eacute; grande, s&atilde;o 224 munic&iacute;pios e s&oacute; tem oito delegacias da mulher, tr&ecirc;s em Teresina e as outras cinco pro resto do estado. E tem outro dado, hoje 90% dos processos de crimes contra mulher s&atilde;o arquivados ou por perda de prazo ou por outras situa&ccedil;&otilde;es&rdquo;, acrescenta.</p> </div>
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