MPT pede suspensão de serviços do HRJL, mas diretor afirma que está tudo sob controle
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<p align="justify">Após denuncias de eventuais irregularidades, feitas por funcionários do setor de raio X do Hospital regional Justino Luz, o Ministério Público do Trabalho (MPT), em Picos, através do procurador do Trabalho Carlos Henrique Pereira Leite, pediu a suspensão dos serviços de radiologia do referido hospital.</p>
<div align="justify">Além disso, o MPT recomendou que o hospital suspenda as cirurgias ortopédicas que necessitam do uso de aparelho de raio X, em razão do perigo a que estão expostos os trabalhadores que operam o equipamento.</div>
<p align="justify">Segundo o procurador, a procuradoria pediu à Vigilância Sanitária do estado que fizesse uma inspeção do local e foi constatada uma série de irregularidades. “A Vigilância, que é um órgão ligado ao governo do estado, depois da vistoria, emitiu um relatório onde elenca várias irregularidades, como: as precárias condições das instalações físicas da unidade de radiologia, falta de equipamentos de Proteção Individuais para os funcionários e ausência de licença sanitária”</p>
<p align="justify">O procurador Carlos Henrique disse que depois da inspeção, feita pela Vigilância Sanitária e por técnicos do MPT, a Procuradoria entendeu que medidas extremas fossem adotadas na referida unidade de saúde. “Pode parecer absurdo fechar um setor importante do hospital que atende a população de toda uma região, mas nós não poderíamos permitir que trabalhadores continuassem expostos a um meio ambiente de saúde absolutamente inseguro e insalubre. Não queremos penalizar a população, mas sem blindagens, o setor de raio X não é recomendável continuar funcionando”. </p>
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<div align="justify"><strong>Versão da direção do Hospital regional Justino Luz</strong></div>
<p align="justify">De acordo com o diretor do hospital, o médico José Airton Bezerra, a sala de raio X é completamente baritada dentro das diretrizes que a Associação Brasileira de Medicina impõe e os funcionários possuem um equipamento de proteção pessoal, EPI, que usam para dosar a radiatividade que por ventura venham a sofrer.</p>
<p align="justify">“Caso seja acusado alguma radiação nesse aparelho de medição a pessoa é afastada automaticamente, todos os meses esses equipamentos são mensurados e todas as situações de segurança são adotadas. Com mais de um ano de uso desse equipamento até agora nunca foi constatado nenhum problema”.</p>
<p align="justify">Segundo o diretor a não liberação de funcionamento do hospital, por parte da vigilância, é por problemas na rede de esgoto, que precisa de uma drenagem especial.</p>
<p align="justify">“Todo esse problema com o MPT surgiu por causa de um aparelho móvel que usamos em cirurgias ortopédicas complexas e a sala do centro cirúrgico não é baritada, mas mesmo assim a pessoa esta totalmente protegida por uma capa de chumbo. Uma radioatividade aqui é remota”, explicou o diretor.</p>
<p align="justify">O médico José Airton informou que os procedimentos de altas complexidades estão suspensos até o problema ser resolvido. “Acredito que parar os serviços é muito mais danoso para a população que o risco de radiação. No Regional quase não temos fila, sei dos problemas que existem aqui por ser um hospital velho”.</p>
<p align="justify">O diretor informou que está aguardando um físico para medir a radioatividade local e até 30 de março uma obra de reforma será concluída.</p>
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