Candidato do PTB disse que erro foi da Justiça Eleitoral.
<div align="justify">O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferiu o registro de candidatura a prefeito de um integrante do PTB no Piauí por conta do pagamento atrasado de duas multas no valor exato de R$ 7,02.</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">A decisão do tribunal saiu na noite de terça-feira (23) e o candidato Dióstenes José Alves, de 55 anos, registrado na urna eletrônica como ‘Boi na Brasa’, entrou com seus advogados com um recurso no TSE nesta quarta-feira (24) para se manter como um dos três concorrentes a vaga de prefeito da cidade de Avelino Lopes, a cerca de 575 quilômetros ao sul de Teresina.</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">O tribunal manteve a impugnação do registro de candidatura justificando que o pretendente não quitou a sua dívida eleitoral dentro do prazo - 5 de julho. As duas multas – de R$ 3,51 cada – foram dadas porque ele deixou de votar no referendo sobre o Estatuto do Desarmamento de 2005 e no segundo turno das eleições de 2002. Alves afirmou, porém, que justificou as suas faltas dentro do prazo (leia mais abaixo).</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">Para o relator do caso, o ministro Caputo Bastos, porém, a situação chamou atenção. “O Tribunal está sendo muito rigoroso ao impedir alguém em pleno exercício de seus direitos políticos de concorrer a um cargo eletivo devido ao não pagamento de tão irrisória multa”, diz texto publicado pelo TSE.</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify"><strong>Outro lado</strong></div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">Alves afirmou, porém, que só pagou a multa com atraso devido a um erro da própria Justiça Eleitoral. “Só fiquei sabendo que não havia sido feito a baixa dias depois do fim do prazo por isto só paguei depois”, disse ele, por telefone, de Brasília, onde foi acompanhar de perto a sentença.</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">O advogado de Alves contou que tem no processo um documento do cartório eleitoral que diz que a falha foi do próprio cartório. “O TSE não apreciou as provas”, disse Carlos Gomes. “Ele foi induzido ao erro.”</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">Gomes comentou ainda que caso seja necessário entrará no Supremo Tribunal Federal.</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">Alves, que é empresário e declarou ter bens à Justiça Eleitoral que chegam ao valor de R$ 952 mil, disse que não votou em 2002 e 2005 porque estava viajando a trabalho em São Paulo, mas que tinha tanta certeza de sua quitação eleitoral que pôde participar da eleição do conselho tutelar em março deste ano na cidade de Avelino Lopes.</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify">Além de Alves, a cidade tem outros dois candidatos a prefeito: Desson (PC do B) e Neto (PPS). O município tem 8.030 eleitores e 11.507 habitantes.</div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify"> </div>
<div align="justify"> </div>