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EM ANÁLISE
Não há justificativa constitucional para privilégio a portador de diploma
O colegiado também defendeu a necessidade de assegurar ao preso o direito de ser assistido por um advogado ou defensor público desde o interrogatório policial.
Agência Senado - 02/12/2008

<p> <meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8" /> <meta name="ProgId" content="Word.Document" /> <meta name="Generator" content="Microsoft Word 12" /> <meta name="Originator" content="Microsoft Word 12" /></p> <div align="justify"> <link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CWALLY%7E1.FAZ%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C02%5Cclip_filelist.xml" /> <link rel="themeData" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CWALLY%7E1.FAZ%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C02%5Cclip_themedata.thmx" /> <link rel="colorSchemeMapping" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CWALLY%7E1.FAZ%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C02%5Cclip_colorschememapping.xml" /><!--[if gte mso 9]><xml> Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE MicrosoftInternetExplorer4 </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><![endif]--><style type="text/css"> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {"Cambria Math"; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4;} @font-face { panose-1:2 15 5 2 2 2 4 3 2 4;} @font-face { panose-1:2 11 6 4 3 5 4 4 2 4;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal { mso-style-parent:""; margin-top:0cm; margin-right:0cm; margin-bottom:10.0pt; margin-left:0cm; line-height:115%; font-size:11.0pt;"Calibri","sans-serif"; mso-bidi-"Times New Roman";} .MsoChpDefault { mso-bidi-"Times New Roman";} .MsoPapDefault { margin-bottom:10.0pt; line-height:115%;} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-style-parent:""; line-height:115%; font-size:11.0pt;"Calibri","sans-serif"; mso-fareast-"Times New Roman";} </style> <![endif]--><span>A pris&atilde;o especial para pessoas que possuam diploma de n&iacute;vel superior poder&aacute; deixar de existir, de acordo com sugest&atilde;o dos juristas da comiss&atilde;o externa criada para elaborar o anteprojeto do C&oacute;digo de Processo Penal - CPP (Decreto-Lei 3.689/41). O colegiado discutiu o assunto em sua quinta reuni&atilde;o.</span></div> <p align="justify"><span>Em entrevista &agrave; Ag&ecirc;ncia Senado, o consultor legislativo Fabiano Augusto Martins Silveira, que integra a comiss&atilde;o, informou que, para a maioria dos membros do colegiado, n&atilde;o h&aacute; justificativa constitucional para que os detentores de diploma universit&aacute;rio tenham a garantia de pris&atilde;o especial.</span></p> <div align="justify"><span>- A comiss&atilde;o quer eliminar essa rela&ccedil;&atilde;o entre diploma e pris&atilde;o especial, pois n&atilde;o vemos justificativa plaus&iacute;vel do ponto de vista constitucional para se garantir pris&atilde;o especial aos detentores de diploma de n&iacute;vel superior. N&atilde;o h&aacute; uma conex&atilde;o entre temas, isso fere o princ&iacute;pio da igualdade - disse Fabiano Silveira.</span></div> <div align="justify"> <p><span>No entanto, explicou o consultor do Senado, a comiss&atilde;o n&atilde;o pretende acabar com o instituto da pris&atilde;o especial, que ser&aacute; utilizado na hip&oacute;tese de pris&atilde;o de autoridades e de integrantes de &oacute;rg&atilde;o de seguran&ccedil;a p&uacute;blica. No caso das autoridades, explicou, a medida &eacute; necess&aacute;ria uma vez que se trata de preserva&ccedil;&atilde;o do cargo, e n&atilde;o de uma pessoa.</span></p> </div> <div align="justify"><span>Os juristas tamb&eacute;m discutiram o instituto da pris&atilde;o preventiva. O colegiado defende a obrigatoriedade de reexame peri&oacute;dico da decis&atilde;o judicial para que seja observado se os motivos que justificaram tal pris&atilde;o ainda existem. Fabiano Silveira informou que atualmente n&atilde;o h&aacute; controle sistem&aacute;tico sobre as raz&otilde;es que motivaram a pris&atilde;o. H&aacute; jurisprud&ecirc;ncia no sentido de que a perman&ecirc;ncia de uma pessoa presa nessa condi&ccedil;&atilde;o n&atilde;o seja superior a 81 dias, que equivalem &agrave; soma dos prazos de todos os atos processuais. No entanto, disse o consultor, n&atilde;o se verifica o cumprimento dessa interpreta&ccedil;&atilde;o por n&atilde;o haver uma previs&atilde;o legal de tal limite e, muitas vezes, as pessoas permanecem presas por per&iacute;odo superior ao sugerido pela jurisprud&ecirc;ncia.</span></div> <div align="justify"> <p><span>O colegiado tamb&eacute;m defendeu a necessidade de assegurar ao preso o direito de ser assistido por um advogado ou defensor p&uacute;blico desde o interrogat&oacute;rio policial. Tal garantia, que j&aacute; vigora nos Estados Unidos desde 1966, bem como em outros pa&iacute;ses como It&aacute;lia, Chile e M&eacute;xico, s&oacute; &eacute; assegurada aos brasileiros na fase de interrogat&oacute;rio judicial.</span></p> </div> <div align="justify">&nbsp;<span>- A nosso ver, seria um ganho do ponto de vista democr&aacute;tico garantir ao preso, desde o momento em que ele &eacute; preso em flagrante delito e &eacute; conduzido ao distrito policial, que seja acompanhado por um advogado para evitar que se arranquem confiss&otilde;es ou haja pr&aacute;tica de tortura ou, ainda, para evitar que fatos ocorridos durante o inqu&eacute;rito policial possam contaminar os desdobramentos dos rumos da investiga&ccedil;&atilde;o e do processo - ressaltou Fabiano Silveira.</span></div> <div align="justify"> <p><span>A pr&oacute;xima reuni&atilde;o da comiss&atilde;o est&aacute; marcada para o dia 9 deste m&ecirc;s, quando os juristas aprofundar&atilde;o o debate desses temas. A &uacute;ltima reuni&atilde;o do colegiado deve acontecer em janeiro, quando os integrantes decidir&atilde;o sobre a necessidade de haver prorroga&ccedil;&atilde;o dos trabalhos.</span></p> </div> <div align="justify"><span>A comiss&atilde;o foi instalada em 9 de julho pelo presidente do Senado, Garibaldi Alves, atendendo a requerimento do senador Renato Casagrande (PSB-ES) e j&aacute; recebeu mais de 200 sugest&otilde;es da sociedade pelo site www.senado.gov.br/novocpp ou pelo e-mail novocpp@senado.gov.br. O grupo &eacute; coordenado pelo ministro do Superior Tribunal de Justi&ccedil;a (STJ) Hamilton Carvalhido e tem como relator-geral o procurador regional da Rep&uacute;blica Eugenio Pacelli. Integram ainda o colegiado o juiz federal Antonio Corr&ecirc;a; o advogado e professor da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP) Ant&ocirc;nio Magalh&atilde;es Gomes Filho; o advogado e ex-secret&aacute;rio de Justi&ccedil;a do estado do Amazonas F&eacute;lix Valois Coelho J&uacute;nior; o advogado e professor da Universidade Federal do Paran&aacute; (UFPR) Jacinto Nelson de Miranda Coutinho; o delegado federal e presidente da Associa&ccedil;&atilde;o Nacional dos Delegados da Pol&iacute;cia Federal (ADPF), Sandro Torres Avelar; e o promotor de Justi&ccedil;a Tito de Souza Amaral.</span></div> <div align="justify"> <p>Ag&ecirc;ncia Senado</p> </div>
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