Saúde
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SUS gasta R$ 488 milhões em um ano com doenças ligadas à obesidade
Dados do governo de 2011 levam em conta 26 doenças, como câncer. Quase 60% são despesas com tratamento hospitalar, diz pesquisa da UnB.
G1 - 19/03/2013

O Sistema Único de Saúde (SUS) gastou R$ 488 milhões em 2011 com tratamento de doenças associadas à obesidade, informou nesta terça-feira (19) o Ministério da Saúde durante coletiva em Brasília.

Os dados levam em conta 26 doenças diferentes, como câncer e diabetes, e apontam que a proporção de pessoas acima do peso no Brasil tem aumentado. Como os números são inéditos, não há informações de anos anteriores para comparação.

Dos R$ 488 milhões desembolsados em 2011 pelo governo, R$ 289 milhões (59,2%) serviram para cobrir tratamentos hospitalares e R$ 199 milhões (40,8%) foram destinados a atendimentos ambulatoriais, de acordo com uma pesquisa feita pela Universidade de Brasília (UnB), que analisou dados de internação e atendimento de média e alta complexidades relacionados ao tratamento de obesidade.

Segundo o Ministério da Saúde, há 1.550.993 pessoas com obesidade grave no país, o que representa 0,8% da população. Um estudo realizado pela pasta em 2011 revelou que a proporção de habitantes acima do peso cresceu de 42,7% em 2006 para 48,5% em 2011. Nesse mesmo período, a quantidade de obesos subiu de 11,4% para 15,8% dos brasileiros.

Nesta terça, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também assinou uma portaria que, entre outras medidas, define orientações para a realização de cirurgia bariátrica, considerada pelo SUS como o último recurso para a perda de peso.

A portaria reduz a idade mínima para a redução de estômago, de 18 para 16 anos, em casos em que há risco para o paciente. A decisão foi tomada, segundo Padilha, com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2009, que mostrou que 21,7% da população entre 10 e 19 anos apresenta excesso de peso. Em 1970, esse percentual era de 3,7%.

As cinco capitais brasileiras com o maior número de obesos, segundo o ministério, são: Macapá (21,4%), Porto Alegre (19,6%), Natal (18,5%), Fortaleza (18,4%) e Campo Grande (18,1%).

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